quarta-feira, 5 de outubro de 2016

APOSENTADORIAS INJUSTAS

(No Estadão impresso, quarta-feira, 5.10.2016)
Estou chegando aos 78 anos de idade. Sou formado em Economia (1962) e sempre trabalhei em empresas do setor privado. Recolhi rigorosamente em dia ao INSS pelo teto por 37 anos e hoje recebo a “fortuna” mensal de R$ 2.765,61 – pouco mais de três salários mínimos. Não fossem rendimentos de bens de herança, estaria passando fome e lutando para sobreviver. Realmente, é de deixar qualquer um indignado ler que a aposentadoria parlamentar é 7,5 vezes maior que a do INSS. O brasileiro do setor privado, que trabalha, produz, cria riqueza, leva o Brasil nas costas e sustenta essa máquina pública, inchada para acomodar todos os cupinchas de políticos, recebe uma miséria ao se aposentar depois de 35 anos, enquanto os seus “representantes” (?) votaram em benefício próprio aposentadorias nababescas após somente dois mandatos, ou oito anos! E ainda têm o cinismo de fazer propaganda de que o Brasil é um país de todos! Olhando melhor e enxergando bem a realidade, esse “todos” é composto de uma grande maioria de trouxas que contribuem muito tempo para se aposentar miseravelmente e uma privilegiada minoria que vive à custa da maioria e tem sua velhice garantida por polpuda remuneração além de muitas outras benesses. É ou não uma grande injustiça?

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