sábado, 10 de dezembro de 2011

CURSO DE CONSULTORIA

(No Estadão online, sábado, 10.12.2011)
Estou pensando em montar um curso "Como enriquecer rapidamente prestando consultoria" e convidar os senhores Antonio Palocci e Fernando Pimentel como professores eméritos. Será que vou conseguir muitos alunos?

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

AULA ROBERTO DAMATTA

(No Estadão online, quinta-feira, 8.12.2011)
O artigo do prof. Roberto DaMatta, Ética e poder=papéis e atores (7/12, D10), deveria servir como aula obrigatória para todos, especialmente nossos dirigentes e políticos. As ideias abordadas são precisas e perfeitas. Gostaria de enfatizar as seguintes: "O Brasil precisa mais de um projeto que integre pessoas e papéis do que de planos mirabolantes e óbvios porque são inexequíveis". E "queremos que sociedade e Estado estejam submetidos a um mesmo código de ética. Não é mais possível conviver com uma máquina estatal cujas engrenagens e atores estão acima do bem e do mal. Não precisamos de pais e mães, exigimos um governo de presidentes, senadores, deputados, governadores, magistrados, prefeitos, procuradores, policiais, ministros e corregedores responsáveis - conscientes dos seus papéis e enredos." O ponto mais importante abordado é que "sem distinguir papéis e atores ficamos prisioneiros de maquinações". E, acima de tudo, para que o Brasil se torne uma país mais sério e confiável, é necessário termos "um mínimo de coerência institucional... regulada pelo ajustamento entre as demandas dos papéis e a capacidade das pessoas que os ocupam". Enfim, chega de politicagem de interesses pessoais e partidários! Precisamos lutar por um Brasil politicamente mais digno e competente para o bem de nossos filhos e netos! Parabéns professor DaMatta pela aula magistral!

Ética e poder = papéis e atores
Roberto DaMatta - O Estado de S.Paulo
Recebi de uma grande atriz, Arlete Salles, uma mensagem lembrando que ao classificar como ator um ministro mentiroso, eu ofendia a classe artística. Ela teria razão caso não tivéssemos em mente que as artes foram engendradas pela vida e não o contrário. Como diz Ferreira Gullar: a vida não é suficiente (e por isso precisamos das artes).
A "vida real", com seus papéis (e funções) bem marcados, como o de rei, rainha, bispo, plebeu, pai, mãe, trabalhador, ministro, marido, político, professor, etc..., existe como o "aqui e agora" do qual não podemos escapar. Esse foi o "princípio de realidade" que simultaneamente desenvolveu a dança, a música e toda a dramaturgia que permite ver a vida como ficção: como alguma coisa que permite renascimento, compaixão, redenção e plenitude. No teatro, mente-se quando se representa um papel; mas um ministro mentir, um presidente abusar do seu cargo ou um delegado mandar matar não ocorre num palco onde a peça se repete todo o dia e na qual os mortos (que fingem morrer) voltam a viver porque aquilo não é coisa de verdade, mas de novela. No drama, há um início, um meio e um fim; mas a vida só termina para os mortos: os que deixam o palco definitivamente.
Insisto em falar de atores e papéis para focalizar um tema fundamental da democracia. A velha oposição entre esquerda e direita acabou; a segmentação petista clássica entre nós, os do bem; e eles, os do mal, liquidou-se o mensalão e toda essa mentirada ministerial envolvendo as ONGs como indústria. Hoje, o desafio é superar o muro entre transparência e obscuridade; entre o legal e o moral; entre a ética que enobrece e o poder que brutaliza. Entre o Estado e a sociedade para fazer com que ambos tenham como referência exclusiva o Brasil como um todo, transcendendo vaidades pessoais e escusos interesses partidários.
Estamos fartos de testemunhar picuinhas do poder, motivos do poder, desculpas e blindagens partidárias do poder que secam oceanos de dinheiro e tornam inimputáveis certas pessoas e cargos. O que dizer quando a presidente decide bater de frente com a sua Comissão de Ética?
Queremos uma coletividade integrada e íntegra. Nela, o Estado fala com a sociedade por meio de uma máquina administrativa, guiando-a nos seus projetos e conflitos; mas ele também ouve a sociedade quando ela quer legislações (Ficha Limpa, por exemplo), deseja apurar custos e, acima de tudo, quando ele demanda bom senso.
Queremos que sociedade e Estado estejam submetidos a um mesmo código de ética. Não é mais possível conviver com uma máquina estatal cujas engrenagens e atores estão acima do bem e do mal. Não precisamos de pais e mães, exigimos um governo de presidentes, senadores, deputados, governadores, magistrados, prefeitos, procuradores, policiais, ministros e corregedores responsáveis - conscientes dos seus papéis e enredos.
O Brasil precisa mais de um projeto que integre pessoas e papéis do que de planos mirabolantes e óbvios porque são inexequíveis. Um país rico é, sem dúvida, um país sem pobres e famintos, mas é sobretudo um país no qual as instituições destinadas a liquidar a indigência e a fome trabalhem com afinco e sejam dirigidas por gente honesta.
Estou falando no deserto? De modo nenhum. Numa importante entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo (em 28 de novembro), José Eduardo Martins Cardozo, nosso ministro da Justiça, toca em alguns desses pontos com claridade e veemência, quando se refere - entre outras coisas - a um alegado conluio das corregedorias. O corporativismo que "blinda" e eventualmente produz corrupção nada mais é do que a apropriação pelos atores de papéis que pertencem ao Estado e à sociedade à qual ele deveria servir.
O segredo do bom desempenho de um papel está na consciência dos seus limites. Não se pode "fazer" Júlio César usando um relógio de pulso. O papel não pertence ao ator, mas ao autor e ao drama. Por isso a observação feita pelo ministro Cardozo segundo a qual "é mais fácil modificar um governo do que uma cultura" é não somente correta, mas importante como um tema a ser profundamente debatido.
Do mesmo modo, o papel de ministro não é de X, Y ou Z, mas do governo e do Brasil. Todo mundo distingue teatro de política, embora haja teatro na política e vice-versa. Mas quando Hitler manda exterminar judeus ou um governo autoritário persegue opositores, isso não é teatro. No teatro, salvo acidente, ninguém morre de verdade.
Papéis sociais permitem muitas inovações. Mas aqueles que são corporativos e outorgados através de uma investidura (ou investimento - aquilo que "veste" seus ocupantes que não são atores), sobretudo os que são obtidos por nomeação ou eleição competitiva e liberal, esses fazem com que seus ocupantes sejam seus "cavalos" e não os seus cavaleiros. Numa sociedade de massa, globalizada, na qual a informação circula em tempo real, numa democracia cuja bandeira é a liberdade e a igualdade, exige-se um mínimo de coerência institucional e essa coerência é regulada pelo ajustamento entre as demandas dos papéis e as capacidades das pessoas que os ocupam.
A abolição da hereditariedade de papéis públicos é o fato mais básico das democracias modernas. O outro é a sujeição à regra da lei de todos os seus membros. Não são as pessoas que mandam nos papéis, mas justamente o oposto.
Sem distinguir papéis e atores ficamos prisioneiros de maquinações. A pior, foi mencionada pelo ministro da Justiça. É, de fato, impossível acabar com a corrupção, desde que não se abandone a luta contra ela. No centro desse combate está a obrigação de não confundir pessoas com papéis.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

MAIS UM MINISTRO DANÇOU

(No Globo, RJ e Estadão online, terça-feira, 6.12.2011)
Mais um ministro caiu no desgastante jogo político das cadeiras! Antes mesmo da "presidenta" decidir parar sua música, Carlos Lupi tomou a iniciativa e pediu demissão. Parece que seus protestos de amor não foram o suficiente para blindá-lo das balas pesadas de revelações feitas pela imprensa séria e responsável. Nesse preocupante clima de crise ministerial, todos ficam na expectativa da reforma prometida por Dilma. Será que depois dela teremos menos escândalos e mais estabilidade no primeiro escalão do governo? Oxalá!

sábado, 3 de dezembro de 2011

COMISSÃO DE ÉTICA

(No Estadão impresso, sábado, 3.12.2011)
Inutilidade
Para que serve uma Comissão de Ética Pública da Presidência, se a presidente não leva em conta as suas recomendações? Que seus membros peçam licença e se afastem, pois a sua função se provou irrelevante!

terça-feira, 29 de novembro de 2011

FAZ DE CONTA

(No Estadão online, terça-feira, 29.11.2011)
Após ler o editorial Ninguém sabe, ninguém viu, sobre o escândalo do Banco Panamericano (28/1, A3), concluí que o Brasil é mesmo o país do faz de conta. Os diretores do banco particular que participaram nessa fraude de R$ 80 milhões certamente fizeram as contas de aumento patrimonial; enquanto os contribuintes e correntistas da Caixa pouco puderam fazer as contas do enorme rombo da ilícita transação; e a instituição financeira, Caixa Econômica Federal, passou batida na total ausência de controle e prestação de contas, anunciando-se "o banco que acredita nas pessoas". Assim, com tantas contas fantasiadas e falsificadas, somente poucos brasileiros mais conscientes é que ficaram por conta, com a enorme conta desse roubo tão descarado e impune!

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

SEM FÔLEGO

(No Estadão impresso, sexta-feira, 11.11.2011)
ONG de amigão do Lula recebeu do Ministério do Trabalho injeção de "oxigênio" no valor de R$ 24 milhões em oito anos, apresentando pouquíssimo resultado. Por essa e outras razões semelhantes o brasileiro que paga pesados impostos anda sem fôlego!

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

DEFESA DOS QUE CRITICAM

(No Estadão online, sexta-feira, 4.11.2011)
É pouco provável que esta carta seja publicada, mas, considerando o editorial A volta por cima (3/11, A3), quero defender os que se tem manifestado nas mídias e redes sociais criticando o atendimento privilegiado dado ao ex-presidente Lula quando descobriu que tinha um câncer na laringe. Não creio que eles tenham "mentalidades encardidas" ou "recalques". Vejo as seguintes razões para tanta insatisfação: pagamos impostos pesadíssimos, de Primeiro Mundo, (inclusive a contribuição em cascada chamada CPMF) para que a saúde pudesse ser melhorada e, nos oito anos do governo Lula, pouco foi feito; foram muitos os "arroubos autocongratulatórios" de Lula, entre os quais o de afirmar que faltava pouco para a saúde atingir a perfeição – tripudiando em todos os que sofrem a realidade das filas do SUS; se Lula ganhou muito dinheiro no cargo, e em conferências altamente remuneradas, esse dinheirama teve sua origem, principalmente, no bolso dos sacrificados contribuintes; além de pagarmos muito para o governo, somos obrigados a ter convênios particulares (caríssimos, ou não confiáveis), pois a rede pública de saúde continua péssima; o fato de Lula "jogar limpo" com a informação de sua grave doença não é mérito mas sim esperteza, pois já se confirmou nos casos José Alencar e Dilma, que o eleitor decide mais pelo coração do que a razão e o "simpático lutador contra terrível doença" ganha piedade, mais apoio e popularidade; e finalmente, o câncer é uma doença assustadora e terrível, mas é muito difícil encontrar alguém que não tenha perdido amigo ou parente para ela (eu mesmo perdi avô e pai). Deus queira que não, mas todos estamos sujeitos a ter essa doença. Se tivéssemos um Sistema Único de Saúde (SUS) correspondente ao muito que já contribuímos para isso no governo Lula (e anteriores, para sermos justos), aí sim todos os brasileiros poderiam, em igual situação, dar "a volta por cima", e não só sr. Lula da Silva!

