sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

PEDIDO AO L.F.VERÍSSIMO

(No Estadão online, sexta-feira, 31/12/2010)
MH MAIS ESCLARECIDO
Peço ao cronista Luis Fernando Veríssimo que esclareça ao seu Marciano Hipotético ("A volta do MH", 30/12, D8) os fatos reais da História, incluindo a "Carta aos Brasileiros", assinada por Lula em junho de 2002, assegurando que, em caso de sua vitória, o PT respeitaria os contratos nacionais e internacionais. Também que Lula, através de sua equipe econômica, com Henrique Meirelles na presidência do Banco Central, manteve intacta a política macroeconômica de FHC, contra todas as previsões devido aos ataques ferrenhos e constantes a ela por líderes petistas, inclusive Lula. Assim, meu caro Veríssimo, seu MH voltaria para seu planeta menos perplexo. Quem fica perplexo, porém, somos nós, brasileiros mais conscientes, por essa inexplicável lacuna histórica nos discursos de Lula e em argumentos "extraterrestres" como o do senhor nesse artigo!

Um comentário:

Joao Florentino DaSilva disse...

Caro Silvano, creio ser oportuno o seu apelo, pedindo um voto de confiança na presidente Dilma, e louvável a sua disposição em fazê-lo, mas, se existem razoes para que eu o faça existem muito mais motivos para que não. Respeito a sua opinião e concordo que a posse foi histórica, visto nunca ter-mos tido uma mulher como presidente do Brasil, mas recordando os fatos, não posso concordar possa ter demonstrado inteligência, não e’ possível que tenha muita, deve ter sim, como você diz: coragem, sensibilidade, com personalidade forte e independente.
Você diz que vários fatos comprovam que “ela manteve sempre a simplicidade e a clareza de comunicação”, o que nunca vimos em nenhuma de suas falas, diz também que ela o fez “sem tergiversar”, o que e’ lógico, ate porque ela nem sabe o que e’ tergiversar, nem saberia “apelar para a demagogia” porque todas as suas “boas” falas são escritos que ela mal consegue ler, já a questão do populismo este esta implícito e, diga-se de passagem, metade da nação, que não votou nela esta fora dessa “popularidade atribuída”. Respeitar o protocolo seria o mínimo a fazer, mesmo porque estava ali,
“conduzida”, para não cometer gafes para não dar motivos justos aos críticos de plantão. Não podemos esquecer que o discurso de posse foi previa e cuidadosamente montado por alguém profissionalmente competente nisso, daí a falta de “medo em abordar assuntos delicados, como sua participação na Revolução de 64”.
Você diz que ela “foi corajosa ao revelar seu amor à pátria, beijando a bandeira nacional”, ora, vemos isso todas as vezes que a Seleção Brasileira de futebol entra em campo, dezenas de pessoas agarrados, beijando e enrolados em Bandeiras do Brasil sem precisar de nenhum ato de coragem para isso. A sensibilidade “ao reverenciar os que tombaram na defesa da liberdade”... Que liberdade? Não esqueça que o movimento que ela defendia e defende era anterior ao período chamado de “ditadura” e não buscava liberdade, mas buscava, sim, mergulhar o pais em um sistema comunista da pior espécie que e’ o que estão fazendo pouco a pouco desde o primeiro mandato do presidente que ajudou a elegê-la, com o “emburrecimento” do povo e destruição completa de valores cívicos e morais.
Não trocou o vestido branco por um vermelho para não ficar tão mal na foto para aqueles que não concordam com o sistema “vermelho” que eles adoram e, creia, a única união que busca e’ em torno do PT e dos “sem terra”.
O oferecer a mão, nada mais e’ do que um ato que faz valer o adágio popular que diz: “não pode com seu inimigo, junte-se a ele”.
Desculpe estar parecendo pessimista demais e descrente ao extremo quanto a essa senhora, mas tenho a dizer que por tudo isso, não posso dar trégua nem um voto de confiança em alguém que praticou terrorismo, assaltou bancos e pessoas, participou ativamente de assassinatos, tentou e faz com que o pais que amo mergulhe em um sistema comunista nocivo e falido, mente, faz parte da maior quadrilha já instalada no governo brasileiro e se orgulha de tudo isso.
Dilma Rousseff pode ter “iniciado bem seu mandato”, como você diz, “dando uma mensagem de alto nível com propostas e desejos de que o Brasil precisa”, e você sabe que tudo isso e’ discurso, mas vou tomar a mesma conduta que me rege cada vez que me sento em uma cadeira no teatro ou em um recital de musica, se for bom, vou aplaudir no final e espero que possa não só aplaudir mas me por de pe’ e pedir bis.