quinta-feira, 27 de outubro de 2011

SEIS POR MEIA DÚZIA

(No Estadão impresso, quinta-feira, 27.10.2011)
Segue o jogo das cadeiras e mais um ministro é substituído em meio a revelações lamentáveis. Será que a presidente e seus muitos assessores não têm controle do que fazem seus subalternos em todos os ministérios? Infelizmente, enquanto as nomeações se pautarem por corporativismo e loteamento pelos partidos coligados, a situação continuará a mesma, com enorme prejuízo para o Brasil e os trabalhadores que sustentam toda essa disfuncional máquina pública. Sra. presidente, assuma a responsabilidade que o cargo lhe confere e comece a nomear pessoas com competência e liderança comprovadas para cada pasta, independentemente de partido ou ideologia. Do contrário, continuaremos à deriva, de escândalo em escândalo, pagando a enorme conta da incompetência, com corrupção e impunidade. O Brasil de nossos filhos e netos merece ser governado de forma mais séria e responsável!

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

IMPUNIDADE

(No Estadão online, quarta-feira, 26.10.2011)
SUPERIMPUNIDADE
É um avião? É um pássaro? Não, é o superministro! Ele enfrenta todas as provas de corrupção contra si, gritando: "Sou Orlando, sou Brasil, sou indestrutível!". Na história em quadrinhos em que estamos vivendo é assim: os inseridos no esquema aplaudem seu "super herói" (sic), enquanto o povo sofre para pagar o pesado custo de tanta impunidade!

terça-feira, 25 de outubro de 2011

ELEMENTAR WATSON

(No Estadão online, terça-feira, 25.10.2011)
Não precisa ser um super detetive para comprovar corrupção ou malversação de verbas nos ministérios: basta seguir o dinheiro (follow the money). Certamente existem contabilizados no Tesouro os valores distribuídos a cada ministério, sob responsabilidade do respectivo ministro e seus departamentos. Seguindo o seu rastro, é possível saber qual resultado foi obtido na ponta final. No caso do Ministério do Esporte, muito dinheiro foi canalizado para ONGs, algumas sérias outras de fachada, mediante assinatura de contratos de prestação de serviços que detalhavam obrigações assumidas para justificar o valor contratado. Que se faça uma auditoria levantando a estrutura e capacitação de cada ONG, confrontando o que foi assumido e feito por ela. Na hierarquia ministerial, levantar quem são os funcionários responsáveis de conferir cada etapa, e autorizar a liberação de mais parcelas do combinado. Várias conclusões ficariam claras: os controles governamentais são deficientes ou não existem; as pessoas não são confiáveis ou são coniventes; os desperdícios poderão ser entendidos, na pior hipótese, como corrupção, ou na melhor, como incompetência. Ambas as situações são altamente prejudiciais aos contribuintes e trabalhadores que muito se sacrificaram para pagar pesados impostos. Ambas indicam melhoria dos controles e demissão sumária dos envolvidos, especialmente do ministro responsável máximo da pasta. Chega de desperdiçarmos tanto dinheiro para a incompetência e corrupção! Para isso só é necessário mais seriedade e vontade política. Elementar, meu caro Watson!

domingo, 23 de outubro de 2011

FARRA DAS VIAGENS - OUTRA VERSÃO

(No O Globo, domingo, 23.10.2011)
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) está tomando medidas para conter a farra de gastos com viagens ao exterior. Entendo essa iniciativa, mas não acho suficiente simplesmente restringir o ressarcimento das despesas a eventos com fins institucionais e com autorização do presidente do órgão. A contenção dessas “farras” deveria ser feita de modo geral, com legislação clara e bem definida a nível federal, estadual e municipal. Deveríamos exigir total prestação de contas, e o funcionário público teria que apresentar solicitação detalhando razões e benefícios da viagem pretendida. E, ao regressar, apresentaria relatório detalhando gastos, realizações, contatos, acordos e planos discutidos com autoridades estrangeiras. O dinheiro do trabalhador é fruto de muito suor e sacrifício e deve ser tratado com responsabilidade. E esses périplos pelo exterior nem sempre são justificados ou trazem qualquer benefício para o Brasil!

domingo, 16 de outubro de 2011

FARRA DAS VIAGENS

(No Estadão online, domingo, 16.10.2011 e Valor Econômico, 18.10.2011)
Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contém farra de gastos com viagens (13/10, A8). Não creio seja suficiente restringir o ressarcimento de despesas de viagens ao estrangeiro a "eventos com fins institucionais e com autorização do presidente do órgão". A contenção dessas "farras" com o dinheiro do contribuinte deveria ser feita com todos os funcionários públicos. Deveríamos ter uma legislação clara e bem definida a nível federal, estadual e municipal, com exigência de total prestação de contas, e o funcionário público, para poder se ausentar do país, deveria ser obrigado a apresentar solicitação por escrito, detalhando as razões e benefícios para a Nação da viagem pretendida. Uma vez analisado e aprovado o pedido, todo o processo deveria ficar publicado em site próprio na internet. Ao regressar do exterior, cada representante deveria ter um prazo para justificar seus gastos através de relatório com realizações, contatos, acordos e planos discutidos com autoridades estrangeiras, em todos os dias úteis. O dinheiro do trabalhador é fruto de muito suor e sacrifício, e deve ser tratado com muita responsabilidade por nossos representantes. Essa "farra" tem de acabar, especialmente nos gastos em viagens, cada vez mais freqüentes e festejadas, mas nem sempre justificadas quanto ao benefício que trazem para o Brasil!