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

CONTRASTE NA SAÚDE

(No Estadão online, quinta-feira, 3.11.2011)
Não é de estranhar que aquele que afirmou que a rede pública de saúde no Brasil "estava quase perfeita", ao aparecer doença grave, tenha se internado no Hospital Sírio Libanês? Aliás, deveríamos ter uma lei pétrea que todos funcionários do governo, representantes do povo, e suas famílias, teriam obrigatoriamente de ser atendidos e tratados do Sistema Único de Saúde, SUS, começando pela autoridade maior, o presidente da República. No dia que passarem essa Lei pra valer até seria aceitável uma nova contribuição tipo CPMF. Com certeza, quando o problema tocar em si e sua família, nossos representantes pensariam duas vezes antes de desviar a verba destinada à Saúde. Mas, hoje, no aperto, os "poderosos" e famílias procuram os melhores hospitais particulares, nacionais e estrangeiros, deixando o povo sofrer nas filas do abandonado serviço público. É o velho ditado um tanto torcido: "acredite e confie no que prometo, mas não espere poder fazer o que faço". Para os amigos, atendimento régio; para o povo, atendimento paupérrimo. E ainda têm a desfaçatez de declarar que somos uma Nação de todos!

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

SEIS POR MEIA DÚZIA

(No Estadão impresso, quinta-feira, 27.10.2011)
Segue o jogo das cadeiras e mais um ministro é substituído em meio a revelações lamentáveis. Será que a presidente e seus muitos assessores não têm controle do que fazem seus subalternos em todos os ministérios? Infelizmente, enquanto as nomeações se pautarem por corporativismo e loteamento pelos partidos coligados, a situação continuará a mesma, com enorme prejuízo para o Brasil e os trabalhadores que sustentam toda essa disfuncional máquina pública. Sra. presidente, assuma a responsabilidade que o cargo lhe confere e comece a nomear pessoas com competência e liderança comprovadas para cada pasta, independentemente de partido ou ideologia. Do contrário, continuaremos à deriva, de escândalo em escândalo, pagando a enorme conta da incompetência, com corrupção e impunidade. O Brasil de nossos filhos e netos merece ser governado de forma mais séria e responsável!

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

IMPUNIDADE

(No Estadão online, quarta-feira, 26.10.2011)
SUPERIMPUNIDADE
É um avião? É um pássaro? Não, é o superministro! Ele enfrenta todas as provas de corrupção contra si, gritando: "Sou Orlando, sou Brasil, sou indestrutível!". Na história em quadrinhos em que estamos vivendo é assim: os inseridos no esquema aplaudem seu "super herói" (sic), enquanto o povo sofre para pagar o pesado custo de tanta impunidade!

terça-feira, 25 de outubro de 2011

ELEMENTAR WATSON

(No Estadão online, terça-feira, 25.10.2011)
Não precisa ser um super detetive para comprovar corrupção ou malversação de verbas nos ministérios: basta seguir o dinheiro (follow the money). Certamente existem contabilizados no Tesouro os valores distribuídos a cada ministério, sob responsabilidade do respectivo ministro e seus departamentos. Seguindo o seu rastro, é possível saber qual resultado foi obtido na ponta final. No caso do Ministério do Esporte, muito dinheiro foi canalizado para ONGs, algumas sérias outras de fachada, mediante assinatura de contratos de prestação de serviços que detalhavam obrigações assumidas para justificar o valor contratado. Que se faça uma auditoria levantando a estrutura e capacitação de cada ONG, confrontando o que foi assumido e feito por ela. Na hierarquia ministerial, levantar quem são os funcionários responsáveis de conferir cada etapa, e autorizar a liberação de mais parcelas do combinado. Várias conclusões ficariam claras: os controles governamentais são deficientes ou não existem; as pessoas não são confiáveis ou são coniventes; os desperdícios poderão ser entendidos, na pior hipótese, como corrupção, ou na melhor, como incompetência. Ambas as situações são altamente prejudiciais aos contribuintes e trabalhadores que muito se sacrificaram para pagar pesados impostos. Ambas indicam melhoria dos controles e demissão sumária dos envolvidos, especialmente do ministro responsável máximo da pasta. Chega de desperdiçarmos tanto dinheiro para a incompetência e corrupção! Para isso só é necessário mais seriedade e vontade política. Elementar, meu caro Watson!

domingo, 23 de outubro de 2011

FARRA DAS VIAGENS - OUTRA VERSÃO

(No O Globo, domingo, 23.10.2011)
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) está tomando medidas para conter a farra de gastos com viagens ao exterior. Entendo essa iniciativa, mas não acho suficiente simplesmente restringir o ressarcimento das despesas a eventos com fins institucionais e com autorização do presidente do órgão. A contenção dessas “farras” deveria ser feita de modo geral, com legislação clara e bem definida a nível federal, estadual e municipal. Deveríamos exigir total prestação de contas, e o funcionário público teria que apresentar solicitação detalhando razões e benefícios da viagem pretendida. E, ao regressar, apresentaria relatório detalhando gastos, realizações, contatos, acordos e planos discutidos com autoridades estrangeiras. O dinheiro do trabalhador é fruto de muito suor e sacrifício e deve ser tratado com responsabilidade. E esses périplos pelo exterior nem sempre são justificados ou trazem qualquer benefício para o Brasil!

domingo, 16 de outubro de 2011

FARRA DAS VIAGENS

(No Estadão online, domingo, 16.10.2011 e Valor Econômico, 18.10.2011)
Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contém farra de gastos com viagens (13/10, A8). Não creio seja suficiente restringir o ressarcimento de despesas de viagens ao estrangeiro a "eventos com fins institucionais e com autorização do presidente do órgão". A contenção dessas "farras" com o dinheiro do contribuinte deveria ser feita com todos os funcionários públicos. Deveríamos ter uma legislação clara e bem definida a nível federal, estadual e municipal, com exigência de total prestação de contas, e o funcionário público, para poder se ausentar do país, deveria ser obrigado a apresentar solicitação por escrito, detalhando as razões e benefícios para a Nação da viagem pretendida. Uma vez analisado e aprovado o pedido, todo o processo deveria ficar publicado em site próprio na internet. Ao regressar do exterior, cada representante deveria ter um prazo para justificar seus gastos através de relatório com realizações, contatos, acordos e planos discutidos com autoridades estrangeiras, em todos os dias úteis. O dinheiro do trabalhador é fruto de muito suor e sacrifício, e deve ser tratado com muita responsabilidade por nossos representantes. Essa "farra" tem de acabar, especialmente nos gastos em viagens, cada vez mais freqüentes e festejadas, mas nem sempre justificadas quanto ao benefício que trazem para o Brasil!

terça-feira, 11 de outubro de 2011

A DESCONSTRUÇÃO DO BRASIL

(No Estadão online, terça-feira, 11.10.2011)
Triste a realidade apresentada por Ricardo Vélez Rodríguez em seu artigo Doutor Lula (10/10, A2): o Brasil está sendo lentamente desconstruído em sua base ética, moral e cívica pela influência populista e demagógica de um líder sindical esperto atuando sobre um povo bom, porém ingênuo, que não foi educado para entender que só o trabalho produtivo e inteligente constrói, aumenta a riqueza e melhora a qualidade de vida. Infelizmente, nosso povo sempre esperou tudo do governo e de um "salvador da pátria", não entendendo o que John Kennedy disse em discurso de posse: "não pergunte o que o governo pode fazer por você, mas o que você pode fazer pelo governo"! Sem essa compreensão, as classes menos favorecidas são carneirinhos, massa de manobra, prontos para ser envolvidos na ilusão de promessas sem fundamentos, e assertivas de que "nunca antes nesse país" (com um pouco de "esmola" distribuída) a vida melhorou tanto (sic). Quando resolveremos esse problema? Creio que só depois de educar corretamente uma geração e garantir a mudança de mentalidade da maioria. Quem vai fazer isso, e como? Só Deus sabe!

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

MAIS IMPOSTOS?! NA FOLHA

(Na Folha de S. Paulo, online, terça-feira, 04/10/2011 - 18h09)
Leitor questiona criação de imposto para a área da saúde
DE SÃO PAULO
A presidente Dilma Rousseff afirmou que o povo vai pedir novos impostos para resolver o problema da saúde. Será?
Quem trabalha e produz já tem descontada uma carga tributária das mais altas do mundo (38% do PIB), e vê pouquíssimo retorno.
Servidores da saúde de todo o país participam de manifestação em Brasília
Será que mais impostos vão resolver? Tivemos a extinta CPMF, com desconto de 0,38% em cheques recheando o Tesouro com muitos bilhões, e a saúde em nada melhorou. Por que seria diferente agora?
O que precisamos é que o governo administre melhor os muitos recursos arrecadados em vez de sobrecarregar ainda mais o trabalhador!

terça-feira, 4 de outubro de 2011

MAIS IMPOSTOS?!

(No Estadão impresso, terça-feira, 4.10.2011)
A presidente Dilma disse que o povo vai pedir novo imposto para resolver o problema da saúde. Será? Quem trabalha e produz já tem descontada uma carga tributária (38% do PIB) das mais altas do mundo e vê pouquíssimo retorno. Mais impostos vão resolver? Tivemos a CPMF, com desconto de 0,38% em cheques, recheando o Tesouro com muitos bilhões e a saúde em nada melhorou. Por que seria diferente agora? O que fazem os quase 40 ministérios e secretarias especiais, além de empregar muitos companheiros? Entram e saem ministros e se pergunta: o que fizeram senão muita política partidária e distribuição de verbas às suas bases? Qual a responsabilidade exigida de sindicatos e ONGs pelos bilhões liberados para projetos, muitos sem consistência ou viabilidade? O que se está fazendo para acabar com o funcionalismo fantasma e improdutivo, que tanto rouba e debilita a capacidade do governo de investir em obras necessárias? O Brasil tem de ser administrado com a eficiência de uma grande e complexa empresa. Temos de ter mais competência em todos os níveis do funcionalismo, uma contabilidade mais simples e transparente, mais incentivo para quem demonstra mérito e punição exemplar para quem faz mau uso do patrimônio público. É necessário que o governo administre melhor o dinheiro arrecadado, em vez de sobrecarregar ainda mais o trabalhador!

