sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

EXEMPLO DE BRUNI

(No Estadão 0n-line, sexta-feira, 26/12/2008)
A primeira-dama da França, Carla Bruni, aproveitou bem a viagem ao Rio de Janeiro como acompanhante do marido. Na última segunda-feira, visitou um banco de leite do instituto Fernandes Figueira, da Fiocruz e, na terça-feira, o espaço Criança Esperança no morro do Cantagalo - projeto que atende quase duas mil crianças e adolescentes das comunidades do Cantagalo e dos morros Pavão/Pavãozinho. Além de uma grande sensibilidade social, sra. Bruni demonstrou também ser uma excelente diplomata ao elogiar os brasileiros como "pessoas muito afetuosas, receptivas e generosas". Que belos exemplos! Como seria bom que esses fossem seguidos, mesmo que em parte, aqui e nas muitas viagens que o presidente e dona Marisa Letícia fazem, nos representando pelo mundo afora! Será que é sonhar demais?

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

SAPATOS DA INDIGNAÇÃO

(No Estadão impresso, 16/12/2008)
O jornalista iraquiano deu o exemplo. Agora, se a moda pegar em Brasília, haja sapatos!

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

VIOLÊNCIA POLICIAL

(No Estadão on-line, 12/12/2008)
Agora, segundo os médicos, não foi a bala e sim a coronhada na nuca que matou o torcedor são-paulino, Newton Cesar de Jesus. Algumas perguntas ficam no ar: um cacetete bem aplicado no corpo não seria mais indicado do que usar o revolver com tanta força na cabeça de um torcedor desarmado? Por que o revolver não estava travado? A bala disparada pelo golpe atingiu só de raspão a cabeça do torcedor, mas, como bala perdida, não poderia ter atingido fatalmente outra pessoa ali perto? Infelizmente é mais um caso entre muitos. Realmente estamos mal servidos pelos que pagamos para nos dar segurança! Quanta violência... Quanto risco... Quanto despreparo. No filme é comédia, para nós, infelizmente, é realidade: Corra, a polícia vem aí!

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

TEMPOS MUDARAM

(No Estadão on-line, 19/11/2008)
Nessa terça-feira Mickey Mouse completou oitenta anos. Parabéns ao seu saudoso e genial criador, o inesquecível Walt Disney. Que pena que o mundo mudou tanto nesse período. Hoje, em vez de Mickey, Minnie, Pato Donald e toda sua alegre turma, o que faz sucesso é a turma do excessivo realismo, auxiliada com recursos digitais e seu sempre presente "mouse". Os "ratos" mudaram e a humanidade perdeu, pois a nova turma parece que se deleita em revelar o lado mau e absurdo das pessoas: a violência, a morte por atacado, as impossíveis realizações de "super heróis", a esperteza, a ganância, a falta de respeito, as famílias em conflito, etc. Como é bom lembrar dos tempos mais saudáveis e inocentes, quando crianças eram crianças e adultos ainda curtiam as ilusões e romantismos da vida. Parabéns Mickey! Que saudade!

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

LAMPEJO DE BOM SENSO

(No Estadão on-line, 23/10/2008)
Em evento nessa terça-feira, Lula declarou: "Eu não posso assumir compromisso com vocês de que, se houver uma crise econômica que abale o Brasil, a gente vai manter todo o dinheiro de todos os ministérios como está. Até porque se a União arrecadar menos, vai ter menos dinheiro para todo mundo. Não vai ter ilusão aqui", Será que, finalmente, nosso presidente está caindo na "real"? Que tal se ele aproveitar esse lampejo de bom senso para começar o enxugamento da inchada máquina pública? Por que não reduzir a quantidade de ministérios, eliminando os espúrios e perfeitamente desnecessários? O cidadão, trabalhador e contribuinte, que paga toda essa desproporcional estrutura pública merece saber onde está indo seu dinheiro. Que haja mais transparência e prestação de contas nos projetos sendo tocados por cada área do governo, especialmente dos "ministros do rei" confortavelmente entrincheirados nos ministérios e secretarias especiais, criadas especialmente para eles. A crise está batendo à nossa porta, presidente. Está na hora de parar de viajar tanto, de fazer tanta política pelos "companheiros", e administrar melhor o enorme volume de dinheiro que chega no Tesouro e desaparece nos crescentes gastos federais. Mais economia será necessário, sem dúvida. Mas o "trabalho de casa" tem de ser feito primeiro pelo Poder Executivo. Vamos reduzir gastos e desperdícios, não os investimentos necessários para o bem estar do brasileiro. Nosso povo já vem sendo sacrificado demais para sustentar a farra de gastos "PTLulista". Está na hora de governar com mais eficiência e produtividade, com mais obras e menos gastos. Nessa crise mundial vamos aproveitar a sabedoria de um ditado que corre no Primeiro Mundo: "quando o caminho se torna mais difícil, os mais competentes se destacam na dianteira". O Brasil pode dar o exemplo, basta o presidente começar dando o seu!

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

UM NOVO PROFETA?