terça-feira, 11 de outubro de 2011

A DESCONSTRUÇÃO DO BRASIL

(No Estadão online, terça-feira, 11.10.2011)
Triste a realidade apresentada por Ricardo Vélez Rodríguez em seu artigo Doutor Lula (10/10, A2): o Brasil está sendo lentamente desconstruído em sua base ética, moral e cívica pela influência populista e demagógica de um líder sindical esperto atuando sobre um povo bom, porém ingênuo, que não foi educado para entender que só o trabalho produtivo e inteligente constrói, aumenta a riqueza e melhora a qualidade de vida. Infelizmente, nosso povo sempre esperou tudo do governo e de um "salvador da pátria", não entendendo o que John Kennedy disse em discurso de posse: "não pergunte o que o governo pode fazer por você, mas o que você pode fazer pelo governo"! Sem essa compreensão, as classes menos favorecidas são carneirinhos, massa de manobra, prontos para ser envolvidos na ilusão de promessas sem fundamentos, e assertivas de que "nunca antes nesse país" (com um pouco de "esmola" distribuída) a vida melhorou tanto (sic). Quando resolveremos esse problema? Creio que só depois de educar corretamente uma geração e garantir a mudança de mentalidade da maioria. Quem vai fazer isso, e como? Só Deus sabe!

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

MAIS IMPOSTOS?! NA FOLHA

(Na Folha de S. Paulo, online, terça-feira, 04/10/2011 - 18h09)
Leitor questiona criação de imposto para a área da saúde
DE SÃO PAULO
A presidente Dilma Rousseff afirmou que o povo vai pedir novos impostos para resolver o problema da saúde. Será?
Quem trabalha e produz já tem descontada uma carga tributária das mais altas do mundo (38% do PIB), e vê pouquíssimo retorno.
Servidores da saúde de todo o país participam de manifestação em Brasília
Será que mais impostos vão resolver? Tivemos a extinta CPMF, com desconto de 0,38% em cheques recheando o Tesouro com muitos bilhões, e a saúde em nada melhorou. Por que seria diferente agora?
O que precisamos é que o governo administre melhor os muitos recursos arrecadados em vez de sobrecarregar ainda mais o trabalhador!

terça-feira, 4 de outubro de 2011

MAIS IMPOSTOS?!

(No Estadão impresso, terça-feira, 4.10.2011)
A presidente Dilma disse que o povo vai pedir novo imposto para resolver o problema da saúde. Será? Quem trabalha e produz já tem descontada uma carga tributária (38% do PIB) das mais altas do mundo e vê pouquíssimo retorno. Mais impostos vão resolver? Tivemos a CPMF, com desconto de 0,38% em cheques, recheando o Tesouro com muitos bilhões e a saúde em nada melhorou. Por que seria diferente agora? O que fazem os quase 40 ministérios e secretarias especiais, além de empregar muitos companheiros? Entram e saem ministros e se pergunta: o que fizeram senão muita política partidária e distribuição de verbas às suas bases? Qual a responsabilidade exigida de sindicatos e ONGs pelos bilhões liberados para projetos, muitos sem consistência ou viabilidade? O que se está fazendo para acabar com o funcionalismo fantasma e improdutivo, que tanto rouba e debilita a capacidade do governo de investir em obras necessárias? O Brasil tem de ser administrado com a eficiência de uma grande e complexa empresa. Temos de ter mais competência em todos os níveis do funcionalismo, uma contabilidade mais simples e transparente, mais incentivo para quem demonstra mérito e punição exemplar para quem faz mau uso do patrimônio público. É necessário que o governo administre melhor o dinheiro arrecadado, em vez de sobrecarregar ainda mais o trabalhador!

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

ALERTA ANTIENCHENTE

(No Estadão online, segunda-feira, 3.10.2011)
Gilberto Kassab, nosso digníssimo prefeito, está estudando a implantação de um sistema de sirenes para alertar da possibilidade de enchentes. Muito trabalho e muito dinheiro será gasto para avisar os que estão em áreas de risco. Será um mero paliativo que tentará salvar vidas, mas sem resolver o maior problema dos humildes que é a perda de patrimônio adquirido com trabalho e sacrifício. A implantação desse sistema é uma clara confissão de incompetência. Cobrar impostos, cada vez mais pesados, eles sabem fazer muito bem. Mas propiciar ao povo qualidade de vida já é outra história. No reajustar dos próprios salários eles são craques. Mas dar ao contribuinte um retorno pelo muito que contribui já é outra história. Espalhar câmeras escondidas pela cidade e multar motoristas com pressa, descuidados ou nervosos ninguém os supera. Consertar as ruas esburacadas e irregulares já é outra história. Além de sirenes para avisar de enchentes, que tal uma sinalização piscante para alertar sobre buracos nas ruas? E que tal colocar cartazes avisando da possibilidade de assaltos e roubos em locais perigosos? Assim logo poderemos ter uma secretaria especial para alertar sobre problemas que não conseguem resolver. Parece que, para eles, é mais fácil alertar do que resolver! Mas os impostos continuam aumentando e sendo cobrados sem piedade. Vamos também "alertar" esses maus representantes não votando neles na próxima eleição!