quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

EM VEZ DE CPMF, ISO 9000

(No Estadão online, quarta-feira, 23/02/2011)
Todos os já muito sacrificados brasileiros devem se unir ao ex-senador Marco Maciel para rechaçar a volta da CPMF, com qualquer nome que inventem. O sr. Maciel tem toda razão quando diz que "já temos uma carga tributária muito pesada. Um novo imposto é mais uma forma de extrair [dinheiro] do cidadão". O governo que aperte o seu luxuoso e folgado cinto, trabalhando mais, com mais eficiência, produtividade, honestidade. Que acabe com tanta mordomia e corrupção, tantas fraudes e desvios de bens públicos. Está na hora de mostrarem serviço... e não de terça a quinta-feira, como tem sido o caso no Legislativo. O povo que trabalha duro quase cinco meses do ano para sustentar essa inchada e perdulária máquina pública, não aguenta mais. ISO 9000 nelles!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

E O MICO?

(No Estadão impresso, terça-feira, 22/02/2011)
Entendi que foram descobertas uma fraude de R$ 2,5 bilhões e outra de R$ 1,3 bilhão no Panamericano, que colocaram em risco o patrimônio de Silvio Santos e criaram sérios problemas para a Caixa Econômica Federal. Também entendi que, para evitar essa "tragédia", o Banco Central está "costurando" uma solução que livra todos de prejuízos, ainda permitindo que o BTG Pactual compre a parte de Silvio limpa de "esqueletos". Tudo será possível com a injeção maciça de dinheiro de um tal Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Entendi quase tudo. Só não entendi quem vai ficar com o mico. Parece que, como sempre, os que ganham em negócios de risco e fraudes vão sair numa boa, enquanto o abacaxi deles será descascado com recursos de correntistas e contribuintes. Triste sina a de nosso país.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

GASTOS PÚBLICOS

(No METRO - 16/02/2011 e Estadão online, 20/02/2011)
Pelas informações recentes, parece que o caixa do governo Dilma já está estourado. Por que será? Certamente não é por culpa do contribuinte, pois ele já paga impostos e taxas de toda sorte, com mais de quatro meses de trabalho. Tanto assim que a arrecadação do governo tem batido recorde e mais recorde. E onde está indo todo esse dinheiro? Os ilustres senhores da área econômica pouco explicam. Mas, infelizmente, nós sabemos: ele está se esvaindo pelo ralo de uma máquina inchada, incompetente e perdulária, além de pela endêmica corrupção tolerada abertamente durante os últimos oito anos! Lulla "torrou nossa grana" para eleger sua sucessora, e agora elles vêm com a necessidade de "cortes profundos" e "sacrifícios necessários"? Bonito, mas quem vai sofrer esses cortes? Que não venham sacrificar ainda mais o trabalhador! Que elles cortem na própria carne, como fez, exemplarmente, o recém eleito deputado José Antonio Reguffe (PDT, DF). Que haja mais transparência em seus gastos (que tal abrir a "caixa preta" dos cartões corporativos nos últimos anos?), mais eficiência, menos mordomias, menos aparelhamento e nepotismo; enfim, mais respeito pelo dinheiro que recebem para bem administrar, não para mal gastar. Chega de abuso, e de sempre sobrecarregar o contribuinte! O governo tem de ser bom para todos, não só para companheiros, políticos aliados e empreiteiras!

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

NÃO ROUBA, NÃO FAZ

(No Estadão impresso, quinta-feira, 3/02/2011)
DE PROMESSAS
O articulista José Nêumanne, em seu Do "rouba, mas faz" ao "fala, mas não faz" (2/2, A2), mostra um dos grandes absurdos do governo Lula: o falatório inoperante, incompetente e pernicioso. Lembra que um projeto para prevenção de desastres naturais, comprometido por nós com a ONU em 2005, orçado em R$ 115 milhões, ficou à míngua, enquanto R$ 1,2 bilhão foi destinado à construção ou locação de prédios suntuosos para repartições públicas. Ou seja, o conforto e a mordomia de repartições são mais importantes para elles do que prevenir contra a morte de cidadãos trabalhadores, honestos e que pagam suas contas. Na época foram previstos dez anos para a conclusão desse projeto e agora a presidente Dilma faz a mesma promessa, mas com prazo de quatro anos, que afirmam os técnicos ser insuficiente. Nosso ex-presidente muito falou, muito prometeu e pouco fez. Agora, o "abacaxi" que deixou para a sua sucessora terá de ser descascado em tempo recorde (e não viável). Será que a razão desse problema está no fato de a construção de prédios permitir mais caminhos para o superfaturamento do que o projeto sugerido pela ONU? Assim, chegamos à seguinte conclusão: se existe o "rouba, mas faz", de um lado, e o "fala, mas não faz", do outro, significa que, no Brasil, se "não rouba, não faz". E todos os que trabalham muito para pagar os pesados impostos terão de continuar arcando com a parte que está sendo roubada descaradamente pelos que se apropriaram do poder e da "caneta" para distribuir esse dinheiro. Infelizmente, o nosso Brasil é como um pesado e sobrecarregado barco, com velas mal ajambradas, lutando com os ventos conflitantes de ambições políticas, dominado por verdadeiros "piratas" e no qual o trabalhador está acorrentado nos porões, tendo de remar na direção e na velocidade determinadas pela bandidagem de plantão. Uma realidade triste e assustadora. Até quando?

TRABALHO PARA LULA

(No Estadão online, terça-feira, 1/02/2011)
Agora que Lula se diz "cansado de descansar", gostaria de sugerir que comece a trabalhar em suas palestras (avaliadas em R$ 200 mil). Como ex-presidente e com seu quarto diploma de "doutor honoris causa", ele deve ter muita coisa interessante para contar aos seus auditórios. Será que o Banco do Brasil, a Caixa ou a Petrobrás vão oferecer espaço e tempo para esses comícios, oops, digo palestras? Ficamos na expectativa ansiosa de suas revelações (sic)!