terça-feira, 27 de setembro de 2011

GOVERNO QUER MAIS IMPOSTOS

(No Estadão online, terça-feira, 27.09.2011)
CLAREZA?
A ministra Ideli Salvatti afirmou que "o governo tem clareza de que precisa de novas fontes para a saúde" (26/9, A1). Nós, os pagadores dos atuais impostos, já vemos a questão com outra "clareza" e questionamos: "o que ganhou a "saúde" com a montanha de dinheiro recolhida pela extinta CPMF de 0.38%"? O que tem feito o governo pela saúde com uma das cargas fiscais mais altas do mundo, quase 40% do Produto Interno Bruto (PIB)? Quais as providências que estão tomando para que o dinheiro desviado pela corrupção volte para o Tesouro? Por que tantos ministérios, tantas secretarias, se ninguém parece gerenciar bem a aplicação do que já pagamos com tanto sacrifício? Diz a ministra que o governo "colocou o dedo na ferida". Qual ferida, sra. ministra? A ferida nas costas do cidadão que trabalha tanto para pagar uma absurda carga tributária e ainda sobreviver? Ou será a ferida provocada pelo tumor cancerígeno da corrupção que se alastra em ministérios, politicamente loteados para agradar partidos da aliança e companheiros? Temos muitas "feridas" a ser tratadas neste governo. Aplicar mais impostos sobre o trabalhador não é uma solução, mas uma forma de esconder o mal sob bálsamo anestésico. É achar que o povo deva continuar sofrendo as "feridas" que eles criam, e ainda tenha de pagar novos "bálsamos" inventados para encobrir a incompetência no gerenciamento da res pública. Assim não dá!

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

FUTEBOL SEM EMPATE

(Na Folha de Londrina, sexta-feira, 23.09.2011)
Já foi praticado nos EUA e, talvez, seja hora de também adotarmos aqui o futebol sem empate. Jogos muito corridos mas sem gols e sem graça, como foi o do São Paulo e Corínthias dessa quarta-feira, vão desanimando o torcedor que quer gritar "gol!" e saudar um vencedor. Por que não introduzirmos os "penalties em movimento" no final de jogos que terminem empatados? Jogadores escalados pelo técnico partiriam do meio do campo com a bola dominada até a linha da marca do penalty, até a qual teriam de chutar sempre em movimento (sem paradinhas) e tentar marcar. O goleiro teria de ficar na linha do gol até o atacante se aproximar da marca do penalty, só depois podendo avançar para melhor defender. Após três penalidades em movimento, alternadas para cada time, se poderia passar às penalidades comuns até que um time saia vencedor. Com isso, creio que o torcedor ficaria até o fim do jogo, mais satisfeito com os gols marcados. Algo tem de ser feito para animar nosso esporte nacional. Esta pode ser uma maneira.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

TURISMO DO SARNEY

(No Estadão online e Diário de S. Paulo, quarta-feira, 21.09.2011)
Infelizmente, neste governo, a verba que deveria ir para incentivar o turismo, tem sido usada para agradar políticos, amigos do Sarney, e o PMDB, partido aliado. A receita usada já está clara: montar ONGs de fachada e inventar projetos pomposos para dar apoio ao turismo regional. Não importa a região, nem seu potencial turístico, só valem os termos tecnicamente sofisticados e a boa impressão para justificar os milhões liberados. O resto é distribuir a grana para os que participam do esquema. Não há preocupação em destinar criteriosamente verbas para o tão necessário turismo do Brasil, mas sim em apoiar "turisticamente" os políticos cupinchas do senador José Sarney. Esta a triste realidade em nossa república de bananas e de seus políticos "bananeiros" (com os critérios frouxos que visam só o próprio bolso).

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

TURISMO POLÍTICO

(No Globo, RJ e DESTAK, Rio / Brasília quarta-feira, 14.09.2011)
O TURISMO DO MINISTRO
Pedro Novais, deputado federal e atual ministro do Turismo do governo Dilma, tem demonstrado ser especializado em "turismo político", ou melhor, desvios éticos em cargos públicos ocupados. Pagou festa em motel com verba do Congresso e, agora, descobre-se que escamoteou o salário de sua governanta, Doralice Bento de Souza, nomeando-a secretária parlamentar da Câmara. Sua justificativa? Ela dava apoio administrativo a ele e outros funcionários. Dá para engolir? Será que não é hora de "faxinar" as lambanças e maracutaias desse ministério, começando pelo titular?

