sábado, 17 de novembro de 2012

PREFERIR MORRER

(No jornal digital Via Fanzine, quarta-feira, 14.11.2012)
A declaração do ministro da Justiça José Eduardo Cardozo que preferia morrer do que ser preso demonstra descaso, irresponsabilidade e incompetência. O que tem sido feito no sistema penitenciário pelo Ministério da Justiça nos quase 10 anos de governo petista? Quais são seus planos e projetos na área?
Disso nada fala, e, infelizmente, acho que o PT continua acomodado no "quanto pior melhor", e parece estar se lixando para o problema dos brasileiros que transgridem as leis. Agora que o Judiciário está lavando a alma brasileira, condenando muitos envolvidos no escândalo do mensalão, seria interessante que a presidente Dilma convocasse seus ministros para conhecerem por dentro os presídios nacionais, assim como as escolas de periferias, apresentando observações e sugestões.
Todo o Brasil começaria a melhorar se fossem sanados os sérios problemas nessas duas pontas: a escola que deveria educar melhor os jovens para serem bons cidadãos, e o presídio que deveria isolar dignamente os que representam o fracasso do sistema educacional.
Todos no governo deveriam estar engajados nesse grande projeto. E o ministro da Justiça deveria ser o braço direito da presidente num esforço para formar melhores os cidadãos e, assim, reduzir o crime. E os que forem condenados a reclusão, que sejam tratados de forma melhor e mais digna no sentido de serem, se possível, recuperados socialmente.
Um governo que se interessa realmente por todos agiria assim, não dizendo que "prefere morrer" diante de situação que ele é responsável por resolver!

terça-feira, 6 de novembro de 2012

BASES FRACAS

(No Estadão impresso, terça-feira, 6.11.2012)
As nações mais bem-sucedidas são as que investiram pesado na educação do seu povo. O Japão e os chamados tigres asiáticos são exemplos dessa estratégia. No Brasil do PT, porém, o enfoque é mais eleitoreiro, visando a garantir a hegemonia partidária. Deprecia a educação com projetos populistas como as cotas e usa argumentos socialistas para comprar votos, injetando dinheiro nas classes mais baixas para levá-las à classe média. Pelo aumento do consumo, com a facilidade de crédito, impulsiona artificialmente a produção industrial e o comércio. Infelizmente, esquece de formar bem as bases pela educação e a ênfase na competência tecnológica e profissional. Assim, como as obras levantadas sobre fundações fracas, a tendência é que após impressionar com a altura do edifício vem o risco de desmoronamento. Quando vai entender que sem educação séria e valorizada não teremos sucesso a longo prazo neste mundo cada vez mais globalizado? Será que nossos intelectuais não enxergam isso?

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

EDUCAÇÃO

(No Valor Econômico, segunda-feira, 5.11.2012)
As nações mais bem sucedidas são as que investiram pesado na educação. O Japão e os chamados "tigres asiáticos" são exemplos dessa estratégia. No Brasil, porém, deprecia-se a educação com projetos populistas como as cotas. Injeta-se dinheiro nas classes mais baixas para levá-las à classe média. A produção industrial e o comércio crescem artificialmente com o aumento do crédito. Mas, infelizmente, os governantes esquecem de formar bem as bases pela educação e ensino tecnológico e profissionalizante. Quando se entenderá que sem educação séria e valorizada não teremos sucesso a longo prazo em um mundo cada vez mais globalizado?
Silvano Corrêa