(No Estadão impresso, 17/10/2008)
Em entrevista coletiva em Nova Délhi, Lula declarou: "O segundo turno começou ontem. Pelo amor de Deus. Escreva isso aí no seu caderninho. A Marta vai ganhar a eleição em São Paulo, com os votos de São Paulo." Será que nosso presidente "globe-trotter", estando na Índia, foi batizado no Rio Ganges, iluminado pela luz de Sidarta Gautama, o Buda, e se tornou profeta? Ou pretende invocar o amor de Deus e de São Paulo, emular Jesus no milagre da multiplicação dos pães e peixes, para dia 26 multiplicar os votos de Marta? Seja como for, cuidado, presidente, profecias trazem alto risco. Quem falha passa a ser considerado um dos "falsos profetas" de que nos alertou Jesus. Esta profecia está registrada no "caderninho". Veremos o resultado dia 27!

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

AMIZADE NÃO ADIANTA

(No Estadão on-line, 9/10/2008)
Lula e Bush estão íntimos. Semana passada Lula ligou para Bush para felicitá-lo pela aprovação do "pacote" anti crise, e agora, Bush retornou a ligação. Nesta, Lula cobrou de Bush quanto tempo levará para que as medidas aprovadas façam o desejado efeito no mercado. E ele respondeu que isso se dará em duas semanas e meia. Será? Como se trata de um seriíssimo problema de confiança e crédito, vamos torcer para que tanto Bush como nosso "panglossiano" presidente consigam inspirar a desejada calma e segurança no mercado financeiro. Por enquanto estamos bem, com forte reserva de caixa. Mas, com gastos federais tão altos, e os desperdícios provocados pelas "bondades e doações" fartamente distribuídas pelo governo, em projeto mais de poder do que de estratégia de progresso, vai ser difícil pedir o sacrifício necessário para se atravessar a crise global com menos prejuízo. E pouco adiantam as conversas com Bush, em final de mandato, pois tenho a impressão que isso mudará radicalmente com o futuro presidente dos EUA, seja ele Barack Obama ou John McCain. O tratamento que estes prometem dar à crise será sério, e exigirá a correspondente seriedade dos líderes de países aliados. Duvido que nosso governo esteja preparado e que encontrará a competência e decisão política para agir no nível de disciplina e controle que será imposto no mundo financeiro global. Mas, espero estar errado e que Lula "caia na real" tomando as medidas necessárias em preparação para os dias de escassez, tanto de capital como de crédito, que virão por aí. E se as coisas piorarem, não vai adiantar dizer que a culpa é do Bush. Na nova realidade, os líderes do Primeiro Mundo logo vão dizer: a "casa" é vossa, e a vocês cabe controlar vossos gastos e orçamentos. Se não correspondermos seremos isolados, e isso é o pior que poderá acontecer!

domingo, 28 de setembro de 2008

ENQUANTO NA ROÇA...

(No Estadão on-line, 28/09/2008)
A louca roça paulistana está em alvoroço. O tucano está bicando sem parar o pássaro barrigudo que o bica de volta, enquanto a perua da estrela segue adiante controlando-se para não rir. Como o velho e afastado líder dos bicudos não consegue pôr ordem no galinheiro, as chances são cada vez melhores da perua da estrela receber as chaves e assumir o controle da roça em 2009. Aí, sim, não terá mais jeito: em 2010 a vaca vai pro brejo levando consigo todos os teimosos bicudos e pássaros barrigudos da grande fazenda. Esta, para a alegria dos chupins e "aves das boquinhas" e tristeza dos joãos-de-barro, passará, de fato, a se chamar "Fazenda da Estrela". Moral da história: bicudos não se beijam e podem pôr tudo a perder. Lastimável!

sábado, 27 de setembro de 2008

VALE QUANTO CUSTA?

(No Estadão impresso, sábado, 27/09/2008)
Que absurdo! Estudo da ONG Transparência Brasil revelou que mais de 91% do que fazem os 55 vereadores da Câmara paulistana é irrelevante para a cidade (25/9, A7). Em 3.021 projetos apresentados entre 2005 e 2008, 1.202, ou quase 40%, eram sobre assuntos como concessão de medalhas, títulos de cidadão paulistano, batismo de logradouros públicos e outras decisões de duvidosíssima importância. Para essa linha de legislação (diria melhor "abobrinha de legislação") nós desembolsamos R$ 310 milhões por ano, ou R$ 5,64 milhões por vereador! É muito custo para definir nomes de ruas e datas comemorativas! É muito dinheiro que poderia estar sendo mais bem gasto na construção de escolas, pavimentação e iluminação de vias públicas e em tantos outros projetos essenciais para amenizar um pouco a vida do trabalhador paulistano. Chega de jogar dinheiro fora! Está na hora de reduzir o número e a remuneração de vereadores. Como em muitos países do Primeiro Mundo, que tal a idéia de o vereador não ser remunerado, sustentando-se pelo trabalho normal na profissão e doando, a bem da comunidade, alguns períodos por semana para as deliberações da Câmara? Em países sérios isso funciona. Será que aqui não se encontrariam 55 pessoas de bem dispostas a ajudar a cidade que também é delas? Pensando nas classes humildes e miseráveis que tanto sofrem na marginalidade de nossa "rica" São Paulo, não podemos continuar com esse desperdício. Por eles, vale gritar: chega de jogar dinheiro bom em políticos inúteis!

