quarta-feira, 2 de novembro de 2016

A FORÇA DO EXEMPLO

(No Estadão online, quarta-feira, 2.11.2016)
A distinção e o valor de um povo são determinados em grande parte pelos exemplos de seus líderes. Os bons exemplos, bem entendidos e divulgados, valorizam o tecido nacional e a honradez de seus cidadãos, enquanto os maus exemplos o depreciam. Nas nações do Primeiro Mundo não se perde oportunidade de destacar na mídia e em bancos escolares as boas atuações de seus fundadores e patriarcas, assim como censurar os maus exemplos ocorridos na História. Infelizmente, no Brasil pouco se faz nesse sentido. Até a importante atuação de Ruy Barbosa, conhecido como o Águia de Haia, é depreciada ou esquecida. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e sua equipe econômica deixaram o Brasil sem inflação, com a Lei de Responsabilidade Fiscal, importantes programas sociais sob os cuidados de dona Ruth Cardoso, além de privatizações essenciais, como a da Companhia Siderúrgica Nacional e a das telecomunicações, e assistiu a todo esse esforço ser tachado de "herança maldita" pelo seu sucessor. Um bom exemplo, que foi desperdiçado em várias campanhas eleitorais perdidas pelo PSDB. Nos quase 14 anos de governos petistas, sofremos uma série enorme de maus exemplos tanto de Lula quanto de Dilma Rousseff, ambos demonstrando pouco apreço à educação e desconhecimento de assuntos mais comezinhos e básicos. Até a educação da Língua Portuguesa sofreu de maus exemplos ao apresentar em livros-textos linguajar errado, justificando-o como comum ao povo. Maus exemplos que foram aceitos e, até, aplaudidos pelos petistas. Felizmente, nos últimos anos, tivemos líderes que nos legaram ótimos exemplos: o presidente Michel Temer, ao declarar que não vai concorrer à reeleição para poder realizar os "amargos" ajustes necessários; o juiz Sergio Moro, com sua Operação Lava Jato acabando com a impunidade de muitos "poderosos"; a ministra Cármen Lúcia, que, ao assumir a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), foi pessoalmente visitar presídios e conferir a péssima condição em que se encontram os detentos; o prefeito eleito de São Paulo, sr. João Dória, que respondeu a Lula - quando este criticou seu vestuário como sendo mais caro que os "cisnes" (?) comprados por dona Marisa - dizendo que havia comprado sua roupa com dinheiro fruto de seu trabalho; e, finalmente, o povo, que despertou da demagogia e do populismo do PT para votar maciçamente nos candidatos da base de apoio ao governo Temer. Que este "novo" Brasil possa fixar bem os bons exemplos e fugir dos maus daqui para a frente. Está na hora de mais orgulho nacional, pé no chão e muito trabalho. Chega da ignorância que aceita ilusões e falsas promessas.

Nenhum comentário: