terça-feira, 25 de março de 2014

O PREJUIZO É DO BRASIL

(No Estadão online, terça feira, 25.03.2014)
Para quem trabalha mesmo a Petrobrás? Para seus milhares (ou milhões?) de acionistas brasileiros ou para sr. Albert Frère, o homem mais rico da Bélgica, ou para a Venezuela de Nicolás Maduro? Sr. Frère, dono das empresas Tractebel e Astra Transcor Energy, que doou R$ 300 mil (só o que apareceu na contabilidade oficial) para a campanha de Lula, e que foi um dos patrocinadores do filme "Lula, filho do Brasil" ganhou um lucro de US$ 1,137 bilhão na negociata da refinaria de Pasadena, pois ele havia comprado a mesma um ano antes pela bagatela de US$ 42,5 milhões. Agora descobrimos que a Venezuela, num "contrato de associação", tem 40% da Refinaria Abreu Lima, em Pernambuco, e com nada contribuiu, apesar de a Petrobrás sozinha já ter gasto cerca de US$ 18 bilhões na obra. A dívida da PDVSA, companhia de petróleo venezuelana, simplesmente foi se acumulando. E nós não podemos cobrá-la, nem as multas previstas, pois o contrato definitivo ainda não foi assinado. Êta negócio "pai d’égua"! Os "cumpadres" Lula e Hugo Chávez apertaram as mãos num projeto sugerido por Chávez, a Petrobrás está tocando o projeto sozinha, e os acionistas brasileiros estão sendo explorados pela Venezuela, que vai acabar "negociando" nossos (des)governantes para assumir seus 40% de alguma forma no interesse deles. Esse é o padrão PT de governar, ou nos embrulhar. Que mudem logo o nome da Petrobrás para PetroBel, PetroVen ou PetroPT. Os acionistas da Petrobrás, antes tão sólida e respeitada, não merecem isso. O Brasil não merece um governo tão perdulário!

segunda-feira, 24 de março de 2014

ARGUMENTOS ABSURDOS

(No Estadão impresso, segunda-feira, 24.03.2014)
Para justificar o valor da compra da refinaria de Pasadena vários petistas e aliados do governo estão argumentando que em 2006, quando ela foi realizada, as vendas e a lucratividade do mercado de petróleo apontavam ter sido um bom negócio para a Petrobrás. Essa linha de argumento é totalmente furada, por várias razões. Considerando que a empresa belga Astra Oil pagou US$ 42,5 milhões por 100% da refinaria um ano antes (informação fácil de apurar em cartórios e jornais da região) e nós pagamos US$ 360 milhões por 50%, de cara pagamos um ágio de 1.600% em 12 meses. O fato de não terem sido levadas em conta as cláusulas Marlim e Put Option é mais um grande absurdo que elevou o prejuízo a US$ 1,137 bilhão. Não há explicação com qualquer sombra de lógica empresarial para isso. Se a Petrobrás tivesse pago o valor justo, mesmo com um ágio de 100%, US$ 85 milhões, porteira fechada, sua lucratividade seria muito maior tanto no mercado em alta como durante a crise. Só podemos achar que muitas maracutaias estão por trás dessa negociata absurda. Que tudo seja apurado com total transparência e, se possível, com o rastreamento de valores depositados em contas particulares e empresas laranjas na época. Que seja instaurada uma CPI já! E que a oposição não deixe essa virar mais uma grande pizza, que, infelizmente, já está sendo antecipada como de sabor Pasadena.

sexta-feira, 21 de março de 2014

VAMOS DE MAL A PIOR

(No Estadão online, sábado, 21.03.2014)
"São aloprados", não criminosos. "É recurso não contabilizado", não caixa dois. O presidente declara que "foi atingido com facada nas costas", mas ninguém foi punido. As maiores falcatruas são realizadas no gabinete ao lado, e o presidente de nada sabe nem apura nada. A secretária da Presidência em São Paulo, sra. Rosemary Noronha, viaja sempre ao lado do presidente e é acusada de vender influência. Nada se apura nem se toca um processo de abuso de poder e corrupção. A última vem de nossa "presidenta", que declara que, quando ministra e presidente do Conselho de Administração da Petrobrás, aprovou a compra de refinaria em Pasadena, Texas, EUA, por valor absurdo, com "informações incompletas" e "parecer técnico falho". Quanta irresponsabilidade com nosso dinheiro! Pergunto à "presidenta": se o dinheiro saísse de seu bolso, e não da Petrobrás, de todos os brasileiros, tomaria a mesma decisão? E assim vamos de mal a pior, neste caminho de dilapidação de nosso patrimônio, deixando uma triste e pesadamente negativa herança para as futuras gerações.