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

A CORRUPÇÃO PIORA!

(No Estadão on-line, quarta-feira, 24/09/2008)
Nessa terça-feira a ONG Transparência Internacional divulgou novo Índice de Percepção da Corrupção e o Brasil caiu oito posições no ranking dos países avaliados. Foi detectada uma clara "ligação fatal entre pobreza, instituições falidas e corrupção" no mundo como um todo, e que o aumento desse "câncer" provoca um "contínuo desastre humano". E nós, infelizmente, em vez de melhorarmos, estamos piorando. Quem mais sofre, como sempre, é o trabalhador assalariado, cumpridor de suas obrigações (a grande maioria). Enquanto nosso sacrificado povo luta contra a crescente falta de segurança, de saúde, de educação e de uma vida mais decente, os escândalos envolvendo figuras ligadas ao governo continuam se sucedendo sob as barbas do "chefe nada sei, nada vi, nunca antes nesse país...". Este (des)governo parou, pensando só em política e 2010. Está na hora de gritar, minha gente: Chega de corrupção! Cadê a lei? Cadê a justiça? Cadê a vergonha na cara? E na hora de depositar seu voto, pense na ética, honestidade e responsabilidade de quem está pleiteando nos representar. Vamos varrer da política os "fichas sujas" e renovar o meio político. Já seria um bom começo!

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

VEM NOVO TEMPERO?

(No Fórum on-line do Estadão, 11/09/2008)
Sai Lucas Pacheco e entra Raul Lima... Será que agora vai? Será que, de hoje até a eleição, o "chuchu ensopado" vai ser servido com um pouco mais de pimenta? Os que torcem pelos "bicudos" e se preocupam com a sexóloga do "relaxa e goza" assim esperam. Mas será que ainda dá tempo? São Paulo, que foi abatido pela imagem de Jesus no caminho de Damasco e se converteu, precisa de mais esse milagre!

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

NEPOTISMO ACABA MESMO?

(No Fórum On-line do Estadão, 10/09/2008)
Nessa terça-feira (9/9), a Mesa Diretora do Senado determinou o cumprimento da súmula do Supremo Tribunal Federal (STF) proibindo o nepotismo praticado pelos senadores. Decidiram endurecer o tom depois da relutância geral, e a defesa de alguns pela criação de "cotas" para parentes. Agora não têm mais jeito, os senadores são obrigados a exonerar a parentada. Será que isso vai ocorrer mesmo? Ou será que vem aí mais um "jeitinho" para manter a "turma" pendurada nas tetas da Viúva? Pergunto porque, quando a questão é mais dinheiro no bolso "dos meus", não tem limite a criatividade de nossos políticos. Infelizmente!

COMBATE À CORRUPÇÃO (UMA IDÉIA)

Devemos promover emenda constitucional (PEC) que estipule que tribunais de contas, federais, estaduais e municipais, sejam nomeados – toda equipe – pelos líderes da oposição, não mais pelo executivo no poder. Caso mude o governo para partidos diferentes, logo após definidos os votos e antes de tomar posse, a nova oposição trocaria toda a equipe do TC. O próprio executivo nomear o TC é colocar o lobo para controlar o galinheiro. (Como garantir a divisão justa de qualquer coisa: um faz a partilha do bolo e o outro é o primeiro a escolher sua fatia. Nunca o mesmo reparte e é o primeiro a tirar sua fatia.)
Todos TC´s devem ter sistemas de computador, com banco de dados atualizados com preços de mercado e consumo normal dos itens de licitações.
Todas as licitações devem ser eletrônicas e disponíveis para qualquer um.
Todos nomeados para os TC´s devem assinar termo de responsabilidade assumindo que, caso seja comprovado diferenças significativas entre preços aceitos e os de mercado, não sendo satisfatória a explicação de tal diferença, o fato constitui “FALTA DE DECORO”, passivo de punições, inclusive perda de mandato, automaticamente.

DURA LEX ANTI CORRUPÇÃO

(Trecho de carta enviada ao Estadão em 13/07/2008)
“...Devemos acabar com essa conversa fiada de que os erros cometidos por qualquer um de classe menos favorecida têm sua origem nas chamadas "injustiças sociais" do passado. Os problemas existem hoje e têm de ser enfrentados e cortados a partir de hoje, não chorando sobre o passado. Não adianta ficar passando a mão na cabeça dos que infringem as leis, achando-os "coitadinhos injustiçados pela história social do Brasil". Infelizmente, temos leis excessivamente detalhadas e frouxas que permitem infindáveis recursos, um judiciário inseguro que protela as decisões pensando que não pode errar, e advogados que ganham fama e fortuna achando brechas para salvar a pele de quem pode pagar... Tudo isso faz com que o Brasil tenha se tornado o paraíso dos corruptos e o porto seguro para bandidos "caixa alta" do Primeiro Mundo. Como sugere muito bem o professor Bolívar Lamounier em artigo recente no Estadão, devemos admitir com coragem que "o Brasil é essencialmente corrupto e precisamos encarar isso" (ou assim se tornou pelas nossas fraquezas). Temos que dar um basta e fazer com que as leis funcionem "doe a quem doer" mesmo que haja alguma injustiça (inevitável) no processo. Melhor que tenhamos leis fortes e rápidas, com alguma injustiça, do que nenhuma lei, com medo de cometermos alguma injustiça. Não seremos o país do futuro, e talvez nem tenhamos um futuro que se preze, se não seguirmos os sábios conselhos apresentados nesse excelente artigo. Parabéns ao professor Lamounier pela brilhante luz que projetou sobre esse muito escamoteado e mal interpretado assunto. Será que nossos estadistas entendem que a corrupção já é endêmica e tem de ser combatida com força? Será que nossos dirigentes percebem que, se medidas sérias não forem tomadas, o problema da corrupção, como um câncer, pode nos condenar, mais ainda, ao Terceiro Mundo e ao atrazo?”

