quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

A LÓGICA DA DEMISSÃO

(No Estadão online, quarta-feira, 17.12.2014)
Com tudo o que tem sido veiculado pela Operação Lava Jato, pelas delações de Paulo Roberto Costa e de Alberto Youssef e pelo depoimento da ex-gerente Venina Fonseca, existem somente três explicações, todas conducentes à demissão, imediata e por justa causa, de toda a diretoria da Petrobrás: omissão, incompetência ou conivência. Ou todos os envolvidos (especialmente a presidente Graça Foster) se omitiram em suas obrigações – muitíssimo bem remuneradas, aliás – de investigar e tomar as providências necessárias com os comprovadamente culpados, ou foram incompetentes na contratação e gerenciamento de suas equipes, ou, pior de todas, participaram com conhecimento das falcatruas que estavam sendo cometidas. Cabe à presidente Dilma, que tanto bradou sua não tolerância com a corrupção e sua disposição de punir “doa a quem doer”, tomar as providências cabíveis. Caso não o faça, será por causa das mesmas explicações: omissão, incompetência ou conivência. É questão de lógica!

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

BYE BYE, PRÉ-SAL?

(No Estadão impresso, erça-feira, 9.12.2014)
Petróleo cai e Venezuela pede ajuda à Unasul (6/12, A1). Será que o Brasil vai desembolsar o nosso dinheiro para ajudar o "companheiro" Nicolás Maduro? É bem possível. Outro aspecto importante sobre a queda do preço do petróleo é seu impacto no projeto do pré-sal. O governo ainda não se manifestou sobre esse impacto. Todos os técnicos sempre afirmaram que para essa extração ser economicamente viável o preço do barril deveria ser, no mínimo, de US$ 100. Está agora abaixo dos US$ 70. Portanto, todo o oba-oba, toda a discussão sobre como dividir os lucros desse potencial tesouro submerso em águas profundas parece que foi pro espaço. E, além da inviabilidade pelos custos, há o crescente risco de que novas formas de combustíveis mais "limpas" venham a substituir os de origem fóssil, altamente poluentes. Que nos diz a presidente Dilma? Como essa nova situação vai afetar o nosso futuro? E a educação, a saúde e outras áreas que já tinham porcentagens desses ilusórios lucros destinados a elas? Nós, os cidadãos conscientes, aguardamos respostas!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

HERANÇA BENDITA

(No Estadão impresso, quarta-feira, 3.12.2014)
Joaquim Levy indicado por Dilma e Henrique Meirelles indicado por Lula são testemunhos claros da herança bendita que foi a política econômica de FHC e Pedro Malan. Como estão dizendo, na hora do aperto os governos petistas acabam "tucanando". Com essa mudança a presidente tenta salvar o Plano Real, tão prejudicado pela política econômica irresponsável e não confiável de Guido Mantega. Mas outro pilar importante deixado por FHC, a Lei de Responsabilidade Fiscal está sendo seriamente minada pela flexibilização da LDO, por meio do pretendido PLN 36. A oposição não pode ceder, pois abrirá uma brecha para outras "flexibilizações" de leis disciplinadoras da Constituição. Se a receita não aparece, que reduzam os grandes e perdulários gastos feitos para atender a cupinchas e companheiros desempregados. Chega de aparelhamento! Queremos mais competência e eficiência no uso do nosso suado dinheiro!

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

QUE DIFERENÇA!

(No Estadão impresso, quinta-feira, 9.10.2014)
Quando FHC entregou o comando da Nação a Lula a moeda estava forte, as contas equilibradas e a economia pronta para deslanchar. Depois de 12 anos de PT a situação está totalmente contrária. Tanto assim que o ministro Guido Mantega prevê juros altos, desemprego e recessão caso Aécio Neves chegue à Presidência. Por que será? Será que Mantega está confessando que, preocupado somente com o objetivo eleitoral, o PT tem levantado um "castelo de cartas" com uma base econômica não sustentável no médio e no longo prazos? Minha sugestão ao PSDB e a Aécio Neves é que, logo ao assumir, façam uma completa auditoria revelando à Nação, de forma clara, simples e por todos os meios de comunicação, a verdadeira herança maldita que estão recebendo dos desgovernos petistas. Não vai ser fácil consertar o que elles estão deixando e o povo tem de estar preparado para os sacrifícios que serão inevitáveis para termos um Brasil melhor.

