quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

RECUPERAÇÃO SOCIAL

(No Estadão online, quarta-feira, 11.01.2017)
 No "Estadão" de sábado (7/1) muito se abordou sobre a questão dos presídios e da falta de um bom sistema prisional, principalmente no excelente artigo "Até a próxima tragédia", de Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, Fábio Tofic Simantob e Hugo Leonardo. Logo abaixo deste, o leitor sr. Leônidas Marques, no "Fórum", foi muito feliz ao lembrar o que disse em 1982 Darcy Ribeiro: "Se nossos governadores não construírem escolas, em 20 anos faltará dinheiro para construir presídios". Realmente tudo se resume a uma boa educação. Infelizmente, no Brasil temos muita instrução, muita preocupação com o preenchimento de currículos, e pouca educação séria e formadora de bons cidadãos, pessoas disciplinadas, conscientes da importância das leis e do respeito que o indivíduo deve ter para com a sociedade. Falta-nos uma educação que valorize o trabalho e a contribuição que se espera de cada um pelo bem-estar da coletividade; que deixe claro que tudo tem um custo, "não há almoço grátis"; que a riqueza verdadeira só vem com o trabalho inteligente, produtivo e competitivo no mercado, etc. Esta educação (de Primeiro Mundo), voltada para formar brasileiros que possam contribuir com um País melhor, deve permear os meios de comunicação do governo, mas iniciar de forma sistêmica nos bancos escolares do segundo grau e se intensificar nos cursos superiores. Quanto aos cidadãos que estão encarcerados em presídios por transgressões às leis, mais importante se torna esse esforço para sua recuperação social. Disciplina de horário, esporte, trabalho produtivo sempre fazem bem e ajudarão a transformá-los em pessoas melhores. Disciplina e trabalho duro são ótimas formas de educar e mudar hábitos e costumes. Educar melhor, desde crianças até os presídios, acabando com as escolas de crime em que se tornaram, deve ser nosso principal objetivo.

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