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

ELES PODEM, NÓS NÃO! Estadão on-line, 29/08

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, defende o reajuste de R$ 24.500 para R$ 25.725 nos salários dos ministros da Corte argumentando que esses estão "longe de ser excessivos". Como a remuneração dos ministros define o teto do funcionalismo público federal, se esse aumento for aprovado, pode provocar enorme rombo aos cofres públicos devido ao "efeito cascata" - uma vez que o Judiciário, Executivo e Legislativo pegam carona nessa "bondade". E minha aposentadoria, não vão aumentar? Ou será que esta sim, depois de contribuir pelo teto por 37 anos, é "excessiva"? Fica provado que, para os poderosos de plantão, tudo é pouco, e para nós, simples mortais, o pouco é tudo... e não adianta chorar!

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Congresso... p´ra que? - de Mara M. Assaf

Texto de Mara Montezuma Assaf - com tradução abaixo de Silvano Corrêa
Não é de hoje que se vem dizendo que existe um empenho do governo Lula em tornar o Congresso Nacional uma instituição desprestigiada, supérflua e portanto desnecessária...o que vai bem ao encontro do projeto de governo que ele pretende fazer vingar.
Isso pode ser verificado tanto pelo mar de escândalos que assolaram essa casa desde 2002 dos quais a grande maioria dos acusados não só saiu impune como muitos foram até reeleitos - o que leva essa instituição ao descrédito - como também pelo costume exaustivamente colocado em prática que é o do presidente governar através de medidas provisórias, cassando ao poder legislativo a sua precípua prerrogativa de legislar.
Não satisfeito e caminhando rumo aos seus planos agora Lula estabelece os contornos de uma reforma politica que , na medida em que restringe o campo de atuação das comissões parlamentares de inquerito, atende plenamente aos seus interesses. Tal reforma , a ser produzida pela pasta comandada por Tarso Genro...pretende reescrever o regimento interno do Parlamento e a Constituição...
Se o legislativo já não legisla, e se o governo somado à sua base tão aliada transforma os discursos no Congresso num samba de uma nota só...e não satisfeito quer mudar as regras do jogo para sedimentar ainda mais seu poder, é mesmo de se perguntar para que gasta o país uma soma tão elevada com tais funcionários que não funcionam? Nem para fazer a defesa da instituição que os sustentam eles estão a servir...Afinal, se é só para ver...que seja a custo zero pois é de nosso bolso que saem os seus salários de marajá.
Vem vindo coisa negra por aí...anotem!

The Brazilian Congress, why pay for it?
For some time one has heard that there is a concerted effort by the Lula government in making the Brazilian Congress a shallow and less prestigious institution, thus not necessary… which satisfies perfectly the intended “power” project it plans to validate.
This can be verified by the many scandals which have marred that House since 2002, of which the great majority of the accused not only have gone unpunished but many have been reelected – bringing on its discredit - and by the exhaustively used practice by the President of governing by provisional decrees, subtracting from the Legislative Branch its prerogative to legislate.
Not satisfied, and following through with his plans, Lula now sets forth the contours of a political reform which, insofar as it restricts the powers of the Parliamentary Inquest Commissions (C.P.I.), attends perfectly to his interests. Such a reform, to be elaborated by the Ministry of Justice commanded by Tarso Genro… plans to rewrite the internal regiments of the Parliament and the Constitution.
If the Legislative Branch already does not legislate, and if the government (Executive Branch) with its allied political parties transform the discourses of the legislators in and insipid “samba of one note”… and not yet satisfied want to change the rules of the game to amplify even more its power, one must really ask why the country spends so much money with deputies, senators and their many assistants which have no function? They are useless even to defend the institution that sustains them. Thus, if it is only for show and presence… that if be at zero cost since their regal salaries and absurd fringe benefits come out of our pockets. One can anticipate dark clouds in the political horizon… take note!

