segunda-feira, 6 de agosto de 2012

DELÚBIO SOARES

(No Estadão online, domingo, 5.08.2012) No artigo Creio em Deus, no povo e na justiça, publicado na coluna Opinião Pública do jornal Diário da Manhã, de Goiás, em 3/8, o professor Delúbio Soares tenta se defender da acusação de ter participado no esquema do chamado mensalão do PT ou que o mesmo não passou de “manipulação midiática”. Afirma que “não houve dinheiro público, um centavo sequer, envolvido nos fatos que ocasionaram o atual processo. Não houve a compra de partidos políticos, de senadores ou de deputados para que votassem matérias de interesse do governo”. Mais adiante diz: “Há nos tribunais de todo o Brasil, mofando em tranquilas prateleiras ou dormitando em gavetas providenciais e obsequiosas, processos como a Ação Penal 470 (mensalão), tratando de recursos não contabilizados em campanhas eleitorais. Não somos os únicos, nem os primeiros, nem os pioneiros.” Diante dessas afirmações, gostaria de fazer algumas perguntas: se o dinheiro não teve origem na arrecadação de impostos, taxas etc., quem foi o magnânimo super bilionário que contribuiu montantes tão fartamente distribuídos? Como e onde ele declarou tais contribuições? Se nos tribunais existem processos iguais ao mensalão de “recursos não contabilizados”, por que não foram adiante com a aplicação da lei anticorrupção? Será que não ser o único, o primeiro ou pioneiro justifica cometer o mesmo “crime”? Será que no Brasil um erro justifica outro e assim todos devem ser absolvidos? O professor apela para Deus, ao povo e à Justiça. Nós, espoliados contribuintes, queremos apelar ao bom senso e à legislação que deve ser igual para todos, especialmente mais dura com os que desviam dinheiro do povo para os próprios bolsos, ou para os interesses de seu partido. Aproveitando o embalo para tirar “das gavetas” onde diz o autor que “estão mofando” processos similares, aplicando a todos envolvidos a mesma punição pelo assalto ao dinheiro do sacrificado brasileiro!

Nenhum comentário: