terça-feira, 23 de novembro de 2010

QUAL DOS TRÊS

(No Estadão impresso, terça-feira, 23/11/2010)
Uma pergunta à presidente eleita: qual dos três porquinhos vai prevalecer em seu governo? O que construiu sua casa de palha (de políticas populistas visando interesses mais eleitoreiros do que nacionais)? O da casa de madeira (de governo de discursos, de planos mirabolantes, de falta de competência para execução de projetos, de verbas mal aplicadas...)? Ou o que construiu uma casa sólida, de fundações bem feitas, tijolos, bom cimento e planejamento e execução inteligentes (como foi o governo de FHC, Malan e Fraga, que preparou as bases para o sucesso do Brasil (!), enquanto Lula viajava discursando pelo mundo afora)? Qual vai ser, sra. presidente? É bom resolver logo, pois o "lobo mau" da crise mundial já está ameaçando soprar com muita força e uma casa mal construída pode cair.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

VISANDO 2014?

(No Estadão online, segunda-feira, 22/11/2010)
Lula declarou que vai desmontar a ''farsa'' do mensalão do PT (não o do DEM?). Com isto José Dirceu ficaria reabilitado politicamente, podendo reassumir suas funções e sua ascendência no partido. Será que essa articulação não visa ao processo sucessório de 2014? Acho que Lula já conseguiu o que queria (deixar o cargo com popularidade enorme) e pretende, a partir de janeiro, ficar só como eminência parda do governo. Neste cenário, José Dirceu seria o ''ungido'' para seguir Dilma Rousseff no pretendido projeto petista de poder. Essa transferência seria em 2014 se Dilma tiver problemas, ou em 2018 após seu segundo mandato. Que a oposição abra os olhos logo. Bobeou ao não exigir medidas concretas contra Lula e o mensalão na época. Bobeou ao não detonar na raiz a crítica de ''herança maldita'' inventada por Lula contra o governo FHC. Agora as consequências estão se avolumando e fugindo de controle. Se Lula conseguir a redenção de José Dirceu e apagar os efeitos do mensalão petista, o caminho estará aberto para a hegemonia do PT (como o PRI mexicano) e a consolidação de um Brasil cada vez mais sindicalista e estatizante. Marquem minhas palavras!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

MEDIDA ANTI CORRUPÇÃO

(No JORNAL DO BRASIL, RJ, quinta-feira, 18/11/2010)
Cargos públicos
Vamos adotar a seguinte conta (simples aritmética) no histórico de todo funcionário público em cargo de confiança: patrimônio ao assumir + ganhos comprovados recebidos no período + ganhos financeiros razoáveis = provável patrimônio ao deixar o cargo? Caso o patrimônio final provável e o real não batam, que se exija clara e convincente explicação da diferença.

BLOCÃO DA ALEGRIA

(No Estadão online, quinta-feira, 18/11/2010)
Será que o PMDB conseguiria montar o mesmo "blocão" de deputados se o objetivo fosse trabalhar dura e honestamente pelo bem do Brasil? Se fosse para aceitar sacrifício pessoal em prol das tão necessárias reformas que melhorariam o futuro de todos os brasileiros? Acho que não. Infelizmente, enquanto nossos políticos acharem que foram eleitos para se servirem dos bens públicos, em vez de para representarem bem e satisfazerem o "público pagante", o que paga com muito sacrifício seus polpudos salários e ricas mordomias, o Brasil não tem jeito. Só nos resta nos unirmos ao "blocão" dos eternos descontentes, manifestando nossa indignação, e aguardar, com esperança, as próximas eleições. Até quando?

domingo, 14 de novembro de 2010

TIRIRICA

(No JORNAL DO BRASIL – RJ, sábado, 13/11/2010)
Agora que o palhaço Tiririca será diplomado como deputado federal, e vai exercitar escrita e interpretação de textos em luxuoso gabinete no Congresso Nacional, ficamos aguardando o cumprimento da promessa de revelar o que fazem realmente nossos representantes na Câmara Federal. Quantos são, quanto gastam... Que sempre querem mais já sabemos. Falta entender melhor sua atuação e desempenho pelo bem de todos os brasileiros - ou seja, seu "custo-benefício Brasil".

sábado, 6 de novembro de 2010

CPMFs

(Na FOLHA DE PERNAMBUCO, sábado, 6/11/2010)
Temos uma carga tributária de 35% do PIB, que nos iguala à de países mais desenvolvidos. Só que lá, a pesada arrecadação tem retorno certo e pode-se confiar nos serviços públicos de educação, saúde, segurança, etc. e as estradas são tapetes. Aqui, pagamos igual, mas quase todo nosso dinheiro se perde pelos escaninhos da incompetência e da corrupção. A maior parte paga um funcionalismo inchado e ineficiente, e as muitas benesses distribuídas por critérios quase sempre político-eleitorais. Ou seja, gastam mal o que arrecadam, sem satisfazer ou prestar contas ao contribuinte. E a pressão de governadores pela recriação da CPMF é uma boa desculpa. Tenho certeza de que a maioria do povo, que já trabalha mais de quatro meses por ano para sustentar o governo, também gostaria de pressionar... Mas para que ele gaste melhor o muito que já recebe antes de querer mais. Hoje temos pressão para uma CPMF-S (para saúde). Amanhã, teremos uma CPMF-C (para a Copa do Mundo), depois uma CPMF-O (para as Olimpíadas)? E, por que não, uma CPMF-B (para o Trem Bala)? A verdade é uma só: se antes a CPMF não melhorou a saúde, por que haveria de ser diferente agora? Que cortem os desperdícios, que despeçam os “aspones”, que eliminem os ministérios supérfluos, e que apresentem resultados com o que já recebem. Depois, se nos convencerem de que é pouco, que venham pleitear mais!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Concessão e partilha

(No VALOR ECONÔMICO – SP, quarta-feira, 3/11/2010)
"No regime de concessões, a Petrobras aumentou consideravelmente sua produção e o Brasil conseguiu, no limite, sua auto-suficiência em petróleo. Agora que foram descobertas as reservas na camada pré-sal, fala-se em retornar ao sistema de partilha. Será que a Petrobras tem condições, sozinha, de explorar essas reservas? Se as concessões deram certo, vamos continuar com esse sistema, negociando melhores termos para o Brasil. E que tudo fique com a Petrobras. Não há justificativa para se criar um nova e dispendiosa estatal!"