domingo, 17 de agosto de 2008

EXCELÊNCIA ACADÊMICA É PRECISO

Da carta “Na contramão” – publicada no Estadão em 12/02/1988
“...No mundo cada vez menor em que estamos (a inescapável ´aldeia global´), a nação que progride e enriquece é a que não só trabalha mais, mas, principalmente, a que investe mais na pesquisa e desenvolvimento de tecnologias de ponta. E isto só se consegue pela educação dos jovens, na preparação de melhores professores, pesquisadores, e na concorrência para melhorar o nível de ensino, para desenvolver-se o conceito , totalmente esquecido entre nós, da excelência acadêmica. Como exemplo, temos o destaque dado pelos norte-americanos aos alunos universitários formados nos primeiros lugares, que obtêm o grau cum laude, magna cum laude ou suma cum laude. Enquanto no Brasil temos a triste realidade do total abandono do ensino, da vergonha dos vestibulares comprados, dos professores que são mais parias da sociedade do que os importantes formadores das futuras gerações, do uso da força estudantil como fator político pelos que rezam na cartilha ´do quanto pior, melhor´, e, infelizmente, muito mais, com a completa apatia ´criminosa´ dos dirigentes (ir)responsáveis pelo nosso futuro como Nação. Como resolver esta desanimadora situação? Não é fácil, mas há duas ´forças vetoriais´ que, se bem aplicadas, poderão inverter isto. A primeira seria baseada nas teorias do professor Paulo Freire, criando-se através de todas as mídias, a conscientização, expectativa e auto-iniciativa, a nível comunitário, em que o povo passaria a se sentir co-responsável, participando ativamente no processo de educação dos seus, transmitindo, exigindo e recebendo o melhor ensino possível. A segunda seria aplicada no outro extremo do processo: conscientizar as empresas nacionais da importância de um bom ensino para seus empregados, para a qualidade de seus produtos e sua competitividade no mercado mundial. E que passem a exigir que novos candidatos a empregos, recém-egressos das faculdades, apresentem seus boletins, com as notas obtidas, assim como um relato das atividades esportivas e sociais realizadas no período de formação universitária, admitindo os melhores. Com estas condições, os estudantes deixariam a baderna, exigindo um melhor ensino para poder conquistar colocação nas melhores empresas. Ganha o jovem, ganha o professor, ganha a empresa nacional e, principalmente, ganha o Brasil de nossas futuras gerações!

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

PUXANDO O TAPETE DA PETROBRAS

Após reunião do grupo interministerial criado para discutir a exploração de petróleo na área do pré-sal, Lula afirmou que o "petróleo não é do governo do Rio, não é da Petrobras, é do povo". Temos aí mais um absurdo desse (des)governo: a Petrobras vem investindo pesado em pesquisa com dinheiro de seus acionistas, descobriu as novas jazidas, está investindo no desenvolvimento de tecnologia para águas profundas (agora profundíssimas!) e Lula, depois de passarem pelo mais dificil, quer formar uma nova estatal para colher os frutos. Com isso as ações da Petrobras já começaram a cair e os acionistas a perderem o valor de seu patrimônio. Ou seja, os que assumiram os riscos e os custos, esperandos benefícios, vão ficar "a ver navios" e "chupar pirulitos". Por que será? Será que estão querendo criar um novo "mastodonte" público para empregar os companheiros e cupinchas? Parece que sim. Haja desfaçatez, jogo sujo e incompetência. Desse jeito, quem vai confiar e investir no Brasil? Só louco!

sábado, 9 de agosto de 2008

EXEMPLO CHINÊS - No Estadão impresso

Não há palavras para descrever o espetáculo da abertura dos Jogos Olímpicos no estádio Ninho de Pássaro, em Pequim. Os chineses surpreenderam o mundo e superaram todas as expectativas. Já nós, que somos pretendentes a sediar os jogos de 2016, temos muito a fazer para não ficarmos léguas atrás da China. Lula pode aproveitar que está lá e, além de pedir ajuda ao presidente da China para que sejamos escolhidos, solicitar também assessores para nos orientarem na montagem da estrutura necessária e na preparação da festa de abertura. São só oito anos. Quem sabe não devemos começar já os trabalhos e ensaios com as escolas de samba, os grupos do Olodum, do maracatu, do frevo, da capoeira, do bumba-meu-boi e de outros representantes de nossa cultura sesquicentenária? Muito terá de ser feito, em especial na questão da infra-estrutura e da segurança em cidades como o Rio de Janeiro. Mas, mesmo superando nossos enormes problemas... vai ser muito difícil chegarmos aos pés do show de cultura milenar apresentado em Pequim. Todos ficamos boquiabertos!

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

A VERDADE VALE A PENA? no Estadao on-line

Eis um triste retrato dos meandros da justiça no Brasil. Em 2006, o caseiro Francenildo da Costa denunciou a ocorrência de festas com garotas de programa e partilha de dinheiro em uma mansão do Lago Sul, em Brasília, que seria freqüentada pelo então ministro da Fazenda Antonio Palocci e teve seu sigilo bancário violado. Agora recebeu oferta de R$ 35 mil da Caixa Econômica para fazer um acordo de reparação, apesar de seu advogado dizer que há um pedido indenização de R$ 17 milhões na justiça. Francenildo, porém, passa por dificuldades financeiras e disse que aceitaria R$ 50 mil, concluindo: "Se tivesse lei no nosso país, eu não aceitaria. Como não tem, sou obrigado a aceitar". Os poderosos continuam sorrindo enquanto um simples caseiro sofre as conseqüências de falar a verdade. Será que temos justiça? Muitos duvidam!