sábado, 27 de setembro de 2014

JORNALISMO INVESTIGATIVO

(No Estadão online, sábado, 27.09.2014)
A presidente Dilma disse que “não é função da imprensa investigar”, mas apenas “divulgar” informações. As razões são claras e simples. Sem o jornalismo investigativo, as matérias publicadas se limitariam às geradas e formatadas previamente por órgãos da polícia, sujeitos a pressão e interesses de partidos políticos no poder. Acabaria o “inédito” e vigorariam os boletins homogêneos sem graça ou o sensacionalismo. E mais importante: atualmente as polícias mal conseguem investigar os crimes transparentes apresentados pelo cidadão em boletins de ocorrência (BO). Como esperar que investiguem crimes de corrupção e desvio de bens públicos cometidos às escondidas pelos “poderosos”, e sem alguém para fazer um BO e configurar a queixa? Assim, sem investigar e revelar os podres escondidos, os jornais independentes teriam seus dias contados, o cidadão ficaria indefeso e o corrupto/corruptor, mais despreocupado e impune. A democracia plena pressupõe uma imprensa totalmente livre, mas responsável, para servir como olhos e bocas na defesa de interesses do cidadão que paga seus impostos e espera o retorno justo desse dinheiro. A falta dessa liberdade é o caminho certo para a hegemonia do grupo político no poder e o fim da democracia. Tudo que não se deseja. Vade retro!

terça-feira, 23 de setembro de 2014

CONTROLE DA MÍDIA

(No Estadão impresso, terça-feira, 23.09.2014)
CORRUPÇÃO X IMPRENSA
Controle da mídia
Em mais uma demonstração de que não está nem aí para a transparência e a devida responsabilização de "malfeitos" em seu governo, a presidente Dilma Rousseff disse que considera a função da imprensa divulgar, e não investigar. Trata-se de um completo absurdo! Em todo o mundo a imprensa serve como olhos e boca do cidadão, desvendando e divulgando o que acontece às escondidas. Um dos casos mais destacados foi a revelação de tramoias do Partido Republicano dos EUA, conhecidas como escândalo Watergate, que provocou o impeachment do presidente Richard Nixon. E como a mídia é legalmente responsável pela informação divulgada, pode ser obrigada a publicar desmentido ou sofrer processo legal por prejuízos derivados da informação publicada sem a comprovação necessária. Nossa "presidenta", infelizmente, acha melhor controlar a atuação dos jornais do que explicar os malfeitos que são divulgados após serem comprovados. Por que será?

quarta-feira, 30 de julho de 2014

CAMINHO ERRADO

(No Estadão online, quarta-feira, 30.07.2014)Dizer que é “inadmissível” a interferência do mercado na política é como achar que a falta das necessidades básicas no lar não deve influenciar a felicidade da família. Essa afirmação é que é “inadmissível”, especialmente vindo de alguém ocupando o cargo mais importante da Nação. O que deseja dona Dilma? No regime democrático, a avaliação de um governo é feita pela situação do “mercado”, e isso se reflete forçosamente na política. A transparência nessa avaliação também é uma necessidade para que o voto do eleitor seja o mais consciente possível. Em vez de tentar maquiar dados e situações, com um marketing enganoso, o governo deveria aplicar bem as verbas disponíveis, com competência e boa gestão, para tornar o mercado incentivador de progresso e bem-estar para o povo. Assim a avaliação seria positiva e os votos viriam naturalmente. Qualquer outro caminho é que é “inadmissível”.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

COPA DAS COPAS

(No Estadão impresso, segunda-feira, 14.07.2014)
Realmente promovemos uma Copa das Copas. Só que mais para estrangeiros. Para o brasileiro sobraram a frustração e as contas a pagar. Lamentável!

quarta-feira, 18 de junho de 2014

EMPATE TRISTE

(No Estadão impresso, quarta-feira, 18.06.2014)
BRASIL 0 X 0 MÉXICO
Alegria mexicana, tristeza do Brasil. A invencibilidade dos canarinhos ficou questionada.
 

