quarta-feira, 28 de setembro de 2016

RESPONSABILIZAR É PRECISO

(No Estadão online, quarta-feira, 28.09.2016)
Nada mais justo do que responsabilizar os então integrantes do Conselho de Administração da Petrobrás pelos prejuízos na compra da Refinaria de Pasadena, em 2006. Especialmente sua presidente na época, sra. Dilma Rousseff. Quando assumiram seus muito bem remunerados cargos, deviam saber da responsabilidade que esses impunham aos seus detentores. É muito fácil gozar de todas as mordomias, o polpudo valor de remuneração mensal, ocupar belos gabinetes com todo conforto e não ter mais do que assinar papéis encaminhados por assessores, sem assumir a responsabilidade correspondente. Que sejam bloqueados, sim, seus bens para que seja ressarcido, nem que seja em parte, o enorme prejuízo que teve a Petrobrás por aquela compra altamente suspeita. Um exemplo firme deve ser dado para que outros saibam que com as benesses do cargo vem a necessária prestação de contas. Chega de pagarmos por tanta irresponsabilidade!

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

HISTORIA DE UM REI DESPIDO

(No Estadão online, quinta-feira, 22.09.2016)
Era uma vez um moço pobre que veio para o Sul e se tornou um rei idolatrado por milhões. Vivia em palácios cercado de súditos atendendo a todos os seus desejos. Distribuía auxílios a mancheias a todos, especialmente os mais pobres e necessitados. Sua bondade era reconhecida e cantada em verso e prosa mundialmente. Infelizmente, muitos se aproveitaram de sua ingenuidade e falta de controle (nunca sabia de nada) para se locupletarem das excessivas riquezas distribuídas pelo Tesouro Real, e este entrou em grande prejuízo. A rainha, que foi sua sucessora, não soube administrar a grande falência nacional e foi destronada. O rei que vivia em palácios passou a ser réu, defendendo-se e tentando provar não ser proprietário de reles apartamento tríplex e de simples sítio. Ele, que se cobria com mantos de verdadeiro rei-santo, o mais honesto e melhor entre seus pares, perdeu suas vestes, seus súditos se afastaram e o mundo todo descobriu que o rei estava nu. Qual será o fim desta história? Qualquer semelhança, infelizmente, não é mera coincidência.

terça-feira, 20 de setembro de 2016

PROVAS CINCUNSTANCIAIS

(No Estadão online, terça-feira, 20.09.2016)
Na denúncia recente formulada pelos procuradores do Ministério Público Federal (MPF) contra o sr. Luiz Inácio Lula da Silva, a referência a "convicções" não creio ter sido a ideal. Melhor seria "provas circunstanciais", as que se baseiam em indícios e deduções. E essas são muitas. Na vida legal o cidadão correto trabalha, produz, é remunerado, compra imóvel em seu nome, paga suas instalações e decoração, transfere para lá seus bens e usufrui, com o merecido orgulho, de sua nova residência ou local de descanso. Já o cidadão que quer esconder a origem de dinheiro obtido irregularmente arranja um "laranja" de sua confiança para assinar e constar na escritura do imóvel. Daí para a frente, passa a usufruir do mesmo como se proprietário fosse. Só ele e família usam o imóvel; o "laranja" nem chave tem e pede licença para adentrá-lo; toda a decoração, inclusive cozinha Kitchens de luxo, é escolhda pelo "usufrutuário enganador"; objetos comprados para a piscina, como pedalinhos, trazem o nome de netos; parte dos bens valiosos retirados (?) do Planalto é transportada para esse imóvel, etc. Mas o "esperto" sempre declara que não é seu proprietário. Essas são ou não provas circunstanciais de um grande esquema de lavagem de dinheiro? Só não percebe quem não quer, ou tem interesse em participar do esquema. Faz-nos lembrar a história do pato: faz barulho de pato, nada como pato, é seguido por muitos patinhos, mas o "esperto" insiste em que não é pato. Na verdade, patos somos nós, que assistimos a todo esse circo de patacoadas e malandragens e, no fim, teremos de pagar o pato de toda essa roubalheira. Felizmente, a Operação Lava Jato está agindo para acabar com esse "circo de mentiras". Provas circunstanciais é que não faltam!

sábado, 17 de setembro de 2016

CONFUSÃO DESFEITA

(No Estadão online, sábado, 17.09.2016)
Não confunda o convidado de honra do Supremo Tribunal Federal com o supremo comandante da "propinocracia" federal. Mas, aqui, não há mais confusão. Vergonhosamente, é o mesmo!