terça-feira, 5 de agosto de 2008

MST TRANSPARENTE JÁ ! - no Estadao on-line

Como o Movimento dos Sem Terra (MST) não é pessoa jurídica e não tem conta bancária, em que contas estão sendo depositadas as quantias que recebem do governo através de ONGs como a ANCA -Associação Nacional de Cooperação Agrícola, a CONCRAB - Confederação das Cooperativas da Reforma Agrária e o ITERRA- Instituto Técnico de Capacitação, Pesquisa e Reforma Agrária? E deve ser muita grana, pois o MST tem tido o bastante para fretar ônibus, providenciar acampamentos e alimentação, fornecer uniformes, bandeiras, foices, criar escolas e faculdades, personalizar camisas e bonés, pagar advogados, providenciar passagens aéreas para dirigentes, etc.. Assim, as perguntas que devemos fazer são: quanto é e de onde realmente vem toda essa grana? Em que contas bancárias fica? Quem administra e quem presta contas? Como no fundo esse dinheiro acaba incorporado a custos (impostos) que todos nós pagamos, não está na hora de uma auditoria completa com "malha fina" nas finanças dos dirigentes responsáveis? Ou será que vai continuar tudo na base da anarquia e do caixa 2, com o "não sei de nada, não vi nada" habitual com esse (des)governo? Caso nada façam a respeito, não sinalizaria que o governo está compactuando e é conivente com o mau uso do dinheiro público? Os cidadãos que trabalham e pagam corretamente seus impostos merecem respostas e providências!

domingo, 3 de agosto de 2008

Idéias sobre Educação - I

De “É possível” - 9 de julho de 2003
“... É uma vergonha o Brasil se classificar como um dos piores entre 41 outros países na análise da Unesco. É uma vergonha que países como Irlanda, Espanha e Coréia do Sul em 30 anos deixaram o Brasil para trás, porque priorizaram o investimento em educação, enquanto nós cuidávamos somente de infra-estrutura industrial e "desperdício em prédios públicos". É uma vergonha que, em pleno século XXI, ainda precisamos "acabar com o fingimento de que estamos educando, apenas porque conseguimos matricular um pouco mais de crianças". A receita do ministro da Educação é óbvia: para "garantir que as crianças não apenas fiquem na escola, mas aprendam" é preciso investir mais em equipamentos e no professor. Diria que devemos investir mais também no livro texto para que o professor e os pais tenham um apoio melhor na matéria sendo ensinada. Temos que eliminar o individualismo do ensino pela cabeça ou pela apostila. O livro texto, quando elaborado por equipes de professores com alta capacidade pedagógica, especialistas em imagens, gráficos e ilustrações, psico-pedagogos e com avaliação e correções prévias em testes de assimilação e aproveitamento, é um recurso fortíssimo para elevar o nível pedagógico dos professores mais novos, e os de colégios mais distantes dos centros acadêmicos. Há um método muito interessante do uso do livro texto que deveria ser introduzido através do qual o aluno estuda no livro antes da aula, auxiliado, se necessário, pelos pais, com a orientação e complementação posterior do professor (ou assistente na sua ausência). Assim o aluno tem uma total transparência do curso, inclusive a matéria que seria questionada nas provas. Educação moderna é uma ciência altamente desenvolvida que, em países como os Estados Unidos, tem o livro texto como um dos pilares mais importantes depois do professor. Evoluir na educação é possível. Com a introdução de bons livros textos essa evolução seria muito mais rápida e abrangente.”

De “Variações sobre o capitalismo” - 27/08/2005
“...O ´globalismo ético´ e a segurança de justiça igual para todos (´justiça social´ creio ser um conceito condescendente para continuar aceitando uma justiça desigual, porém um pouco menos desigual para as classes pobres - uma colher de chá para os que estão por baixo) através de uma educação moderna, justa e disciplinadora dos valores básicos do ser humano ambicioso e competitivo - com ênfase nos esportes, acessível a todos indiscriminadamente, é essencial para se formar uma sociedade mais justa. E todo o progresso propiciado pelo capitalismo vem ajudar muito neste ideal. Utópico? Considerando o nível de nossos políticos e governantes, ainda sim. Mas, não creio que criticando o aspecto ´selvagem´ do capitalismo vai resolver o problema. Só vai nos deixar cada vez mais atrasados e excluídos da onda de progresso do mundo globalizado. Outro fator importante: conforme a filosofia calvinista, o trabalho é uma bênção e não um castigo, como a idéia do catolicismo nos faz crer. A valorização da educação e do trabalho, honrado e honesto, são as chaves de um futuro melhor. O erro não está no capitalismo, mas no ser humano!”

De “Perguntas sem respostas” - 10 de outubro de 2005
“...há muitas perguntas sem repostas quando 76% dos brasileiros são considerados analfabetos funcionais. A meu ver, a principal delas seria: vale o resultado de uma eleição para a Presidência da República, na qual toda a campanha do vitorioso foi manipulada e maquiada por marketing político, ricamente regado a dinheiro sujo de "caixa 2"? E, como evitarmos, diante da situação atual, que esse verdadeiro estelionato eleitoral e rolo compressor continuem envolvendo e dobrando um eleitor despreparado? Parodiando a esfinge mítica, fica o desafio para os brasileiros "letrados": decifra corretamente essas questões, ou seremos devorados no futuro pelas suas conseqüências!”

De “Desafios na qualidade de ensino no Brasil” - 25/02/2006
Sugiro “... a adoção mais correta, e a nível departamental, do livro texto, com toda sua base pedagógica de conteúdo bem dosado, bem ilustrado e com testes e questões de fixação da matéria de cada capítulo. O conceito de livro texto também deveria ser mudado. Nas escolas americanas a orientação dada é para que o aluno faça suas anotações no livro, grifando pontos importantes, rabiscando inteligentemente tudo o que facilitar o aprendizado. Quando lá estudei (durante dez anos), vários professores disseram à classe que no final do semestre queriam ver os livros bem usados e bem gastos; que a função do livro era levar o conhecimento para a cabeça e o domínio dos alunos, e não como enfeite nas prateleiras de sua estante! (Aqui se faz campanha oposta para que o livro seja mantido novinho e seja usado por outros alunos! Não seria isto uma economia besta levando à mediocridade no ensino?) Enquanto não valorizarmos o professor, a leitura, o livro texto, a disciplina científica e a criatividade em pesquisas, nossa educação vai continuar capengando e nos fixando no Terceiro Mundo. Começando hoje, poderemos beneficiar a geração de nossos netos e bisnetos. Será que teremos essa sabedoria e a vontade política para as necessárias transformações?”

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Ainda a reforma tributária

Melhorando a idéia apresentada na carta "Reforma possível" (publicada no Fórum do Estadão em 6/12/2002), venho sugerir uma fórmula ainda mais viável para a desejada reforma tributária. Em período de transição de alguns anos, as empresas que atualmente pagam impostos contabilizariam duas estruturas tributárias, a atual e a nova. Os valores determinados pelo novo modelo tributário seriam recolhidos como impostos, e a diferença para a estrutura atual seria recolhida como "empréstimo compulsório". Assim, durante um tempo, todas suportariam o mesmo peso fiscal. E as empresas que atualmente, por qualquer razão, não pagam impostos, passariam a pagar pela estrutura nova, sendo as alíquotas e incidências mais justas, viáveis e interessantes para seu controle administrativo (eliminando o "por fora"). Os governos federal, estaduais e municipais apresentariam mensalmente planilhas das receitas auferidas pela estrutura fiscal nova e pelos "empréstimos compulsórios", e quando os valores recolhidos pelos novos impostos ultrapassarem um patamar determinado (atual "bolo" de receitas fiscais), passariam a devolver os empréstimos às empresas, com juros normais. Acredito que esta fórmula seria justa, de alto interesse para todas as partes e sem qualquer risco de perda de receita para o governo. Trata-se aqui de um simples esboço. Muito teria de ser aprimorado, sem dúvida. Mas vamos torcer para que um dia, um governo tenha a necessária vontade política e força para, finalmente, levar adiante essa tão crítica reforma.

Sobre a Reforma Tributária

Sugestões apresentadas em minha carta no Fórum do Estadão em 6/12/2002.
Em artigo "Qual reforma tributária?" (Estadão, 1/12, B13), o economista Mailson da Nóbrega argumenta que a reforma desejada "é mesmo uma quimera" devido às contingências de caixa do setor público. E que só é viável fazer pequenos remendos ou mini-reformas. Modestamente, gostaria de sugerir uma fórmula para contornar esse impasse. Efetuar uma reforma ampla e completa reduzindo alíquotas, corrigindo os impostos com efeito em cascata e dando condições a todas empresas, principalmente as médias e microempresas, a recolherem normalmente. Ao mesmo tempo, negociar com as grandes empresas, que hoje representam uma porcentagem muito grande da arrecadação, a manutenção de seus pagamentos pelas alíquotas atuais por um período de um a dois anos, sujeitos a uma tabela decrescente, na medida que o "bolo" global de arrecadação permitir. Com isso teríamos muitas vantagens: todos passariam a recolher impostos corretamente, com mais controle operacional de seus negócios (hoje é impossível controlar o caixa dois e essa é uma fonte de desvios para bolso de funcionários "espertos"); haveria redução da informalidade pela carga menor no custo do funcionário com carteira, com ganhos de todos os lados; haveria aumento de emprego, a produtividade, além da estima de cidadania. Para as grandes empresas as vantagens viriam na medida que as demais empresas, que hoje só sobrevivem porque sonegam ou burlam o Fisco, passassem a contribuir corretamente. Após um período de alguns anos todas empresas teriam impostos menores e mais justos, a economia poderia deslanchar e o governo aumentar, de forma saudável, o seu caixa. Uma reforma que interesse de fato só pode ser bem sucedida se encarar os problemas com coragem, transparência , sem a hipocrisia do "faz-de-conta" ou esperteza do “levar vantagem”, tanto do governo como dos contribuintes.

Finanças públicas

Comentando artigo do professor Roberto Macedo, as idéias a seguir foram parte de carta publicada no Fórum do Estadão em 11/11/2002:
Realmente as finanças públicas nacionais parecem um desfile em "sambódromo kafkiano": "Em cima dos carros alegóricos estão os políticos a dançar e cantar em ritmo de gastança. Já em baixo, a empurrar insensata e inquestionadamente esses carros, está o povo, com a energia dos impostos que paga e da dívida que acumula." Nessa imagem, só estão faltando, em cima, os muitos com ricas e múltiplas aposentadorias, e os "marajás" de direitos abusivamente adquiridos fazendo coro aos políticos. E, em baixo faltam os muitos espertos (sic) que gritam "empurra", mas fazem corpo mole. São os que sonegam, compram fiscais e transferem sua carga para os que não têm como escapar. E como o governo exige cada vez mais, e tem cada vez menos condições de retribuir, por ter de pagar os carnavalescos e seus agregados... E, como aumenta cada vez mais a quantidade de "espertos" que não empurram, justificando não verem retorno, sobra menos povo para empurrar. Ou seja, o trabalhador responsável, honesto e cada vez mais indignado, vive o drama da ressaca de quarta-feira para sustentar as alegrias e privilégios dos amigos do "rei Mama" (nas tetas do Tesouro). Como poderá haver progresso material e social neste nosso Brasil, se vivemos no compasso louco desse carnaval de injustiças?

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Faxina política necessária

Nosso Brasil vem sofrendo de uma mediocridade política há muito tempo. No meu entender, uma das principais razões é que política aqui não é vista como oportunidade de dar algo para a sociedade e seus herdeiros, mas como meio de enriquecer a si, seus familiares, amigos e cupinchas, obter imunidade parlamentar, garantia de impunidade e uma rica aposentadoria integral após dois mandatos, ou oito anos. Por isso tantos lutam para se perpetuarem no cargo. Nesse meio, altamente corrompido, tivemos alguns líderes que marcaram exceção. Entre os mais recentes se destacam Carvalho Pinto, Carlos Lacerda, Fernando Henrique e a saudosa dona Ruth Cardoso. Esses ilustres personagens, apesar de atuarem no meio da mediocridade, souberam manter uma postura exemplar como representantes do povo. Mas como um só não resolve, teríamos de mudar tudo. Assim, complementando sugestão que já fiz em carta ao Fórum do Estadão, sobre a necessidade de uma campanha "Renovação total", ou "Reeleição Zero", gostaria de acrescentar as seguintes idéias: a) todos os postulantes a cargos eletivos, e seus familiares, deveriam ser obrigados a apresentar uma detalhada e completa declaração de bens e fontes de renda; b) deveriam assinar um termo pelo qual reconhecem que qualquer aumento de riqueza, própria ou de qualquer membro da família, não justificada pelas fontes de renda declaradas durante o mandato, se configuraria como quebra de decoro parlamentar, passível de cassação, sem apelo; c) o mesmo se aplicaria aos suplentes; d) com total transparência, não haveria necessidade de sigilo bancário durante o mandato; e e) qualquer mudança patrimonial teria que ser informada e explicada em documento público. Com tais medidas, creio que seriam eliminados os que acreditam que fazer política é fazer a mala para si, e não trabalhar pelo bem da comunidade e da Nação. Quem sabe se com essas exigências, ainda na geração de nossos filhos e netos, poderemos iniciar a caminhada da mediocridade para o engrandecimento e o orgulho de nosso Brasil!

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Controle de gastos

A inflação está começando a mostrar sua sombra e Lula, com toda razão, anda preocupado. No mês de maio a poupança ficou negativa em 0,214% e, segundo dados da consultoria Economática, o poder aquisitivo geral dos brasileiros registrou a quarta maior queda, perdendo somente para os três primeiros meses de 2003. A situação está ficando séria! Está na hora do governo tomar medidas drásticas, não contra o assalariado e contribuinte, que já faz das tripas coração para pagar tantos impostos, mas contra seus próprios gastos excessivos. Muitas medidas devem ser tomadas, mas algumas emblemáticas saltam a nossa mente: reduzir o absurdo número de ministérios, muitos criados só para empregar companheiros; dar total transparência aos gastos com cartões corporativos, justificando-os e enxugando-os ao máximo; pedir a todos os ministros que prestem contas ao Presidente e à Nação de suas realizações e seus gastos, e outras medidas no mesmo sentido. Está na hora, em fim, de praticar "em casa" a economia que Lula está começando a pedir aos "outros". Como a geração dos mais velhos tem farta experiência, inflação é uma como uma doença auto-imune que, encontrando condições adequadas e liberdade para agir, dificilmente é contida sem grande sofrimento, especialmente para os mais carentes. Lula e seu governo precisam agir antes dessa "doença" se alastrar mais e tomar impulso. Que Lula e seus ministros parem de viajar tanto fazendo campanha política (oops, promoção do PAC) e fiquem mais em Brasília tomando medidas para que o governo fique menos obeso e mais eficiente. Todo cuidado é pouco. Essa doença, "a ciranda da desvalorização monetária", é insidiosa, pode estar mais atuante do que pensamos e, se deixarem aumentar sua força, só não perdoa os especuladores. Que Deus ilumine Lula e sua equipe econômica, nos próximos meses, para que o ruim não se torne pior!