terça-feira, 13 de maio de 2014

ESCRAVOS DE JÓ

(No Estadão impresso, terça-feira, 13.05.2014)
Desvio de dinheiro público resulta em ação penal cujos advogados de defesa são pagos com dinheiro público do Fundo Partidário, reduzindo o dinheiro destinado à campanha eleitoral e obrigando a desviar mais dinheiro, o que resulta em ação penal cujos advogados de defesa são pagos com... Assim, na triste roda, nós, os escravos de Jó, pagamos essas contas, enquanto corruptos com corruptos fazem zigue-zigue-zá. Não é à toa que, com tanta corrupção e tantos escândalos, precisamos ter uma paciência de Jó.

terça-feira, 6 de maio de 2014

REMÉDIOS, VINHOS E SEDAS

(No Estadão impresso, terça-feira, 6.05.2014)
O doleiro Alberto Youssef é realmente um fora da lei criativo e bem relacionado: criou uma "lavanderia" que processa dinheiro sujo para comparsas corruptos importando vinhos, joias, tecidos finos, instrumentos musicais, tudo por meio do fictício Laboratório Labogen - que deveria, isso, sim, importar medicamentos. Como sempre, eles "lavam" e nós trabalhamos e suamos para comer o pão nosso de cada dia. Assim seguimos de escândalo em escândalo neste país das mil mutretas.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

O XIS DO PROBLEMA

(No Estadão online, sexta-feira, 18.04.2014)
Um dos aspectos mais relevantes e menos abordados de nosso mundo político é que a grande maioria dos que ingressam nesse mundo o faz para enriquecer a si, familiares, amigos e militantes. São raros os que atuam pensando no bem da comunidade. Servir-se do dinheiro público em vez de garantir sua boa aplicação tem sido a regra, talvez desde as capitanias hereditárias. Todos ganham muito bem, têm muitas benesses e uma rica estrutura ao seu dispor, mas não consideram isso suficiente! Querem amealhar mais. Penso que com o argumento ou a desculpa que é justificável como um “financiamento público” para garantir sua futura reeleição, além da manutenção das mordomias que foram sendo agregadas por leis nas quais eles mesmo votaram em benefício próprio. Querem manter o círculo virtuoso do qual se acham merecedores. Obviamente, para o resto do Brasil e todos os cidadãos contribuintes, trata-se de um círculo altamente vicioso e prejudicial. Eis a grande questão: como mudar isso dentro de uma democracia republicana e capenga? Enquanto esse problema não é resolvido, continuarão os escândalos de doleiros, cuecas, malas de dinheiro, tudo sendo misturado na confecção de mais e de maiores “pizzas”. Até quando?

segunda-feira, 7 de abril de 2014

O ESCÂNDALO DILMABRÁS

(No Estadão impresso, segunda-feira, 7.04.2014)
Grandes lances
Dilma e Lula reuniram-se a sós em São Paulo para discutir a crise da Petrobrás. Do que terão tratado de fato? Seriam novas formas de declarar que ela "não sabia de nada"? Impossível, Dilma era ministra do governo Lula e presidente do Conselho de Administração da empresa. Terá sido em quem jogar a culpa, quem serviria de bode expiatório? Como impedir a instalação de CPI ou como transformá-la em mais uma grande pizza, sem perder votos? De qualquer forma, Dilma está numa grande enrascada. Qual será o coelho que Lula tirará da cartola para salvar a pele da "gerentona" que guindou ao posto máximo do governo federal? A novela O Grande Escândalo Dilmabrás está se desenrolando com muitos lances de grande relevância para as eleições de outubro. No capítulo final será revelado quem matou ou não matou Odete Roitman, ops, digo Dilma Vana Rousseff. A audiência tende a crescer até lá. Segurem os assentos!

terça-feira, 1 de abril de 2014

"CEM ANOS ATRASADO"

(No Estadão online, terça-feira, 1.04.2014)
Cumprimento o dr. Adib D. Jatene, pelo brilhante artigo "Cem anos atrasado" (31/3, A2). Ele nos mostra, com clareza meridiana, como o (des)governo populista dos últimos 12 anos vem solapando a qualidade do ensino da Medicina em favor de uma quantidade precipitada e nociva. Como os próprios "caciques" do governo procuram a assistência médica em hospitais da qualidade de um Sírio-Libanês, estão pouco preocupados com o povo. Na campanha que se avizinha, provavelmente irão citar os números de novas escolas de Medicina, os alunos dessas escolas, o Programa Mais Médicos e outros dados eleitoreiros. Só não vão mencionar o círculo vicioso que iniciaram, no qual a qualidade do médico formado vai cair cada vez mais, com médicos mal formados hoje, formando piores médicos amanhã. E a saúde do povo é que sofre. Reitero uma sugestão que há tempos é ventilada: que todos os funcionários públicos, especialmente os mais graduados, sejam obrigados a buscar o SUS para o atendimento de si e de sua família. Aí, sim, se preocupariam com a qualidade das escolas de Medicina e seus formandos. Do jeito que está, o povo que "se exploda".

terça-feira, 25 de março de 2014

O PREJUIZO É DO BRASIL

(No Estadão online, terça feira, 25.03.2014)
Para quem trabalha mesmo a Petrobrás? Para seus milhares (ou milhões?) de acionistas brasileiros ou para sr. Albert Frère, o homem mais rico da Bélgica, ou para a Venezuela de Nicolás Maduro? Sr. Frère, dono das empresas Tractebel e Astra Transcor Energy, que doou R$ 300 mil (só o que apareceu na contabilidade oficial) para a campanha de Lula, e que foi um dos patrocinadores do filme "Lula, filho do Brasil" ganhou um lucro de US$ 1,137 bilhão na negociata da refinaria de Pasadena, pois ele havia comprado a mesma um ano antes pela bagatela de US$ 42,5 milhões. Agora descobrimos que a Venezuela, num "contrato de associação", tem 40% da Refinaria Abreu Lima, em Pernambuco, e com nada contribuiu, apesar de a Petrobrás sozinha já ter gasto cerca de US$ 18 bilhões na obra. A dívida da PDVSA, companhia de petróleo venezuelana, simplesmente foi se acumulando. E nós não podemos cobrá-la, nem as multas previstas, pois o contrato definitivo ainda não foi assinado. Êta negócio "pai d’égua"! Os "cumpadres" Lula e Hugo Chávez apertaram as mãos num projeto sugerido por Chávez, a Petrobrás está tocando o projeto sozinha, e os acionistas brasileiros estão sendo explorados pela Venezuela, que vai acabar "negociando" nossos (des)governantes para assumir seus 40% de alguma forma no interesse deles. Esse é o padrão PT de governar, ou nos embrulhar. Que mudem logo o nome da Petrobrás para PetroBel, PetroVen ou PetroPT. Os acionistas da Petrobrás, antes tão sólida e respeitada, não merecem isso. O Brasil não merece um governo tão perdulário!

segunda-feira, 24 de março de 2014

ARGUMENTOS ABSURDOS

(No Estadão impresso, segunda-feira, 24.03.2014)
Para justificar o valor da compra da refinaria de Pasadena vários petistas e aliados do governo estão argumentando que em 2006, quando ela foi realizada, as vendas e a lucratividade do mercado de petróleo apontavam ter sido um bom negócio para a Petrobrás. Essa linha de argumento é totalmente furada, por várias razões. Considerando que a empresa belga Astra Oil pagou US$ 42,5 milhões por 100% da refinaria um ano antes (informação fácil de apurar em cartórios e jornais da região) e nós pagamos US$ 360 milhões por 50%, de cara pagamos um ágio de 1.600% em 12 meses. O fato de não terem sido levadas em conta as cláusulas Marlim e Put Option é mais um grande absurdo que elevou o prejuízo a US$ 1,137 bilhão. Não há explicação com qualquer sombra de lógica empresarial para isso. Se a Petrobrás tivesse pago o valor justo, mesmo com um ágio de 100%, US$ 85 milhões, porteira fechada, sua lucratividade seria muito maior tanto no mercado em alta como durante a crise. Só podemos achar que muitas maracutaias estão por trás dessa negociata absurda. Que tudo seja apurado com total transparência e, se possível, com o rastreamento de valores depositados em contas particulares e empresas laranjas na época. Que seja instaurada uma CPI já! E que a oposição não deixe essa virar mais uma grande pizza, que, infelizmente, já está sendo antecipada como de sabor Pasadena.