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

ALERTA ANTIENCHENTE

(No Estadão online, segunda-feira, 3.10.2011)
Gilberto Kassab, nosso digníssimo prefeito, está estudando a implantação de um sistema de sirenes para alertar da possibilidade de enchentes. Muito trabalho e muito dinheiro será gasto para avisar os que estão em áreas de risco. Será um mero paliativo que tentará salvar vidas, mas sem resolver o maior problema dos humildes que é a perda de patrimônio adquirido com trabalho e sacrifício. A implantação desse sistema é uma clara confissão de incompetência. Cobrar impostos, cada vez mais pesados, eles sabem fazer muito bem. Mas propiciar ao povo qualidade de vida já é outra história. No reajustar dos próprios salários eles são craques. Mas dar ao contribuinte um retorno pelo muito que contribui já é outra história. Espalhar câmeras escondidas pela cidade e multar motoristas com pressa, descuidados ou nervosos ninguém os supera. Consertar as ruas esburacadas e irregulares já é outra história. Além de sirenes para avisar de enchentes, que tal uma sinalização piscante para alertar sobre buracos nas ruas? E que tal colocar cartazes avisando da possibilidade de assaltos e roubos em locais perigosos? Assim logo poderemos ter uma secretaria especial para alertar sobre problemas que não conseguem resolver. Parece que, para eles, é mais fácil alertar do que resolver! Mas os impostos continuam aumentando e sendo cobrados sem piedade. Vamos também "alertar" esses maus representantes não votando neles na próxima eleição!

terça-feira, 27 de setembro de 2011

GOVERNO QUER MAIS IMPOSTOS

(No Estadão online, terça-feira, 27.09.2011)
CLAREZA?
A ministra Ideli Salvatti afirmou que "o governo tem clareza de que precisa de novas fontes para a saúde" (26/9, A1). Nós, os pagadores dos atuais impostos, já vemos a questão com outra "clareza" e questionamos: "o que ganhou a "saúde" com a montanha de dinheiro recolhida pela extinta CPMF de 0.38%"? O que tem feito o governo pela saúde com uma das cargas fiscais mais altas do mundo, quase 40% do Produto Interno Bruto (PIB)? Quais as providências que estão tomando para que o dinheiro desviado pela corrupção volte para o Tesouro? Por que tantos ministérios, tantas secretarias, se ninguém parece gerenciar bem a aplicação do que já pagamos com tanto sacrifício? Diz a ministra que o governo "colocou o dedo na ferida". Qual ferida, sra. ministra? A ferida nas costas do cidadão que trabalha tanto para pagar uma absurda carga tributária e ainda sobreviver? Ou será a ferida provocada pelo tumor cancerígeno da corrupção que se alastra em ministérios, politicamente loteados para agradar partidos da aliança e companheiros? Temos muitas "feridas" a ser tratadas neste governo. Aplicar mais impostos sobre o trabalhador não é uma solução, mas uma forma de esconder o mal sob bálsamo anestésico. É achar que o povo deva continuar sofrendo as "feridas" que eles criam, e ainda tenha de pagar novos "bálsamos" inventados para encobrir a incompetência no gerenciamento da res pública. Assim não dá!

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

FUTEBOL SEM EMPATE

(Na Folha de Londrina, sexta-feira, 23.09.2011)
Já foi praticado nos EUA e, talvez, seja hora de também adotarmos aqui o futebol sem empate. Jogos muito corridos mas sem gols e sem graça, como foi o do São Paulo e Corínthias dessa quarta-feira, vão desanimando o torcedor que quer gritar "gol!" e saudar um vencedor. Por que não introduzirmos os "penalties em movimento" no final de jogos que terminem empatados? Jogadores escalados pelo técnico partiriam do meio do campo com a bola dominada até a linha da marca do penalty, até a qual teriam de chutar sempre em movimento (sem paradinhas) e tentar marcar. O goleiro teria de ficar na linha do gol até o atacante se aproximar da marca do penalty, só depois podendo avançar para melhor defender. Após três penalidades em movimento, alternadas para cada time, se poderia passar às penalidades comuns até que um time saia vencedor. Com isso, creio que o torcedor ficaria até o fim do jogo, mais satisfeito com os gols marcados. Algo tem de ser feito para animar nosso esporte nacional. Esta pode ser uma maneira.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

TURISMO DO SARNEY

(No Estadão online e Diário de S. Paulo, quarta-feira, 21.09.2011)
Infelizmente, neste governo, a verba que deveria ir para incentivar o turismo, tem sido usada para agradar políticos, amigos do Sarney, e o PMDB, partido aliado. A receita usada já está clara: montar ONGs de fachada e inventar projetos pomposos para dar apoio ao turismo regional. Não importa a região, nem seu potencial turístico, só valem os termos tecnicamente sofisticados e a boa impressão para justificar os milhões liberados. O resto é distribuir a grana para os que participam do esquema. Não há preocupação em destinar criteriosamente verbas para o tão necessário turismo do Brasil, mas sim em apoiar "turisticamente" os políticos cupinchas do senador José Sarney. Esta a triste realidade em nossa república de bananas e de seus políticos "bananeiros" (com os critérios frouxos que visam só o próprio bolso).

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

TURISMO POLÍTICO

(No Globo, RJ e DESTAK, Rio / Brasília quarta-feira, 14.09.2011)
O TURISMO DO MINISTRO
Pedro Novais, deputado federal e atual ministro do Turismo do governo Dilma, tem demonstrado ser especializado em "turismo político", ou melhor, desvios éticos em cargos públicos ocupados. Pagou festa em motel com verba do Congresso e, agora, descobre-se que escamoteou o salário de sua governanta, Doralice Bento de Souza, nomeando-a secretária parlamentar da Câmara. Sua justificativa? Ela dava apoio administrativo a ele e outros funcionários. Dá para engolir? Será que não é hora de "faxinar" as lambanças e maracutaias desse ministério, começando pelo titular?

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

LUTA PELA CIDADANIA

(No Folha de S. Paulo e Estadão online, sexta-feira, 9.09.2011)
O Brasil comemorou, neste Sete de Setembro, 189 anos de sua independência, mas ainda falta muito para que seu povo, honesto e trabalhador, possa também comemorar. Para isso, terá que ser mais respeitado e valorizado como cidadão e contribuinte. Terá de sentir que o exemplo de responsabilidade e cumprimento das leis vem, em primeiro lugar, das classes mais favorecidas e cultas. Terá que sentir com naturalidade que os impostos que paga com tanto sacrifício sejam totalmente contabilizados (sem caixa dois), havendo transparência e prestação de contas do que for realizado em seu favor.Deve sentir que o governo e a Justiça respeitam e defendem seus interesses, especialmente fazendo valer leis como a da Ficha Limpa. Que os que trabalham honestamente são reconhecidos e remunerados por seus méritos de forma justa e correta. Que os que burlam as leis são punidos sem infindáveis apelações, não se permitindo a impunidade dos abonados, influentes ou amigos do poder.Nosso povo terá mais independência cívica quando todos pensarem mais no cumprimento de seus deveres do que em formas de exigir direitos descabidos e abusivos. E todos precisam reconhecer que sem leis fortes, sem a imposição de altos padrões morais e éticos na política e no governo, viveremos sempre à mercê dos inescrupulosos, espertos, demagogos e populistas.O Brasil já é independente como nação; agora temos de lutar pela plena cidadania e independência de seu povo. Quem se habilitará?

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

RESPEITO

(No Estadão online, quarta-feira, 7.09.2011)
Nós, brasileiros de bem, poderemos comemorar melhor nossa independência quando formos mais respeitados como cidadãos pelos políticos e governantes de plantão. Quando governantes e a Justiça, observarem e fazerem valer inflexivelmente uma lei como a Lei da Ficha Limpa. Quando os do topo da pirâmide política, empresarial e social forem os mais responsáveis e conscientes das leis em vigor. Quando a carga fiscal cobrada dos que trabalham for contabilizada (sem caixa dois) e houver total prestação de contas de investimentos realizados para o bem estar de todos. Quando os que trabalham e se sacrificam honestamente forem reconhecidos e remunerados de forma justa e correta. Quando os que burlam as leis e a Constituição sofrerem a punição necessária, acabando com a impunidade dos mais influentes. Nosso povo será mais livre quando cumprirmos mais nossos deveres em vez de exigirmos direitos abusivos. Só teremos a verdadeira independência quando a responsabilidade prevalecer sobre os excessos, e for reconhecido que sem lei, sem moral e ética viveremos sempre a mercê dos sem escrúpulos, dos espertos e ambiciosos. Quem sabe um dia, os que trabalham honestamente terão sua cidadania e independência respeitadas de fato. Enquanto isso, com esperança em dias melhores, só podemos desejar um feliz Sete de Setembro a todos!

sábado, 3 de setembro de 2011

DEMOCRACIA E MORALIDADE

(No Estadão online, sábado, 3.09.2011)
RAIO X
O artigo do professor Denis Lerrer Rosenfield, Democracia e moralidade (29/8, A2), é uma análise primorosa dos riscos que corremos em nossa frágil democracia. Deveria ser de leitura obrigatória para todos que se preocupam com as decisões autocráticas e insidiosas que estão, pouco a pouco, sendo tomadas e impostas pelo governo lulopetista sob a guisa de inclusão social. No meu entender, o problema se resume à não aplicação das leis e da Constituição, e o favorecimento das massas que se sentem marginalizadas (através de promessas demagógicas e populistas), de aliados políticos e os que favoreçam o projeto hegemônico do PT. Há um esforço constante para consolidar o poder político e de governo por parte de Lula e dos caciques petistas, sem a contrapartida de uma oposição esclarecida. Falta-nos uma clara defesa dos princípios de honestidade, moral, justiça e valorização de mérito em trabalho produtivo. Faltam-nos vozes que lutem por estes princípios e eduquem o povo para os benefícios do trabalho honesto e da cidadania participativa, onde os impostos pagos teriam sua força retornando em melhoria de vida para todos em vez de para o enriquecimento de poderosos de plantão. O brado de alerta do prof. Rosenfield é muito bom, mas temos de achar estadistas que levantem a bandeira da democracia com liberdade, e com leis fortes que consigam coibir a exploração de uns pelos outros, das classes dominantes sobre os desfavorecidos, dos que praticam o capitalismo selvagem sobre os pequenos empreendedores, etc. Faltam-nos lideranças que proponham uma democracia saudável com liberdade protegida por leis socialmente justas e igualitárias. Do contrário poderemos logo ficar sem democracia ou moralidade, predominando as propostas autocráticas desse partido cada vez mais hegemônico e seu carismático líder. É assustador, mas uma realidade bem desvendada pelo artigo em pauta!

