sábado, 28 de janeiro de 2017

EIKE BATISTA

(No Estadão online, sábado, 28.01.2017)
Era uma vez um grupo empresarial de um senhor que foi apoiado e financiado ricamente pelo ex-presidente Lula e seu governo. Era considerado um gênio dos negócios e fazia parte de projeto megalomaníaco para formar os chamados "campeões nacionais". Tratava-se do Wunderkind Eike Batista e seu Grupo EBX. Faziam parte desse grupo setores chamados MPX, OGX, MMX, OSX, LLX e CCX. E suas promessas de grandes lucros, com o aval do governo Lula, causaram mesmo foram grandes prejuízos a muitos agentes financeiros. Hoje, o sr. Batista está foragido e procurado pela Interpol por golpe internacional. Era tanta megalomania, tanta incompetência, havia tantos "X" que só podia dar uma coisa: "xabu". Mais uma mancha negra nos negócios brasileiros no exterior que nossos filhos e netos terão de limpar. Mais uma triste herança de Lula.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

A SAÍDA PELA CONSTITUIÇÃO

(No Estadão online, sexta-feira, 20.01.2017)
O Brasil assiste, estarrecido, a uma verdadeira guerra entre as facções do crime organizado que dominam os presídios brasileiros. O que era desorganização, pouco caso e desumanidade com detentos está se transformando em anarquia e barbárie. Há tempo o governo perdeu o controle dos presídios para o PCC, Comando Vermelho, Família do Norte e outras facções em formação. Que fazer? Eliane Cantanhêde, em sua coluna de 17/1 (A6), revela que o ex-presidente do STF Carlos Ayres Britto disse que "a saída para a crise é a Constituição". Concordo. Mas, se a lei não for aplicada com todo rigor, não adiantam ações baseadas somente no texto constitucional. A força deles tem de ser anulada pela força da lei, do contrário, ficará tudo na mesma, com a consequente desmoralização das instituições. O presídio não deve ser um "depósito" de seres humanos, simplesmente afastados da sociedade e ociosos por tempo determinado pela Justiça. Tem de ser transformado em campo de disciplina, trabalho produtivo, estudo, esportes, tudo determinado por agendas e horários, impostos sem apelação. Qualquer rejeição deve ser punida rigorosamente. O sistema prisional deve ser voltado para a recuperação social do meliante, por qualquer meio possível. O simples isolamento do criminoso (sistema atual) se tornou caldo de cultura e escola de mais e piores criminosos. A implementação da lei nos presídios, com base sólida na Constituição, deve ser dura e não flexível, no interesse do próprio presidiário. Lei que não é dura não é lei! E a pessoa que é levada a cumprir uma pena deve sair da detenção, por força do trabalho e da disciplina, melhor do que entrou. Sem dúvida, é algo difícil de aplicar, e os resultados só virão no médio e no longo prazos. Mas, do contrário, seguiremos de crise em crise, sofrendo pela timidez do jeitinho e da acomodação. Dura lex sed lex!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

RECUPERAÇÃO SOCIAL

(No Estadão online, quarta-feira, 11.01.2017)
 No "Estadão" de sábado (7/1) muito se abordou sobre a questão dos presídios e da falta de um bom sistema prisional, principalmente no excelente artigo "Até a próxima tragédia", de Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, Fábio Tofic Simantob e Hugo Leonardo. Logo abaixo deste, o leitor sr. Leônidas Marques, no "Fórum", foi muito feliz ao lembrar o que disse em 1982 Darcy Ribeiro: "Se nossos governadores não construírem escolas, em 20 anos faltará dinheiro para construir presídios". Realmente tudo se resume a uma boa educação. Infelizmente, no Brasil temos muita instrução, muita preocupação com o preenchimento de currículos, e pouca educação séria e formadora de bons cidadãos, pessoas disciplinadas, conscientes da importância das leis e do respeito que o indivíduo deve ter para com a sociedade. Falta-nos uma educação que valorize o trabalho e a contribuição que se espera de cada um pelo bem-estar da coletividade; que deixe claro que tudo tem um custo, "não há almoço grátis"; que a riqueza verdadeira só vem com o trabalho inteligente, produtivo e competitivo no mercado, etc. Esta educação (de Primeiro Mundo), voltada para formar brasileiros que possam contribuir com um País melhor, deve permear os meios de comunicação do governo, mas iniciar de forma sistêmica nos bancos escolares do segundo grau e se intensificar nos cursos superiores. Quanto aos cidadãos que estão encarcerados em presídios por transgressões às leis, mais importante se torna esse esforço para sua recuperação social. Disciplina de horário, esporte, trabalho produtivo sempre fazem bem e ajudarão a transformá-los em pessoas melhores. Disciplina e trabalho duro são ótimas formas de educar e mudar hábitos e costumes. Educar melhor, desde crianças até os presídios, acabando com as escolas de crime em que se tornaram, deve ser nosso principal objetivo.

domingo, 1 de janeiro de 2017

FELIZ 2018

(No Estadão impresso, domingo, 1.01.2017)
ANO-NOVO
O ano de 2016 já passou. Ufa! Foi um ano difícil, de muita intranquilidade, com emoções à flor da pele. E como tudo passa e o tempo não espera, 2017 está se iniciando com sua carga de esperança e insegurança. Mas o essencial vai depender de nós e da seriedade para enfrentarmos o período difícil atual. Será que nossos políticos estão conscientes do importante papel que têm na correção de rumo para a recuperação do País? Será que vai prevalecer o bom senso do interesse nacional sobre as improvisações e o jeitinho do corporativismo? Será que, unidos, vamos assumir com coragem os sacrifícios necessários para pôr a casa em ordem, depois de mais de 13 anos de gestões irresponsáveis, demagógicas e populistas? O trabalho mais duro tem de ser feito em 2017, pois 2018 será ano de eleição. Não podemos continuar nessa toada repetitiva que se tornou o processo judicial: delações premiadas e ações inconsequentes que declaram réus, prendem, soltam, colocam tornozeleiras e as tiram, etc. Chega! Que se punam devidamente os culpados, se passe uma esponja e se comece a trabalhar na reconstrução do Brasil. Se continuarmos carregando o peso do passado, sem definições conclusivas e saneadoras (leis duras contra a impunidade, voto distrital, voto não obrigatório, etc.), dificilmente construiremos um bom futuro. Que 2017 seja o ano da virada de verdade. O Brasil merece um novo ano melhor, ainda que seja somente visando 2018!