sexta-feira, 21 de março de 2014

VAMOS DE MAL A PIOR

(No Estadão online, sábado, 21.03.2014)
"São aloprados", não criminosos. "É recurso não contabilizado", não caixa dois. O presidente declara que "foi atingido com facada nas costas", mas ninguém foi punido. As maiores falcatruas são realizadas no gabinete ao lado, e o presidente de nada sabe nem apura nada. A secretária da Presidência em São Paulo, sra. Rosemary Noronha, viaja sempre ao lado do presidente e é acusada de vender influência. Nada se apura nem se toca um processo de abuso de poder e corrupção. A última vem de nossa "presidenta", que declara que, quando ministra e presidente do Conselho de Administração da Petrobrás, aprovou a compra de refinaria em Pasadena, Texas, EUA, por valor absurdo, com "informações incompletas" e "parecer técnico falho". Quanta irresponsabilidade com nosso dinheiro! Pergunto à "presidenta": se o dinheiro saísse de seu bolso, e não da Petrobrás, de todos os brasileiros, tomaria a mesma decisão? E assim vamos de mal a pior, neste caminho de dilapidação de nosso patrimônio, deixando uma triste e pesadamente negativa herança para as futuras gerações.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

A PRIORIDADE DEVE SER O SUS

(No Estadão online, terça-feira, 25.02.2014)
Realmente, a "prioridade deve ser os SUS" para qualquer governo que queira cuidar do "social" e defender a população carente. O descaso deste governo nessa área (e de muitos outros, é justo lembrar) tem sido notório, como bem apontou o editorial do "Estadão" (23/2, A3). Creio que a única solução definitiva seria uma lei obrigando todos os governantes, de todos os escalões, todos os congressistas, incluindo suas famílias, a utilizarem somente do Sistema Único de Saúde (SUS)! Enquanto os mais responsáveis pelo governo, que deveria ser do povo e para o povo, tiverem acesso a atendimento privilegiado de médicos e hospitais particulares, o povo vai ter de continuar se virando no péssimo atendimento "padrão" SUS. A solução só virá quando o serviço público for obrigatório para todos os servidores públicos, especialmente os dos altos escalões. Atualmente, não há interesse de nossos políticos em aplicar bem as verbas na saúde pública, pois em caso de problemas de saúde pessoal podem gastar o suado dinheiro do contribuinte para serem atendidos pelas melhores equipes de hospitais como o Sírio-Libanês. Essa grande injustiça é que não deveria continuar. Ou será que, como sempre, o povo deve continuar "se explodindo", conforme dizia personagem do saudoso Chico Anísio?

sábado, 15 de fevereiro de 2014

A QUEM INTERESSA?

(No Estadão online, sábado, 15.02.2014)
Logo depois de começarem as manifestações pacíficas em junho de 2013, reclamando do atual governo Dilma, apareceram grupos de baderneiros mascarados com motivação específica de provocar quebra-quebra nas fachadas de lojas, agências bancárias e bens públicos. Jovens apareciam gratuitamente para transformar o que era pacífico em violento. Por que isso estava acontecendo em quase todas as manifestações? Qual o interesse desses jovens para se exporem e gastarem tanta energia na destruição aparentemente aleatória de bens alheios? Por que a polícia não agia para coibir isso, prendendo os mascarados antes mesmo do quebra-quebra? Muitas perguntas que se resumem a uma só: a quem interessava desvirtuar as manifestações contra o governo petista? Simples como 2 mais 2 são 4. Mas será que nossos investigadores policiais, nossa Justiça e governantes municipais vão ter a independência e a vontade política de descobrir e pôr às claras provas dessa trama maquiavélica e fatal? Brasil, Brasil, eras tu "mãe gentil" de seus filhos antes de ser dominada por uma verdadeira gangue. Não se tem mais ordem, e o progresso só segue tibiamente motivado por esmolas e isenções fiscais. Até quando?

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

OUTRA DESERÇÃO

(No Estadão impresso, terça-feira, 11.02.2014)
MAIS MÉDICOS
O mal ajambrado programa Mais Médicos está se revelando um esquema "Mais Desertores". Se a vida em Cuba é tão boa como alardeiam os petistas, por que médicos que vieram de lá nos prestar uma "caridade" (pois só assim se entende eles receberem apenas uma pequena parcela do que pagamos aos irmãos Castro) estão fugindo? O precedente já foi estabelecido. Vão ter de trancar melhor a "gaiola", do contrário mais médicos/escravos buscarão o caminho de mais liberdade.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