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

NOVA CPMF, NÃO!

(No Estadão impresso, quarta-feira, 31.08.2011)
Se o governo, via Ministério Público, polícias e Judiciário, fizesse uma faxina em regra contra a corrupção, com as devidas prisões e punições, sobraria dinheiro para os tão necessários investimentos em saúde, transporte, segurança, educação, Copa do Mundo, Olimpíada, etc. Não seria preciso criar impostos, como a pretendida nova CPMF. O trabalhador brasileiro já paga muito (38% do PIB) e mal consegue equilibrar o seu orçamento. Não é justo exigir mais enquanto cifras enormes são desviadas por meio de companhias e ONGs de fachada para amigos da "corte". Chega de abusar da boa vontade do povo, vamos gritar bem alto, pela internet e por todos os meios ao nosso alcance: Nova CPMF, não! Cadê o dinheiro da corrupção?

terça-feira, 30 de agosto de 2011

ESCAPOU PELO LADRÃO?

(No Estadão online e Diário de S. Paulo, terça-feira, 30.08.2011)
A Prefeitura de São Paulo vem sofrendo fraude através de pagamentos de taxas forjados há 17 anos. Nesse período tivemos as administrações de Maluf, Pitta, Marta, Serra e Kassab e nenhuma soube de nada. Que será que aconteceu? Deu um branco no Tribunal de Contas do Município, ou será que os prováveis R$ 100 milhões simplesmente escoaram pelo ladrão da fraquíssima máquina pública municipal? Infelizmente, no Brasil, a primeira coisa que faz o político eleito é arrumar "bocas" para parentes, amigos, militantes e agregados, independente da qualificação necessária para o cargo. Assim, na baderna administrativa resultante, tudo é possível, até "desaparecerem" alguns milhões antes de chegarem no Tesouro. E agora que foi descoberto o desvio, sabe quando veremos o dinheiro devolvido ou os envolvidos na cadeia? No "Dia de São Nunca" é o mais provável. Mas, para eles, não importa; os munícipes que continuem pagando os altíssimos impostos para sustentar toda essa incompetência!

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

COMPLACENTE COM A CORRUPÇÃO

(No Estadão online, sexta-feira, 26.08.2011)
É uma irresponsabilidade a complacência com a corrupção demonstrada pelo governador Jaques Wagner ao afirmar que erigir como bandeira seu combate seria um "desserviço" ao País (25/8, A3). Qualquer um em cargo de gerência, administração ou liderança sabe que se deve exigir o máximo para conseguir um pouco menos, havendo sempre uma degradação no resultado desejado. Assim, quando um governador dá sinais de tolerar atos ilícitos e contrários às leis e à Constituição, argumentando ser comum, ou ocorrer no mundo todo, é como dizer a todos que o desvio de dinheiro público é aceitável desde que dentro de limites. Isso não pode continuar! Devemos exigir de nossos governantes mais responsabilidade e respeito às leis. Com a atitude do sr. Wagner não é de se admirar que a corrupção continue se espalhando; e os honestos sofrendo na senzala de altos impostos, enquanto os donos do poder impunemente se festejam na casa grande!

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

EM RITMO DE FAXINA

(No Globo, RJ e Folha de S. Paulo online, sexta-feira, 19.08.2011)
Wagner Rossi é o quarto ministro a deixar o governo Dilma, em oito meses. É o mais recente que caiu no "turbilhão de denúncias", conforme descrição do deputado Marco Maia. O PT declarou que essa rotatividade não atinge a presidente Dilma. Já quanto a todos os demais brasileiros não se pode dizer o mesmo. Só para exemplificar, o deputado Mendes Ribeiro, indicado para o lugar de Rossi, declarou que vai tentar aprender com seu antecessor. Ou seja, vamos ter de esperar por resultados enquanto ele busca o caminho das pedras. E assim vai nosso Brasil com essas nomeações políticas prejudicando a competência e o planejamento de setores críticos como a agricultura. E o jogo das cadeiras continuará, sob o olhar da presidente, até a música parar nas próximas denúncias. Quem será o próximo ministro a ficar de fora nesse jogo da politicagem menor?

terça-feira, 16 de agosto de 2011

PRINCÍPIOS REPUBLICANOS

(No Estadão online, terça-feira, 16.08.2011)
Excelente e esclarecedor o artigo do prof. Denis Rosenfield (A2,15/8). Acho, porém, que os princípios republicanos de uma nação começam com leis melhores e com vergonha na cara de seus políticos e governantes. No Japão, por exemplo, político pego em corrupção é levado pelas tradições a cometer harakiri diante das câmeras. Na China, todos entendem e aprovam que certos crimes sejam punidos com um tiro na nuca, e o custo da bala cobrado da família do criminoso. Em obra que li recentemente sobre o Afeganistão (Caravans de James A. Michener), o personagem da Embaixada Americana manifestou seu repúdio quando um simples larápio fora punido, em praça pública, com o decepar da mão direita. A resposta do líder local foi emblemática: reconheceu que a punição fora muito pesada, mas, "só assim, todos os demais cidadãos entenderiam que devem respeitar a lei e não roubar". Ou seja, confirma a sabedoria milenar, dura lex sed lex, (a lei só é respeitada quando é forte e claramente aplicada). Enquanto não cultuarmos leis melhores iguais para todos, consciência de culpa e vergonha na cara dos responsáveis, não tem jeito: continuaremos sendo o "reino" da corrupção, do jeitinho, das maracutaias e mutretas e, na anarquia de falta de Justiça, os espertos e inescrupulosos continuarão acumulando riqueza ilícita enquanto o trabalhador/contribuinte sustenta a "festa" de amigos do rei (ou da rainha). No meu entender, são essas as bases sine qua non de uma nação justa e igualitária, onde seria garantido o progresso pelo trabalho honesto, riqueza e felicidade relativa para todos. Será que um dia chegaremos lá?

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

SELEÇÃO CANARINHO

(No Folha de S. Paulo e Estadão online, sexta-feira, 12.08.2011)
A seleção canarinho demonstrou, mais uma vez, que sofre de falta de entrosamento e de equipe, e peca por excesso de individualismo (Esporte, 11/8). Para tentar sanar isso, quero sugerir a seguinte ideia: montar duas seleções, A e B, cada uma com seu técnico e atuando independentemente uma da outra (temos uma fartura de craques que permite esse luxo). Programar amistosos entre elas e, após cada jogo, determinar por meio de pontuação o desempenho dos técnicos e jogadores.Periodicamente seriam feitas reuniões por comissão técnica imparcial para avaliar resultados e orientar pequenas mudanças nas equipes. Dessa forma, teríamos dois grupos de craques se esforçando para alcançar um melhor entrosamento e resultado, para se manter ou chegar à seleção A.Não vejo futuro em torneios internacionais, especialmente na Copa do Mundo, se continuarmos com convocações de última hora e montagem da equipe por critérios individuais. Chega de convocações espúrias e surpreendentes, formando times que apresentam futebol bonito no individual mas ineficaz no coletivo!

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

TURBILHÃO DE DENÚNCIAS

(No O Globo, RJ, quarta-feira, 10.08.2011 e Estadão online, 12.08.2011)
O deputado Marco Maia, presidente da Câmara, se disse preocupado "porque há um turbilhão de denúncias (de corrupção); começou nos Transportes, teve na Agricultura e agora no Turismo". É, sr. Maia, o senhor está preocupado com esse "turbilhão" pelo efeito de paralisar o governo Dilma. Nós, os contribuintes, porém, estamos preocupados é com a tsunami das elevadas contas públicas que nos atingem, fruto do desvio de nosso dinheiro para os bolsos da "cumpanheirada". Infelizmente, até agora, as denúncias não deram em nada além de demissão de umas dezenas de peixes pequenos, enquanto que nada voltou da grana surrupiada ao Tesouro. Ou seja, as denúncias sempre se esvaziam, enquanto a tsunami de contas públicas continua nos afogando.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

AMORIM OU AMORIM

(Na Folha (6/08) e no Estadão online, segunda-feira, 8.08.2011)
Lula afirmou em Bogotá: "Não cabe aos militares gostar ou não gostar de uma indicação da presidente da República". Essa opinião me faz lembrar Henry Ford que dizia que o consumidor podia escolher qualquer cor para seus carros, contanto que fosse preto. Assim, para o ex-presidente (e a atual que aceita), as Forças Armadas não têm escolha, ou é Amorim ou é Amorim, fim de papo! Cadê a civilidade democrática? Cadê o diálogo saudável entre Poderes? Não é de admirar a alta rotatividade do atual ministério!

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

CADÊ O PLANEJAMENTO?

