domingo, 2 de fevereiro de 2014

FINANCIANDO CUBA

(No Estadão online, domingo, 2.02.2014)
O Porto de Mariel, em Cuba, é estratégico para quem, sra. Dilma Rousseff? Será que é mais estratégico do que os Portos de Santos, de Paranaguá e outros daqui, por onde escoa, de forma ineficiente e a custos elevados, a maior parte de nossa exportação? Por que razão o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) emprestou US$ 682 milhões, e agora foram prometidos mais US$ 290 milhões, para um projeto que não vai melhorar em nada nossa competitividade na exportação de produtos e safras? Como explica que os US$ 682 milhões já são um valor bem maior do que tudo o que foi aplicado nos terminais brasileiros durante 2013? Será que o governo não estaria fugindo dos controles de Tribunais de Contas e do Ministério Público efetuados aqui, enquanto na ilha dominada autocraticamente pelos "companheiros" Castro os custos e preços sofreriam menos (ou nenhuma) contestação? Aliás, que controle tem o BNDES sobre a aplicação correta dos valores emprestados? Desconfio de que nenhum! Parafraseando William Shakespeare, eu diria que "tem algo de podre no reino dos negócios Brasil-Cuba". E nossos trabalhadores honestos, já sacrificados com proibitivos impostos, é que acabarão pagando, com juros, esses negócios mal explicados e mal cheirosos. Acho que cabe à nossa "presidenta" explicar melhor o que ela considera "estratégico" nas aplicações de nossas reservas e economias. É o mínimo que se deve esperar de nossa mais responsável funcionária pública.

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