ADORMECIDOS

(No Estadão online, quinta-feira, 6.02.2014)
A entrevista do sr. Romeu Tuma Junior no programa "Roda Viva" foi de deixar qualquer um preocupado. Tantos podres foram apontados, com os devidos "nomes e endereços", com tantos detalhes em amarração lógica e clara que, em qualquer país sério, dariam causa para cortar muitas cabeças. Aqui, passa tudo batido! Será que estamos tão adormecidos assim? Só dá para chegar às seguintes conclusões: realmente, não somos um país sério e parece que gostamos de viver no mundo do faz de conta. Quando será que vamos despertar desse pesadelo?

domingo, 2 de fevereiro de 2014

FINANCIANDO CUBA

(No Estadão online, domingo, 2.02.2014)
O Porto de Mariel, em Cuba, é estratégico para quem, sra. Dilma Rousseff? Será que é mais estratégico do que os Portos de Santos, de Paranaguá e outros daqui, por onde escoa, de forma ineficiente e a custos elevados, a maior parte de nossa exportação? Por que razão o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) emprestou US$ 682 milhões, e agora foram prometidos mais US$ 290 milhões, para um projeto que não vai melhorar em nada nossa competitividade na exportação de produtos e safras? Como explica que os US$ 682 milhões já são um valor bem maior do que tudo o que foi aplicado nos terminais brasileiros durante 2013? Será que o governo não estaria fugindo dos controles de Tribunais de Contas e do Ministério Público efetuados aqui, enquanto na ilha dominada autocraticamente pelos "companheiros" Castro os custos e preços sofreriam menos (ou nenhuma) contestação? Aliás, que controle tem o BNDES sobre a aplicação correta dos valores emprestados? Desconfio de que nenhum! Parafraseando William Shakespeare, eu diria que "tem algo de podre no reino dos negócios Brasil-Cuba". E nossos trabalhadores honestos, já sacrificados com proibitivos impostos, é que acabarão pagando, com juros, esses negócios mal explicados e mal cheirosos. Acho que cabe à nossa "presidenta" explicar melhor o que ela considera "estratégico" nas aplicações de nossas reservas e economias. É o mínimo que se deve esperar de nossa mais responsável funcionária pública.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

CARNAVAL CUBANO

(No Estadão online, quarta-feira, 29.01.2014)
Já é carnaval para os amigos de Fidel. Enquanto nossa dadivosa presidente oferecia mais US$ 290 milhões aos irmãos Castro, creio que ouvi a turma dos privilegiados (empreiteiras, intermediários e fornecedores) cantando ao fundo: "Quanto riso, ah, quanta alegria / mais de mil palhaços no Brasil / os contribuintes estão chorando pela ‘caridade’ da Dilminha / no meio da sofridão...". Mas é carnaval só para os eleitos dessa esquerda deletéria, pois o cubano mesmo vive na miséria e sofre para pagar preços absurdos por um carro novo (o Peugeot 508 zero está tabelado lá por R$ 627 mil) e o trabalhador brasileiro não aproveita bem o carnaval, tendo de trabalhar dobrado para cobrir toda essa caridade a fundo perdido feita com o seu suado dinheiro. Para "elles", porém, é só sorrisos, só alegria. E nós, os palhaços. Até quando?

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

MAIS UM RECORDE

(No Estadão impresso, terças-feira, 21.01.2014)
O novo Ministério de Dilma terá dez partidos políticos representados. Além dos poucos sempre na mídia - como Guido Mantega, da Fazenda, Gleisi Hof-fmann, da Casa Civil, Alexandre Padilha, da Saúde, e Aloizio Mercadante, da Educação -, pouco se sabe dos demais ministros. Entram e saem ministros e não se tem ideia de seus projetos, o que estão realizando ou realizaram, por que foram escolhidos e por que são substituídos... No desgoverno "lulodilmapetista" não importam competência, conhecimento da área, muito menos projeto e prestação de contas aos cidadãos pagantes. O que vale é o tempo no horário político da próxima campanha eleitoral e os votos necessários para a reeleição. E poder continuar oferecendo "boquinhas" e benesses aos companheiros e a seu partido. Vivemos um governo de irresponsabilidade e inconsequência. Estes, sim, são os recordes que deveriam ser mais revelados e nos preocupar!