(No Diário de S. Paulo 2.08.2011 e Estadão online, quarta-feira, 3.08.2011)
No sorteio das Eliminatórias do Mundial de 2014, a presidente Dilma disse que "o mundo encontrará um Brasil muito bem preparado para a Copa do Mundo, cumprindo todas as metas estabelecidas para receber o evento". Belas palavras sra. presidente, mas cadê o planejamento global e por setores? Não podemos seguir em frente, com qualquer grau de segurança, se não tivermos um cronograma físico e financeiro, além de pessoas sérias e competentes designadas como responsáveis pelo atingimento de metas. Até agora só temos tido discursos e intenções jogadas de forma improvisada. Enquanto não amarrarmos tudo, estaremos navegando no escuro com risco de chegarmos nos "finalmentes" de forma atropelada e com os "quebra-galhos" de costume, com baixa qualidade e custos muito acima dos normais. Infelizmente, nossos administradores públicos estão acostumados a "criar dificuldade para vender facilidade", causando desnecessária burocracia e lentidão no andamento de projetos do governo. A Copa do Mundo é importante demais para aceitarmos isso. Planejamento sério, gerenciamento eficiente e responsabilização rigorosa em todos os projetos são essenciais para que estejamos, de fato, preparados na festa de abertura da Copa em junho de 2014. Palavras só não bastam!

domingo, 31 de julho de 2011

COMPARAÇÃO COM A CHINA

(Na Folha de São Paulo online, domingo, 31.07.2011)
O jornal "Zero Hora" publicou recentemente as comparações feitas pelo matemático Gilberto Flach entre a ponte chinesa que liga o porto de Qingdao à ilha de Huangdao, construída em quatro anos, com 42 quilômetros de extensão e custo de R$ 2,4 bilhões, e a ponte do Guaíba (Porto Alegre), com 2,9 quilômetros, também a ser construída em quatro anos, com custo orçado em R$ 1,6 bilhão. É espantosa a diferença. Custo por km: R$ 57 milhões lá, R$ 400 milhões aqui. Tempo de construção por km: 35 dias lá, 503 dias aqui. Será que o Ministério dos Transportes de lá é tão mais eficiente do que o nosso? Ou será isso fruto da corrupção e da incompetência de nossos administradores públicos? Creio que essa comparação mostra por que a China está se tornando uma grande potência mundial e nós estamos naufragando nas maracutaias, jeitinhos, corrupção e impunidade de nossos governantes. Triste sina a nossa.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

NOVA REPÚBLICA

(No Estadão online, sexta-feira, 22.07.2011)
Já descobri o caminho para ter influência e ficar rico na política brasileira: vou inaugurar uma nova república, a "República do Jardim Paulistano". Vou aproveitar as experiências anteriores de Antônio Palocci com a "República de Ribeirão Preto", de Valdemar Costa Neto com a "República de Mogi" e Alfredo Nascimento com sua "República do Amazonas". Depois vou convocar o pessoal do bairro para servir de "laranjas", diretores e assessores de alguma estatal ou ministério. Tendo a fórmula pronta, especialmente as percentagens de comissões por cima e por baixo da mesa, assim como a melhor forma de transporte da grana - cueca, meia ou maleta, levo minha proposta para os caciques de partido aliado ao governo. Será que conseguirei levar adiante esse esquema? Não posso demorar muito, pois parece que a presidente já está começando faxinas, até contra grupos liderados pelo seu padrinho e mentor. Será que vamos acabar com a "República das Mutretas" em que se transformou nosso Brasil? Oxalá!

sábado, 16 de julho de 2011

VALORES DEMOCRÁTICOS

(No Diário de S. Paulo, sexta-feira, 15.07.2011)
Quais são os valores democráticos do país?
Se depois de seis anos de divulgados e comprovados os fatos, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, declara que os mensaleiros cometeram "a mais grave agressão aos valores democráticos que se possa conceber", o que dizer disso se todos saírem impunes, por conta da lentidão da Justiça e prescrição dos prazos legais? Parafraseando Getúlio Vargas: "Valores democráticos no Brasil? Que valores democráticos?".

sexta-feira, 15 de julho de 2011

JOGO BRASIL X EQUADOR

(No Estadão online, sexta-feira, 15.07.2011)
VAMOS TORCER!
O entrosamento do Pato e Ganso, assim como o de canários como Neymar e Maicon, fez voar quatro formosas penas no jogo dessa quarta-feira (13/07). Infelizmente, também apareceram duas inesperadas penas de frango para preocupar a torcida. Apesar de um resultado satisfatório, creio que o Mano tem muito a fazer para arrumar melhor a plumagem desse talentoso bando de canarinhos para a fase decisiva. Vamos torcer!

quinta-feira, 14 de julho de 2011

AULA PARA POLÍTICOS

(No Estadão online, quinta-feira, 14.07.2011)
Genial e imprescindível a leitura da crônica "A questão dos limites", de Roberto Da Matta (13/7, D10). Sugiro que ela seja reproduzida em quantidade suficiente para ser entregue, protocolada, a todos os políticos e governantes. Depois, que se monte uma Aula Magna sobre ela, em grande auditório de Brasília, obrigando todos servidores públicos de alto escalão, sem exceção, a participar, apresentando posteriormente trabalho sobre o assunto, a ser divulgado em toda a mídia. Creio que também nossos canais de televisão se devem interessar em dar cobertura a esse magno evento. A República e a cidadania brasileiras merecem essa reciclagem política. E, em nome dos brasileiros de bem, quero agradecer ao professor Da Matta por nos oferecer tão importante aula!!!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

ESCÂNDALO EUNÍCIO OLIVEIRA

(No Estadão online, quarta-feira, 13.07.2011)
CONVERSA PARA INGÊNUOS
E o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), hein? Defendeu-se diante da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado quanto ao envolvimento de sua empresa Manchester em fraude em licitação, no valor de R$ 300 milhões, da Petrobrás. "Estou afastado do comando da empresa desde 1998 e não tenho nenhuma ingerência", disse. "Minha vida é dedicada ao meu país". Será verdade? É muita coincidência... Ele acha que somos muito ingênuos para confiar nessa história!

sábado, 9 de julho de 2011

FAXINA GERAL

(No Estadão online, sábado, 9.07.2011)
Parabéns à leitora Eliana França Leme pela excelente mensagem dirigida à presidente Dilma em Ousar e inovar é preciso (8/7, A2). Como ela bem afirmou, a presidente ficaria na história se buscasse apoio na oposição (e, acrescentaria eu, em todos os brasileiros de bem) para conseguir acabar (ou reduzir) a cultura de desfaçatez e de impunidade herdada do governo Lula. Ela precisa agir rápida e eficazmente, com o apoio dos mais conscientes e dos sacrificados pelos pesados impostos e juros, para coibir o "toma lá, dá cá", assim impedindo que "mais recursos sejam tragados pelos viciados em corrupção". Interessante notar que logo acima desta missiva, em Sinais particulares do criativo e perspicaz Loredano, aparece a presidente empunhando esfregão, com balde e rodo ao lado, olhando para a imagem de Lula sorrindo meio maroto meio debochado. Espero que Dilma tenha nesse balde bastante "detergente anti corrupção, mutretas e maracutaias". Se não tiver, posso iniciar campanha de donativos para mantê-lo cheio, pois ela vai precisar de muito detergente, assim como energia e palha-de-aço para limpar toda a herança maldita que está aparecendo em seu caminho. Vamos torcer para que ela logo comece a faxina geral!

sexta-feira, 8 de julho de 2011

AUDITORIA E BALANÇO

(No Estadão online e Valor Economico, sexta-feira, 8.07.2011)
O secretário executivo do Ministério dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, assumiu o lugar de Alfredo Nascimento. Ele é o preferido da presidente Dilma, mas o líder do PR, Lincoln Portella, que considera o partido dono da "cadeira", afirma que ele é "um interino competente, sério, probo, mas entre ser tudo isso e ser ministro há uma distância a percorrer". Qual é essa "distância" sr. Portella? Será continuar o esquema anterior, ou seja ser inescrupulosos o bastante para articular as mutretas e maracutaias para continuar desviando verbas para fins partidários e pessoais? Presidente Dilma sugiro que, para confirmar sua autoridade, mantenha sr. Passos como ministro efetivo, e inicie uma auditoria completa nas finanças desse ministério nos últimos oito anos. Faça como fazem empresas responsáveis e competentes: feche o ministério para balanço pelo tempo necessário para apurar tudo. Depois, a senhora poderá acertar a pessoa que vai ocupar o cargo de ministro. E que tenha as qualidades mencionados pelo líder do PR: competência, seriedade e honestidade comprovada. O brasileiro ainda confia em seu governo.
Não o decepcione!

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Saiu ou "foi saído"

(No Estadão impresso, quinta-feira, 7.07.2011)
Alfredo Nascimento foi demitido ou pôs o cargo à disposição da presidente? Seja como for, antes de sair autorizou a quebra de seu sigilo bancário e fiscal. Será que o Ministério Público vai achar alguma irregularidade? Duvido! Teria de levantar o sigilo de laranjas e parentes do sr. Nascimento para localizar os "ganhos extras" não comprovados devidamente, para deixar as maracutaias às claras. Desta vez irão fundo na apuração, ou vai ser mais uma pizza, para indigestão do público pagante, nós, os sacrificados contribuintes?

LOBOS NO GALINHEIRO

(No Estadão online, quinta-feira, 7.07.2011)
Eis os fatos: uma empresa de um importante legislador da República é "premiada" com oito contratos consecutivos, sem licitação, com a maior estatal da República, faturando tranquilamente um total de R$ 57 milhões! E como conseguiu isso? Aproveitando uma brecha nas leis deixada espertamente pelos próprios legisladores da República. São como lobos que deixam aberturas na tela do galinheiro para poderem facilmente se apropriar de gordas galináceas! E o trabalhador assiste indefeso, pagando honestamente seus pesados impostos para sustentar essa indecente e eticamente ilegal "farra". Só mesmo numa República de leis frouxas e legisladores espertos e inescrupulosos!

domingo, 3 de julho de 2011

COPA 2014

(Na Folha de S. Paulo online, domingo, 3.07.2011)
Muitos políticos dos partidos aliados, e até a Fifa, estão de olho nos ricos orçamentos de obras para a Copa de 2014. O povo que pagará tudo assiste preocupado, enquanto essa gananciosa turma se posiciona para participar em comissões, intermediações e "sobras disfarçadas" que, no sistema atual, tanto encarecerão essas obras.O Regime Diferenciado de Contratações (RDC) é uma tentativa, de intenção duvidosa, para agilizar e evitar conluios e acertos no andamento dessas licitações. Por que não utilizar a informática para controlar e abrir todo esse processo? Por que não amarrar as licitações e os orçamentos, com lucros normais e razoáveis, em sistemas informatizados e transparentes, chamando para as concorrências empreiteiras e construtoras, nacionais e estrangeiras? Assim teríamos um controle total sobre seus gastos e andamento.O trabalhador quer eficiência e transparência na aplicação de seu suado dinheiro. E nossos governantes, remunerados tão ricamente, devem ter isso como principal obrigação e não como favor.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

MAIS TRANSPARÊNCIA

(No Estadão online, quinta-feira, 23.06.2011)
Não entendo qual o problema em avaliar orçamentos para obras da Copa e das Olimpíadas (assim como os de qualquer obra pública). Também não entendo a questão do sigilo em licitações de tais obras, proposto pelo governo, conforme o polêmico Regime Diferenciado de Contratações (RDC). Não existe o Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (SINAPI), produzido pelo IBGE, que fornece os custos da maioria das obras? Por que não usar esse índice como referência em todas as licitações? Será que não querem tanta transparência? O dinheiro público deve ser totalmente público e transparente em sua aplicação. Mas assim acabariam as mutretas, maracutaias e outro métodos de encher cuecas, meias e meios menos dignos de transporte de nossa suada grana.

terça-feira, 21 de junho de 2011

A GRANA DA GRAMA

(No Estadão impresso, terça-feira, 21.06.2011)
Essa é boa: Orçamento de estádio para a Copa não inclui a grama (19/6, A1). Será que no final a grama vai ser incluída gratuitamente, ou muita grana extra virá nos acréscimos, como a necessária grama? Infelizmente, devemos preparar o bolso, pois parece que continuaremos "comendo grama" por conta do provável desvio de tanta grana!

sábado, 18 de junho de 2011

NÃO ÀS DROGAS

(No Valor Econômico – SP e O Globo, RJ, sexta-feira, 17.06.2011)
Enquanto os Estados Unidos reconhecem os malefícios do fumo, impondo proibição de fumar em lugares públicos, até ao ar livre, alguns brasileiros querem fazer passeata para permitir (descriminalizar) o uso da maconha. Quando irão entender que droga é droga, faz mal, vicia, abre o caminho para drogas cada vez mais fortes e que seu uso traz prejuízo à saúde física e mental de nossa juventude? Se quiserem um Brasil mais saudável e menos viciado, deveriam é fazer passeata contra as drogas, de quaisquer tipo que sejam.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

ENFRENTAR AS DROGAS

(No Estadão online, quarta-feira, 15.06.2011)
Lendo o artigo de Carlos Alberto Di Franco, Herói do combate às drogas (13/6, A2), e a carta sobre o mesmo assunto do sr. Renato Khair (13/6 - A2 e A3), ocorreu-me que esse assunto está sendo focado inadequadamente por nossos governantes. Como se trata de uma "guerra", com efeitos altamente nocivos especialmente para nossos jovens inexperientes, acho que devemos tratar de forma diferente os que produzem, os que distribuem e os que se tornam viciados pelo consumo de drogas (cada vez mais baratas e nocivas). Primeiro, acho que devemos criminalizar pesadamente a produção e a distribuição, formando barreiras bem preparadas e fortes, para dificultar ao máximo que drogas cheguem ao mercado consumidor. Não havendo disponibilidade, ou encarecendo demais o produto, o viciado seria obrigado a procurar tratamento. Aí se aplicaria o exemplo do sr. Leo de Oliveira, instalando-se centros de tratamento públicos em cidades estratégicas, nos moldes da Comunidade Terapêutica Horto de Deus, para recuperar os que, de fato, querem abandonar o vício. Como bem colocou o sr. Di Franco "a dependência química não admite discursos ingênuos, mas ações firmes e investimentos na prevenção e recuperação de dependentes". Os que provocam essa "desgraça" devem ser enfrentados criminalmente, com firmeza e disposição, e aos seus "atingidos" deve ser oferecido tratamento adequado para a recuperarem a saúde. O resto é ilusão!

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Que fazem nossos representantes?

(No Estadão online, sexta-feira, 10.06.2011)
Refletindo sobre o Caso Palocci, fica a seguinte dúvida: para que mesmo foram eleitos, e são ricamente remunerados, nossos deputados federais? Para dar o máximo legislando para o bem do Brasil ou para prestar consultoria em benefício próprio? O fato de ficarem em Brasília só três dias por semana e o enriquecimento assombroso do sr. Palocci já nos indicam a triste e preocupante resposta.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

PALOCCI

(No Estadão online, quinta-feira, 2.06.2011)
Finalmente a oposição conseguiu convocar o ministro Antônio Palocci para depor na Câmara dos Deputados sobre o espantoso crescimento de seu patrimônio. Todos estaremos "ligados", pois, depois de Jesus com pães e peixes, temos agora o "milagre" da multiplicação de patrimônio. Será que, finalmente, ele vai revelar sua milagrosa receita?

terça-feira, 31 de maio de 2011

UNS GANHAM, O RESTO PAGA

(No Estadão impresso, terça-feira, 31.05.2011)
Quanto ao patrimônio pessoal, os amigos do poder vivem na alegria do somar e multiplicar. Já os que não participam dessa "festa" de poderosos pagam caro para sustentá-la, sofrem para ficar no "igual" e, geralmente, estão no "menos" a cada fim de mês. Na mesma lógica, por interferência desse governo, os fundos da Petrobrás e do FGTS sofreram queda de R$ 1,6 bilhão, dando prejuízo a seus acionistas e participantes. Aqui é assim: os amigos do governo somam numa boa, enquanto o resto sofre para não ver seu patrimônio afundar!

domingo, 29 de maio de 2011

CASO PALOCCI

(No Estadão online, domingo, 29.05.2011)
Neste Brasil socialmente injusto, o trabalhador contribuinte tem de manter total transparência em sua declaração do Imposto de Renda, do contrário sofre as conseqüências da malha fina e da braveza do impiedoso ''leão''. Para nós, simples mortais, as informações têm de ser completas e coerentes. Já para os amigos do ''rei'' e da ''rainha'', quando se exige explicações de não justificável aumento de patrimônio, logo acusam a oposição de quebra de sigilo fiscal. Será que nossa Justiça não se envergonha de tão flagrantes injustiças?

terça-feira, 24 de maio de 2011

MAIS ÉTICA É PRECISO

(No O Globo, RJ e Jornal do Brasil, terça-feira, 24.05.2011)
A voz do povo
Infelizmente, nossos políticos e governantes atuais estão mais preocupados em blindar companheiros que enriquecem em prazo curto e por meios não devidamente explicados do que pensar no lado ético. Talvez eles possam se sensibilizar ouvindo a contundente crítica da professora Amanda Gurgel sobre os docentes de escolas públicas que vivem na miséria para ensinar nossos filhos. Será que um dia conseguiremos que governantes limitem seus ganhos (e gastos supérfluos) aplicando conceitos éticos, e assim permitindo pagar melhor aos sacrificados professores? Vamos sonhar!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

O CASEIRO TINHA RAZÃO

(No Estadão online, quinta-feira, 19.05.2011)
Não sei por que estão fazendo tanto barulho sobre o aumento de 20 vezes em quatro anos no patrimônio "declarado" do ministro Palocci. Ele não é médico? Não foi prefeito de Ribeirão Preto? Não fez ótimas relações entre seus companheiros do PT? Pois é, só usou toda essa "bagagem" para oferecer uma consultoria de alto sucesso aos seus clientes. Certamente todos os que contrataram seus caríssimos serviços saíram ganhando muito em produtividade, eficiência, tecnologia de ponta e outros recursos de importância vital para seus negócios (sic). Vamos acreditar nele, minha gente, como acreditamos no Papai Noel, no coelhinho da Páscoa, no Saci-Pererê e no bicho-papão. Pois somos ou não somos um país de otários?

PALOCCI

(No Jornal do Brasil – RJ, quinta-feira, 19.05.2011)
O presidente do Senado, José Sarney, confirmou o que já desconfiávamos: se aplicarem a devida punição no ministro Antonio Palocci por enriquecimento excessivo e, eticamente, não compatível, teriam que fazer o mesmo com quase todos nossos políticos. Aí sobrariam poucos para trancar as celas e apagar as luzes. Pobre Brasil!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

QUERO O MEU

(No Estadão online, quarta-feira, 11.05.2011)
Tergiversações a parte, não há argumento que justifique a concessão de passaportes diplomáticos aos filhos e netos do ex-presidente Lula. Esse ato é o equivalente a "nepotismo", ou uma vantagem especial concedida a parentes "reais" por ordem de quem se julgava dono da "coroa". Espero que o Ministério Público deixe bem claro que o Brasil não é, nem foi nos últimos oito anos, um reinado. Nem Lula teve direitos a realeza, como parece que pensava, assim como querem seus bajuladores companheiros. Se isso não for corrigido, significa que o Itamaraty liberou geral, e também quero para mim, minha mulher, meus filhos e netos o cobiçado passaporte. Eu mereço tanto como os herdeiros do cidadão (ex-especial servidor público) Lula da Silva!

segunda-feira, 9 de maio de 2011

PRESENTE DE GREGO

(No Estadão online, O Globo e Valor Econômico, segunda-feira, 9.05.2011)
Estão querendo inventar mais dois Estados, com toda a sua estrutura política de governo. Qual a justificativa ninguém sabe, além de se criarem mais cabides de emprego para companheiros. Será que o brasileiro trabalhador, já escorchado com carga fiscal tão pesada, sem retorno, merece esse presente de grego? Vamos todos dizer um contundente não a esse absurdo. Querem um plesbicito? Que tal um para reduzir pela metade o número de vereadores, deputados e senadores? Não fariam a mínima falta e o Brasil, aliviado, agradeceria!

quinta-feira, 28 de abril de 2011

MAIS PÃO, MENOS CIRCO

(No Estadão impresso, quinta-feira, 28.04.2011)
José Nêumanne, no artigo O que interessa é carne no prato e farinha na cuia (27/4, A2), acertou em cheio ao sugerir à presidente Dilma que ela "deve se preocupar menos com a Copa de 2014 e mais com a inflação: mais valem carne no prato e farinha na cuia do que bola na rede". O povo precisa mais de pão que de circo!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

DESARMAMENTO - POSSE DE ARMAS

(No FOLHA DE LONDRINA (PR), segunda-feira, 18/04/2011) Acreditarei num Brasil com segurança no dia em que governantes, políticos e empresários circularem livremente pelas cidades sem seus seguranças armados e em carros não blindados. Isso só ocorrerá quando o brasileiro estiver com seu espírito desarmado por confiar numa justiça séria, igual para todos e rigorosamente aplicada. Não por medidas pueris que limitam a posse de armas, enfraquecendo os bons e dando força a criminosos e mal intencionados!

sábado, 9 de abril de 2011

DESARMAMENTO OUTRA VEZ?