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

LUTA PELA CIDADANIA

(No Folha de S. Paulo e Estadão online, sexta-feira, 9.09.2011)
O Brasil comemorou, neste Sete de Setembro, 189 anos de sua independência, mas ainda falta muito para que seu povo, honesto e trabalhador, possa também comemorar. Para isso, terá que ser mais respeitado e valorizado como cidadão e contribuinte. Terá de sentir que o exemplo de responsabilidade e cumprimento das leis vem, em primeiro lugar, das classes mais favorecidas e cultas. Terá que sentir com naturalidade que os impostos que paga com tanto sacrifício sejam totalmente contabilizados (sem caixa dois), havendo transparência e prestação de contas do que for realizado em seu favor.Deve sentir que o governo e a Justiça respeitam e defendem seus interesses, especialmente fazendo valer leis como a da Ficha Limpa. Que os que trabalham honestamente são reconhecidos e remunerados por seus méritos de forma justa e correta. Que os que burlam as leis são punidos sem infindáveis apelações, não se permitindo a impunidade dos abonados, influentes ou amigos do poder.Nosso povo terá mais independência cívica quando todos pensarem mais no cumprimento de seus deveres do que em formas de exigir direitos descabidos e abusivos. E todos precisam reconhecer que sem leis fortes, sem a imposição de altos padrões morais e éticos na política e no governo, viveremos sempre à mercê dos inescrupulosos, espertos, demagogos e populistas.O Brasil já é independente como nação; agora temos de lutar pela plena cidadania e independência de seu povo. Quem se habilitará?

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

RESPEITO

(No Estadão online, quarta-feira, 7.09.2011)
Nós, brasileiros de bem, poderemos comemorar melhor nossa independência quando formos mais respeitados como cidadãos pelos políticos e governantes de plantão. Quando governantes e a Justiça, observarem e fazerem valer inflexivelmente uma lei como a Lei da Ficha Limpa. Quando os do topo da pirâmide política, empresarial e social forem os mais responsáveis e conscientes das leis em vigor. Quando a carga fiscal cobrada dos que trabalham for contabilizada (sem caixa dois) e houver total prestação de contas de investimentos realizados para o bem estar de todos. Quando os que trabalham e se sacrificam honestamente forem reconhecidos e remunerados de forma justa e correta. Quando os que burlam as leis e a Constituição sofrerem a punição necessária, acabando com a impunidade dos mais influentes. Nosso povo será mais livre quando cumprirmos mais nossos deveres em vez de exigirmos direitos abusivos. Só teremos a verdadeira independência quando a responsabilidade prevalecer sobre os excessos, e for reconhecido que sem lei, sem moral e ética viveremos sempre a mercê dos sem escrúpulos, dos espertos e ambiciosos. Quem sabe um dia, os que trabalham honestamente terão sua cidadania e independência respeitadas de fato. Enquanto isso, com esperança em dias melhores, só podemos desejar um feliz Sete de Setembro a todos!

sábado, 3 de setembro de 2011

DEMOCRACIA E MORALIDADE

(No Estadão online, sábado, 3.09.2011)
RAIO X
O artigo do professor Denis Lerrer Rosenfield, Democracia e moralidade (29/8, A2), é uma análise primorosa dos riscos que corremos em nossa frágil democracia. Deveria ser de leitura obrigatória para todos que se preocupam com as decisões autocráticas e insidiosas que estão, pouco a pouco, sendo tomadas e impostas pelo governo lulopetista sob a guisa de inclusão social. No meu entender, o problema se resume à não aplicação das leis e da Constituição, e o favorecimento das massas que se sentem marginalizadas (através de promessas demagógicas e populistas), de aliados políticos e os que favoreçam o projeto hegemônico do PT. Há um esforço constante para consolidar o poder político e de governo por parte de Lula e dos caciques petistas, sem a contrapartida de uma oposição esclarecida. Falta-nos uma clara defesa dos princípios de honestidade, moral, justiça e valorização de mérito em trabalho produtivo. Faltam-nos vozes que lutem por estes princípios e eduquem o povo para os benefícios do trabalho honesto e da cidadania participativa, onde os impostos pagos teriam sua força retornando em melhoria de vida para todos em vez de para o enriquecimento de poderosos de plantão. O brado de alerta do prof. Rosenfield é muito bom, mas temos de achar estadistas que levantem a bandeira da democracia com liberdade, e com leis fortes que consigam coibir a exploração de uns pelos outros, das classes dominantes sobre os desfavorecidos, dos que praticam o capitalismo selvagem sobre os pequenos empreendedores, etc. Faltam-nos lideranças que proponham uma democracia saudável com liberdade protegida por leis socialmente justas e igualitárias. Do contrário poderemos logo ficar sem democracia ou moralidade, predominando as propostas autocráticas desse partido cada vez mais hegemônico e seu carismático líder. É assustador, mas uma realidade bem desvendada pelo artigo em pauta!