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

SISTEMA PRISIONAL EFICIENTE

(No Estadão online, terça-feira, 14.01.2014)
Nem carne podre, frango cru, nem pão e água, conforme sugestão do leitor sr. Rodrigo Bonfim (13/1, A3). O que deveríamos oferecer a todos os presidiários é uma balanceada e nutricionalmente completa "ração humana". Além dessa dieta insípida, porém nutritiva, deveríamos impor uma agenda de trabalho e exercícios para ocupar todo o tempo do prisioneiro. Assim, além de criar hábitos saudáveis, não sobraria tempo nem energia para participarem na "escola de crimes" em que se tornaram nossas casas de detenção. Atualmente, o detento sai da prisão mais "competente" e mais criminoso do que quando entrou. Tendo casa, comida, visitas íntimas e até uma "bolsa detento", ele logo vai cometer novo crime para voltar ao bem-bom da prisão, à custa do contribuinte honesto. Quem trabalha e recolhe pesados impostos sustenta essas verdadeiras fábricas do crime cada vez mais organizado. Temos de dar um basta nisso! Todos os detentos, inclusive os privilegiados mensaleiros, deveriam ser submetidos a um regime duro, sem fricotes, comidinha caseira ou quaisquer mordomias, porém humano, para que seja atingido o objetivo principal de uma boa política prisional: a educação e reintegração na sociedade do detento. Chega de pagarmos pelo atual sistema, verdadeiro caldeirão desumano de reciclagem e aperfeiçoamento de criminosos cada vez mais revoltados.
No Facebook: Silvano Corrêa

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

FÓRMULA PARA UM BRASIL NOVO

 (No Estadão online, quinta-feira, 2.01.2014)
As nações conhecidas como tigres asiáticos há décadas vêm mostrando ao mundo o caminho que resultou em sua melhor qualidade de vida: educação + disciplina + eficiência + produtividade = progresso efetivo com riqueza real. Deveríamos aprender e aplicar essa fórmula de sucesso comprovado. Muito nos está faltando, especialmente o mais importante: educação para competir em pé de igualdade com o mundo moderno. Do jeito que estamos indo, vamos continuar por muito tempo transferindo nossa riqueza para a China e as nações que aproveitam nossa matéria-prima (barata) e nos vendem de volta produtos de alta tecnologia e alto valor agregado (caros). Infelizmente, enquanto não aprendermos isso, a balança de transferência de riqueza continuará favorecendo esses países, o que demonstra que a propaganda do governo tem sido altamente enganosa: país rico não é país sem pobreza, mas o que sabe aproveitar melhor seus recursos humanos e naturais. Quem sabe 2014 marcará o início de um Brasil voltado para a riqueza de fato, não a ilusória e eleitoreira, que é a triste marca desse governo lulopetista. Desejo a todos um 2014 com mais seriedade e ótimas realizações!

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

GUERRA PSICOLÓGICA?!

(No Estadão impresso, quarta-feira, 1.01.2014 -primeira carta da coluna)
GOVERNO DILMA
Quem investe no mercado abrindo novas frentes de trabalho e bem-estar para o consumidor, sendo honesto, bem-intencionado e não contando com apoio do governo, arrisca um patrimônio acumulado com seu sacrifício e de sua família. E precisa de uma certa medida de estabilidade e confiabilidade do governo, isto é, que as regras do jogo permaneçam firmes durante o período de criação e gestação do novo negócio. Infelizmente, o governo atual tem feito tudo para minar essa confiança. Seus gastos excessivos, sua tolerância com a corrupção, a contenção forçada de preços de serviços e bens públicos, enfraquecendo a Petrobrás e geradoras/distribuidoras de eletricidade, a contabilidade criativa, a maquiagem dos números para fechar contas e contornar a Lei de Responsabilidade Fiscal, a promoção inusitada das empresas de Eike Batista, com o resultante rombo no Tesouro e em bancos nacionais, e muitas outras ações deixam preocupado quem quer investir com certo grau de segurança. Todas as medidas desse (des)governo se têm assemelhado a táticas e estratégias de guerra (pode-se dizer psicológica) para iludir o eleitor, ganhar seu voto e a reeleição. Ou seja, o objetivo eleitoreiro do governo tem quase sempre prevalecido sobre o bom senso. Diante dessa situação é de estranhar a relutância de empresários em aumentar investimentos no Brasil?