(No O Globo, RJ e Estadão online, sábado, 9.04.2011) Como reação ao massacre do Rio, o governo voltou a insistir no desarmamento da população. Concordo que armas são perigosas, mas especialmente nas mãos de bandidos. Portanto, desde que o governo nos dê provas de que acabou com todas as armas ilegais que entram livremente pelas fronteiras, e que os marginais, traficantes e criminosos estão sob o controle de forças policiais (e não o contrário), aí sim, ficaremos a favor do desarmamento geral e irrestrito. Do contrário, achamos que o cidadão honesto e pacífico não pode ficar, como carneirinho indefeso, a mercê dos que não têm escrúpulos e conseguem armas e munições ilegalmente, até de uso exclusivo das Forças Armadas. Pelo muito que recebem do nosso dinheiro, o governo tem obrigação de, primeiro, nos oferecer um ambiente de paz e segurança. Depois, com tranquilidade e até alívio, entregaremos nossas pequenas armas.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

TOLERÂNCIA ZERO

(No Estadão impresso e Folha de Londrina, sexta-feira, 8.04.2011) Parece que estamos copiando tudo de errado e nada de certo de países como os EUA. Agora também temos no Rio de Janeiro até assassinato em massa. Aliás, essa cidade há muito tempo sofre sério problema de segurança e precisa adotar urgentemente uma política de tolerância zero, como a de Nova York do então prefeito Rudolph Giuliani. No Rio, armas e munições, até de uso exclusivo das Forças Armadas, são encontradas com frequência nos morros e na periferia e tiroteios são comuns nos bairros mais pobres. E as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) parece que pouco adiantaram, a não ser remanejar criminosos entre as favelas e criar um falso clima de trégua. A tragédia de ontem revela mais uma vez que o clima de insegurança no Rio é altamente preocupante. Infelizmente, acredito que isso seja o resultado da falta de realismo de seus governantes, prolixos em ideias grandiosas e discursos, mas inapetentes (ou incompetentes?) para impor a disciplina necessária à coexistência entre classes sociais e ao bom atendimento a turistas. Enquanto o populismo, a demagogia e a frouxidão prevalecerem sobre "o governar com pulso firme", só resta aos nossos irmãos cariocas se esconder em casa, rezando pelo "milagre" de paz e segurança. E aos turistas que assumiram o risco de visitar a Cidade Maravilhosa, refugiar-se nos hotéis. Seja como for, o Brasil inteiro está sofrendo por essa tragédia e rezando pelos inocentes que foram atingidos tão barbaramente!

terça-feira, 5 de abril de 2011

CHEGA DE ABUSO

(No Jornal do Brasil e Estadão online, terça-feira, 05.04.2011) Como houve claro abuso de poder, o Ministério Público Federal de Brasília teve de interferir e apontar a irregularidade na concessão de passaportes diplomáticos a parentes do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Sua Procuradoria quer saber se esses passaportes já foram devolvidos e, caso não, deram prazo de 30 dias para entrar na Justiça com essa demanda. É um bom sinal. Agora seria interessante o MP analisar os bens retirados do Palácio da Alvorada e da Granja do Torto, 11 caminhões, considerados pela família Lula da Silva como pertences próprios, inclusive um valioso crucifixo (peça de museu) que aparece em fotografia tirada no período do ex-presidente Itamar Franco, com o mesmo sentado à sua frente. Os governantes de plantão têm de entender que não são donos dos bens postos a sua disposição; que seu governo passa e o patrimônio que é do Brasil deve ficar!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

TIRIRICA - VAMOS RIR

(No Folha de S.Paulo impresso, 3/04 e Estadão online, 4/04/2011) O deputado Francisco Everardo Oliveira Silva, também conhecido como palhaço Tiririca, está pagando humoristas salários de até R$ 8 mil com dinheiro da Câmara. Ainda é cedo para saber suas intenções, mas, como a alegria de palhaço é ver o circo pegar fogo, quem sabe ele agora consiga esquentar a pauta do Congresso para legislar em nosso benefício, em vez de somente no de seus alegres (sic) integrantes. De qualquer forma, com assessores especialistas no ramo (dele!), poderá nos contar muitas piadas novas. E nós, que pagamos essa "festa", certamente morreremos de rir... para não chorar. Ah, ah, ah!!

segunda-feira, 28 de março de 2011

NEM KAFKA

(No Estadão impresso, segunda-feira, 28/03/2011) Ficha suja, ficha limpa, pressão do povo e lei votada para valer em 2010, mas só vai valer em 2012; bons antecedentes sempre exigidos de funcionário público de carreira, mas não de político; falta de decoro sempre motivo de cassação de mandato, mas político é apanhado flagrantemente recebendo dinheiro de origem não explicada e não acham que seja falta nem de honestidade nem de decoro... E por aí vai a cena política deste nosso Brasilis macunaímico. Não é de admirar o desânimo dos cidadãos, pois nem Franz Kafka, no seu auge, conseguiria apresentar enredo tão absurdo, sem lógica e injusto!

quarta-feira, 16 de março de 2011

MINISTÉRIO SEM PESCA

(No JORNAL DO BRASIL – RJ, quarta-feira, 16.03.2011)
Qual a função do Ministério da Pesca e Aquicultura, e de sua ministra Ideli Salvatti, além de dar emprego a muitos não pescadores (petistas)? Parece ser: gastar improdutivamente nosso dinheiro, pois, dispondo de um prédio de 14 andares, alugado por R$ 575 mil mensais, onde trabalham 374 servidores, a ministra e seus 67 assessores trabalham na Esplanada. E, conforme a ONG Contas Abertas, esse Ministério foi um dos que mais gastaram com viagens durante 2010, tendo seu ex-ministro Altemir Gregolin gasto R$69.800 só com diárias em três viagens internacionais (para reuniões não especificadas). No geral, seus recursos aumentaram 70 vezes nos últimos oito anos, mas a produção de pescado no país vem se mantendo inalterada em 990 mil toneladas/ano. Ou seja, o governo petista está inovando na área: em vez de ensinar a pescar ou dar o peixe, está tornando-o cada vez mais caro. E nós – que estamos comendo cada vez mais sardinha enquanto eles comem caviar – é que pagamos por esse Ministério totalmente inútil e altamente oneroso.

domingo, 13 de março de 2011

A CHAVE DO COFRE

(No Estadão impresso, domingo, 13/03/2011)
INCRA
A chave do cofre
A notícia de que o governo estuda mudanças na estrutura do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para frear indicações políticas nos trouxe esperança de melhora. Mas esta é logo abatida quando funcionários do Incra desconfiam de que "a corrente do PT que hoje domina o ministério (do Desenvolvimento Agrário) quer centralizar em Brasília a chave do cofre". Ou seja, o problema é ter pleno acesso ao dinheiro, e não controlar melhor o seu gasto nem prestar contas ao contribuinte. Triste República, onde trabalhadores se sacrificam cinco meses no ano para encher o cofre e os poderosos de plantão só pensam em controlar sua chave.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

EM VEZ DE CPMF, ISO 9000

(No Estadão online, quarta-feira, 23/02/2011)
Todos os já muito sacrificados brasileiros devem se unir ao ex-senador Marco Maciel para rechaçar a volta da CPMF, com qualquer nome que inventem. O sr. Maciel tem toda razão quando diz que "já temos uma carga tributária muito pesada. Um novo imposto é mais uma forma de extrair [dinheiro] do cidadão". O governo que aperte o seu luxuoso e folgado cinto, trabalhando mais, com mais eficiência, produtividade, honestidade. Que acabe com tanta mordomia e corrupção, tantas fraudes e desvios de bens públicos. Está na hora de mostrarem serviço... e não de terça a quinta-feira, como tem sido o caso no Legislativo. O povo que trabalha duro quase cinco meses do ano para sustentar essa inchada e perdulária máquina pública, não aguenta mais. ISO 9000 nelles!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

E O MICO?

(No Estadão impresso, terça-feira, 22/02/2011)
Entendi que foram descobertas uma fraude de R$ 2,5 bilhões e outra de R$ 1,3 bilhão no Panamericano, que colocaram em risco o patrimônio de Silvio Santos e criaram sérios problemas para a Caixa Econômica Federal. Também entendi que, para evitar essa "tragédia", o Banco Central está "costurando" uma solução que livra todos de prejuízos, ainda permitindo que o BTG Pactual compre a parte de Silvio limpa de "esqueletos". Tudo será possível com a injeção maciça de dinheiro de um tal Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Entendi quase tudo. Só não entendi quem vai ficar com o mico. Parece que, como sempre, os que ganham em negócios de risco e fraudes vão sair numa boa, enquanto o abacaxi deles será descascado com recursos de correntistas e contribuintes. Triste sina a de nosso país.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

GASTOS PÚBLICOS

(No METRO - 16/02/2011 e Estadão online, 20/02/2011)
Pelas informações recentes, parece que o caixa do governo Dilma já está estourado. Por que será? Certamente não é por culpa do contribuinte, pois ele já paga impostos e taxas de toda sorte, com mais de quatro meses de trabalho. Tanto assim que a arrecadação do governo tem batido recorde e mais recorde. E onde está indo todo esse dinheiro? Os ilustres senhores da área econômica pouco explicam. Mas, infelizmente, nós sabemos: ele está se esvaindo pelo ralo de uma máquina inchada, incompetente e perdulária, além de pela endêmica corrupção tolerada abertamente durante os últimos oito anos! Lulla "torrou nossa grana" para eleger sua sucessora, e agora elles vêm com a necessidade de "cortes profundos" e "sacrifícios necessários"? Bonito, mas quem vai sofrer esses cortes? Que não venham sacrificar ainda mais o trabalhador! Que elles cortem na própria carne, como fez, exemplarmente, o recém eleito deputado José Antonio Reguffe (PDT, DF). Que haja mais transparência em seus gastos (que tal abrir a "caixa preta" dos cartões corporativos nos últimos anos?), mais eficiência, menos mordomias, menos aparelhamento e nepotismo; enfim, mais respeito pelo dinheiro que recebem para bem administrar, não para mal gastar. Chega de abuso, e de sempre sobrecarregar o contribuinte! O governo tem de ser bom para todos, não só para companheiros, políticos aliados e empreiteiras!

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

NÃO ROUBA, NÃO FAZ

(No Estadão impresso, quinta-feira, 3/02/2011)
DE PROMESSAS
O articulista José Nêumanne, em seu Do "rouba, mas faz" ao "fala, mas não faz" (2/2, A2), mostra um dos grandes absurdos do governo Lula: o falatório inoperante, incompetente e pernicioso. Lembra que um projeto para prevenção de desastres naturais, comprometido por nós com a ONU em 2005, orçado em R$ 115 milhões, ficou à míngua, enquanto R$ 1,2 bilhão foi destinado à construção ou locação de prédios suntuosos para repartições públicas. Ou seja, o conforto e a mordomia de repartições são mais importantes para elles do que prevenir contra a morte de cidadãos trabalhadores, honestos e que pagam suas contas. Na época foram previstos dez anos para a conclusão desse projeto e agora a presidente Dilma faz a mesma promessa, mas com prazo de quatro anos, que afirmam os técnicos ser insuficiente. Nosso ex-presidente muito falou, muito prometeu e pouco fez. Agora, o "abacaxi" que deixou para a sua sucessora terá de ser descascado em tempo recorde (e não viável). Será que a razão desse problema está no fato de a construção de prédios permitir mais caminhos para o superfaturamento do que o projeto sugerido pela ONU? Assim, chegamos à seguinte conclusão: se existe o "rouba, mas faz", de um lado, e o "fala, mas não faz", do outro, significa que, no Brasil, se "não rouba, não faz". E todos os que trabalham muito para pagar os pesados impostos terão de continuar arcando com a parte que está sendo roubada descaradamente pelos que se apropriaram do poder e da "caneta" para distribuir esse dinheiro. Infelizmente, o nosso Brasil é como um pesado e sobrecarregado barco, com velas mal ajambradas, lutando com os ventos conflitantes de ambições políticas, dominado por verdadeiros "piratas" e no qual o trabalhador está acorrentado nos porões, tendo de remar na direção e na velocidade determinadas pela bandidagem de plantão. Uma realidade triste e assustadora. Até quando?

