terça-feira, 29 de novembro de 2011

FAZ DE CONTA

(No Estadão online, terça-feira, 29.11.2011)
Após ler o editorial Ninguém sabe, ninguém viu, sobre o escândalo do Banco Panamericano (28/1, A3), concluí que o Brasil é mesmo o país do faz de conta. Os diretores do banco particular que participaram nessa fraude de R$ 80 milhões certamente fizeram as contas de aumento patrimonial; enquanto os contribuintes e correntistas da Caixa pouco puderam fazer as contas do enorme rombo da ilícita transação; e a instituição financeira, Caixa Econômica Federal, passou batida na total ausência de controle e prestação de contas, anunciando-se "o banco que acredita nas pessoas". Assim, com tantas contas fantasiadas e falsificadas, somente poucos brasileiros mais conscientes é que ficaram por conta, com a enorme conta desse roubo tão descarado e impune!

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

SEM FÔLEGO

(No Estadão impresso, sexta-feira, 11.11.2011)
ONG de amigão do Lula recebeu do Ministério do Trabalho injeção de "oxigênio" no valor de R$ 24 milhões em oito anos, apresentando pouquíssimo resultado. Por essa e outras razões semelhantes o brasileiro que paga pesados impostos anda sem fôlego!

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

DEFESA DOS QUE CRITICAM

(No Estadão online, sexta-feira, 4.11.2011)
É pouco provável que esta carta seja publicada, mas, considerando o editorial A volta por cima (3/11, A3), quero defender os que se tem manifestado nas mídias e redes sociais criticando o atendimento privilegiado dado ao ex-presidente Lula quando descobriu que tinha um câncer na laringe. Não creio que eles tenham "mentalidades encardidas" ou "recalques". Vejo as seguintes razões para tanta insatisfação: pagamos impostos pesadíssimos, de Primeiro Mundo, (inclusive a contribuição em cascada chamada CPMF) para que a saúde pudesse ser melhorada e, nos oito anos do governo Lula, pouco foi feito; foram muitos os "arroubos autocongratulatórios" de Lula, entre os quais o de afirmar que faltava pouco para a saúde atingir a perfeição – tripudiando em todos os que sofrem a realidade das filas do SUS; se Lula ganhou muito dinheiro no cargo, e em conferências altamente remuneradas, esse dinheirama teve sua origem, principalmente, no bolso dos sacrificados contribuintes; além de pagarmos muito para o governo, somos obrigados a ter convênios particulares (caríssimos, ou não confiáveis), pois a rede pública de saúde continua péssima; o fato de Lula "jogar limpo" com a informação de sua grave doença não é mérito mas sim esperteza, pois já se confirmou nos casos José Alencar e Dilma, que o eleitor decide mais pelo coração do que a razão e o "simpático lutador contra terrível doença" ganha piedade, mais apoio e popularidade; e finalmente, o câncer é uma doença assustadora e terrível, mas é muito difícil encontrar alguém que não tenha perdido amigo ou parente para ela (eu mesmo perdi avô e pai). Deus queira que não, mas todos estamos sujeitos a ter essa doença. Se tivéssemos um Sistema Único de Saúde (SUS) correspondente ao muito que já contribuímos para isso no governo Lula (e anteriores, para sermos justos), aí sim todos os brasileiros poderiam, em igual situação, dar "a volta por cima", e não só sr. Lula da Silva!

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

CONTRASTE NA SAÚDE

(No Estadão online, quinta-feira, 3.11.2011)
Não é de estranhar que aquele que afirmou que a rede pública de saúde no Brasil "estava quase perfeita", ao aparecer doença grave, tenha se internado no Hospital Sírio Libanês? Aliás, deveríamos ter uma lei pétrea que todos funcionários do governo, representantes do povo, e suas famílias, teriam obrigatoriamente de ser atendidos e tratados do Sistema Único de Saúde, SUS, começando pela autoridade maior, o presidente da República. No dia que passarem essa Lei pra valer até seria aceitável uma nova contribuição tipo CPMF. Com certeza, quando o problema tocar em si e sua família, nossos representantes pensariam duas vezes antes de desviar a verba destinada à Saúde. Mas, hoje, no aperto, os "poderosos" e famílias procuram os melhores hospitais particulares, nacionais e estrangeiros, deixando o povo sofrer nas filas do abandonado serviço público. É o velho ditado um tanto torcido: "acredite e confie no que prometo, mas não espere poder fazer o que faço". Para os amigos, atendimento régio; para o povo, atendimento paupérrimo. E ainda têm a desfaçatez de declarar que somos uma Nação de todos!