quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

O ÔNUS DA RECONSTRUÇÃO

(No Estadão online, quinta-feira, 22.12.2016)
Altamente relevante e preocupante o artigo de Almir Pazzianotto Pinto "O ônus da reconstrução" (20/12, A2). Temos uma legislação trabalhista utópica, criada pelo populismo demagógico. Impõe muitos direitos de trabalhadores sem se preocupar com seus deveres e seu peso na operacionalidade e rentabilidade dos empreendimentos dos quais dependem. É uma fórmula que, nas crises como a atual, leva empresas a falirem ou a se mudarem para nações com mais flexibilidade na contratação e demissão de mão de obra. Diz-nos Pazzianotto: "A CLT disciplina pedidos de demissão e despedidas individuais, por falta grave ou sem justa causa. Ignora cortes coletivos decorrentes do colapso da economia ou o insucesso da empresa causado por fatores insuperáveis de mercado. Pune o empregador, como se fosse responsável pela estagnação que nos legou o Partido dos Trabalhadores". E faz uma pergunta crucial a quem está sem emprego há vários meses e não encontra colocação: "Se gostaria de obter trabalho com 12 meses de salários, férias de 15 dias negociáveis, horas extras com adicional de 10%, ou se lhe basta a riqueza de contar, no papel, com a legislação mais protecionista do mundo". A concorrência internacional está cada vez mais acirrada, especialmente a da China. Vamos ficar dormindo na ilusão dos muitos e irrealizáveis direitos trabalhistas impostos pela Constituição de 1988 ou vamos acordar para a realidade de que é melhor ganhar menos, mas ter trabalho gerado por uma economia saudável e competitiva? Para reconstruirmos o que o PT destruiu, temos de assumir o ônus e esquecer os direitos excessivos que provocam nosso atraso. É uma decisão crucial que temos de enfrentar urgentemente!

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

' PAÍS EM CRISE'

(No Estadão online, segunda-feira, 19.12.2016)
O almirante Mario Cesar Flores, em seu artigo "País em crise" (17/12, A2), pergunta se será possível iniciar a solução de nossos enormes problemas pela política. E complementa que esta, "uma vez nos trilhos da qualidade, rebocará tudo o mais". Tenho uma ideia que poderia ajudar. Implantarmos um Exame Nacional de Habilitação Política (Enhap), que todos os que desejem ingressar ou permanecer na política tenham de, obrigatoriamente, prestar e atingir determinada nota. Esse exame versaria sobre a Constituição, ciências política e econômica, moral, ética, história do Brasil, democracia, e assuntos essenciais para a formação de um bom político. Apostilas seriam desenvolvidas e disponibilizadas para todos os interessados. Poderia ser realizado semestralmente em todas as capitais, com rigoroso controle dos que prestam e das notas obtidas. Os atuais políticos que não forem aprovados no Enhap teriam de deixar os cargos e, se quiserem continuar na política, iniciar o caminho de recuperação desde a estaca zero. Nossa política só vai melhorar com melhores políticos; pessoas que queiram servir ao povo, doando sua cota de sacrifício pelo bem estar público, e não os que só querem se servir da política para o enriquecimento de si e familiares, como é o caso atual. Para isso é necessário termos um método de triagem. Quem sabe a ideia de um exame como este aqui sugerido seja o caminho? Algo tem de ser feito pelo bem de nosso Brasil tão espoliado pelos que se autoproclamam representantes do povo mas são representantes somente de interesses pessoais e corporativos!

domingo, 11 de dezembro de 2016

PANO RÁPIDO

(No Estadão online, domingo, 11.12.2016)
(Abrem-se as cortinas.) Ele, com pose de autoridade, maquiado com óleo de peroba, após dois dias esquivando-se de oficial da Justiça do Supremo Tribunal Federal (STF), declara com toda empáfia: "Decisão da Justiça não se discute, se cumpre". (Aplausos e risos encabulados da plateia. E fecham-se as cortinas). É nosso Brasil caboclo!

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

INVERSÃO DE VALORES

(No Estadão online, segunda-feira, 5.12.2016)
Fica cada vez mais confirmada a crítica de Lula de que existem "300 picaretas" no Congresso. Para eles, a lei? Ora, a lei está o.k.; "dura lex sed lex" é abuso de autoridade? Nossa Justiça, sofrendo nas mãos desta corja, pede socorro! Vamos às ruas gritar contra esta inversão de valores dos que abusam de suas representatividades.

domingo, 4 de dezembro de 2016

TOLERÂNCIA ZERO

(No Estadão online, domingo, 4.12.2016)
De “qualquer fatozinho” em “qualquer fatozinho”, não há instituição nem democracia que aguente, sr. presidente. Que o digam Lula e Dilma em seus desastrados e irresponsáveis governos! O líder máximo de uma nação grande e complexa como o Brasil não deve deixar passar falhas que atentem contra a Constituição ou os bons costumes, por menores que sejam. Um “fatozinho” logo se torna um precedente desagregador de autoridade e da capacidade de liderar. O quanto antes, deve ser defenestrado para não corromper o conjunto. O povo acordou do pesadelo de 13 anos e está com sua tolerância “zero”. Felizmente.