TRABALHO PARA LULA

(No Estadão online, terça-feira, 1/02/2011)
Agora que Lula se diz "cansado de descansar", gostaria de sugerir que comece a trabalhar em suas palestras (avaliadas em R$ 200 mil). Como ex-presidente e com seu quarto diploma de "doutor honoris causa", ele deve ter muita coisa interessante para contar aos seus auditórios. Será que o Banco do Brasil, a Caixa ou a Petrobrás vão oferecer espaço e tempo para esses comícios, oops, digo palestras? Ficamos na expectativa ansiosa de suas revelações (sic)!

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

REALIDADE BRASILEIRA

(No Estadão impresso, Entre aspas, sexta-feira, 28/01/2011)
"De fraude em fraude os corruptos enchem o papo... E os trabalhadores apertam o cinto!"

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

A HIDRA AMEAÇA

(No Estadão online, segunda-feira, 24/01/2011)
Cuidado, presidente Dilma, pois o sindicalismo, já está buscando controlar o seu governo, como fez com o do seu antecessor. Já se manifestaram de modo preocupante o deputado Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical, e o sr. Artur Henrique, presidente da CUT. O primeiro disse que, se a senhora "ficar ouvindo seus burocratas, vai ter muito trabalho" com eles, e o segundo, que a senhora se cercou de "economistas burocratas", empenhados em "implantar a agenda dos derrotados nas urnas". Creio que isso já se configura como o bafo venenoso da serpente "hidra sindical" criada por Lula. Como, na mitologia grega, Héracles matou a serpente com muitas cabeças de um golpe só (pois, cortando uma, duas cabeças surgiriam no lugar, tal como no peleguismo sindical), a senhora deve tomar forte medida para pôr já a "serpente" no seu devido lugar. Uma ideia seria aplicar com firmeza as armas da Constituição (igualdade de todos e regras de bom senso no uso de dinheiro público), para que sejam exigidas de todos os sindicatos transparência total e prestação de contas das verbas recebidas. Por que razão, sendo exigência geral a prestação de contas, os sindicatos (assim como a UNE) não têm essa obrigatoriedade? Estamos alimentando a "Hidra de Lerna" que se tornou o movimento sindical, rico e descontrolado. Essa "serpente" pode dificultar muito, se não travar, seu governo. Use logo a espada de Héracles, antes que seja tarde!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

VAMOS APRENDER?

(No Estadão impresso, sexta-feira, 21/01/2011)
CHUVAS E TRAGÉDIAS
Todo ano no verão chegam as chuvas, causando enchentes, deslizamentos, enxurradas e tragédias. Este ano superou todas as expectativas e só no Estado do Rio temos mais de 750 corpos achados e mais de mil mortes estimadas, incluindo os desaparecidos. Será que finalmente vamos aprender com tais desgraças? No artigo O marketing cínico do dilúvio anunciado (19/1, A2), José Nêumanne aponta para o fato de que na Região Serrana do Rio quase não existe terreno sem risco para abrigar a população, só montanhas e vales. Por razões diversas, cerca de 5 milhões de brasileiros vivem em áreas de risco - estimativa do ministro Mercadante. Todas essas pessoas correm risco de vida. Temos um monumental problema, em especial considerando que muitos dos atingidos são crianças, que não conseguem se defender da força de enxurradas. Gostaria de sugerir o seguinte projeto: reunir especialistas para elaborarem sistemas de contenção da força das águas. Todas as áreas de risco seriam mapeadas e acima delas, ou nas margens de rios e córregos, sistemas para reduzir os efeitos de temporais seriam construídos, como barreiras, muros de arrimo, diques, amarração de rochas ou pedras, blocos de concreto cravados com estacas em posição estratégica, plantas que absorvem umidade e têm raízes resistentes colocadas nos caminhos, tudo para dificultar o deslocamento de água e detritos recolhidos na passagem, etc. Só depois tais áreas seriam liberadas para construção e habitação, e o poder público deveria ainda orientar o cidadão a tomar precauções extras. Finalmente, deveríamos ter um planejamento sério com pessoas treinadas para lidarmos com desastres não previstos. O atual plano de alerta, sozinho, não vai funcionar, pois apitos, sirenes e avisos por celulares não levarão pessoas a abandonar seus lares e pertences sem prévio planejamento urbano sério, com o confiável apoio das autoridades. A vida de cada cidadão e os pesados impostos que já pagamos nos permitem exigir um tratamento sério e definitivo. Chega de omissão ou quebra-galhos dos que muito ganham para nos governar!
SILVANO CORRÊA

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

PROBLEMA ESSENCIAL

(No Estadão online, terça-feira, 18/01/2011)
Em novembro de 2010 o Brasil admitiu à ONU estar despreparado para enfrentar tragédias (16/1, A1). Por que será? Quero apontar aqui uma razão que todos conhecem mas pouco ou nada é feito para corrigir. Diante de catástrofes (previsíveis), providências são sempre tomadas após os fatos, e de forma improvisada, porque o dinheiro público é mal gasto e falta competência em todos os níveis de governo. E qual a principal razão disso? Cada nova administração, ao assumir emprega amigos, parentes, militantes, colaboradores, cupinchas, etc., e dá um jeito de torná-los estáveis, ou bem protegidos (blindados por dossiês). Assim, o Brasil tornou-se uma grande e amorfa repartição pública, uma casa de mãe Joana, sugando quase todos os 37% do PIB arrecadados de seus sacrificados trabalhadores para cobrir a pesada folha de pagamento de uma burocracia improdutiva e inepta. Os problemas da infraestrutura nacional sucateada e, agora, sobre o risco de catástrofes naturais, são conhecidos, como fica comprovado no documento de Ivone Maria Valente, da Secretaria Nacional da Defesa Civil. Nossos dirigentes têm as informações dos problemas, mas pouco podem fazer, pois toda a máquina governamental se encontra emperrada pelo peso de um funcionalismo despreparado, das benesses criadas como direitos (abusos) adquiridos, da confusão burocrática que dificulta ou torna impossível o andamento de quaisquer medidas, especialmente as salutares que põem em risco os nichos corporativistas constituídos, etc. Desta maneira o Brasil vai afundando pelo seu "peso morto" - o chamado "custo Brasil" - e governos petistas como o de Lula só fazem piorar a situação. Resumindo: quem trabalha e produz paga cada vez mais imposto para sustentar muitos "aspones", sobrando pouco para atender à infraestrutura nacional e a ações estratégicas e inteligentes como o Plano de Ação de Hyogo, elaborado pela ONU. Enquanto as repartições se encontram abarrotadas de gente (geralmente paletós em cadeiras, para disfarçar), nada é feito para evitar ou, pelo menos, minimizar situações catastróficas e desesperadoras como as que ceifaram tantas vidas inocentes. Enquanto não corrigirmos esse problema essencial, os honestos continuarão trabalhando muito para, diante de fenômenos naturais previsíveis, morrerem na praia, ou melhor dizendo, na lama!

sábado, 15 de janeiro de 2011

QUEM É RESPONSÁVEL?

(No Estadão online, sábado, 15/01/2011)
Em países conscientes e responsáveis, providências são exigidas e tomadas por todos para que se tenha uma vida digna e longeva. Nesses países há uma união de sociedade e governo. Lá a cidadania participativa é levada a sério. Aqui, infelizmente, os políticos estão sempre distantes do povo (a não ser em períodos eleitorais) e se preocupam mais com seus ganhos do que com os muitos problemas que afligem seus representados. Enquanto lá, em muitas cidades, vereador é cargo voluntário, não remunerado, que trabalha com consciência cívica, aqui querem sempre mais e fazem muito pouco pelos seus municípios. Assim, as mais de 500 mortes resultantes dos desastres ocorridos na zona serrana do Rio, e em muitas outras cidades do Brasil, devem ser de total responsabilidade dos políticos, amplamente remunerados, em todos os níveis. Houve displicência e descaso de todos. Deixaram a ocupação de terras ocorrer sem freios. Não impuseram rigor na aprovação e fiscalização de projetos imobiliários, assim como não se preocuparam com o planejamento urbano. Não adianta mandar dinheiro depois do acontecido. Eles são responsáveis, pois não cumpriram seus deveres cívicos, apesar de ganharem regiamente para isso!

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

DILMA

(No Folha de São Paulo online, terça-feira, 4/01/2011)
Quero apelar aos meios de comunicação em geral e aos formadores de opinião em particular para que dêem um voto de confiança à presidente Dilma. Minha opinião é que ela, em sua histórica posse, demonstrou inteligência, coragem e sensibilidade, com personalidade forte e independente.Vários fatos comprovam isso. Manteve sempre a simplicidade e a clareza de comunicação, sem tergiversar ou apelar para a demagogia ou populismo. Respeitou o protocolo de forma justa e despretensiosa, dignificando o cargo que assumiu. Não teve medo de abordar assuntos delicados, como sua participação na Revolução de 64. Colocou em pauta reformas importantes, mas não mencionou o faraônico projeto do trem-bala. Foi corajosa ao revelar seu amor à pátria, beijando a bandeira nacional. Teve sensibilidade ao reverenciar os que tombaram na defesa da liberdade e dizer que não guarda mágoas ou rancores daquele triste período.Disseram na Rede Globo que ela iria trocar o vestido branco por um vermelho. Não o fez, demonstrando querer evitar o sectarismo partidário e buscar a união. Foi muito clara ao oferecer a mão a todos, inclusive à oposição, pedindo apoio por um Brasil melhor.Por tudo isso, peço uma trégua e um voto de confiança. Acho que Dilma Rousseff iniciou bem seu mandato, dando uma mensagem de alto nível com propostas e desejos de que o Brasil precisa. Creio que, enquanto mantiver essa linha, ela merece nosso apoio.