(No Estadão online, domingo, 9.10.2016)
No Brasil, antes da Operação Lava Jato e do juiz Sérgio Moro, a corrupção era tolerada por todos os partidos por ser o meio de sustentar os altos custos de campanhas eleitorais e da cobiça de seus políticos. Agora, que os esquemas escusos estão sendo cada vez mais desvendados por investigações e delações, o volume de “sujeira” se tornou tão grande que passou a ser inadministrável. Tanto que o Supremo Tribunal Federal (STF) resolveu “fatiar” esse processo. Mas fatiar só não adianta. Devemos resolver o problema em sua raiz. O custo de campanhas poderia ser bem menor com o voto distrital. Os princípios éticos e morais de partidos políticos poderiam ser aprimorados com uma triagem limitando o seu número. Para isso, bastaria exigir conceitos mais claros de cada um, com plataforma bem detalhada e consistente. Fidelidade partidária rigorosa: para político mudar de partido, perderia seu mandato e não poderia participar da próxima eleição. Todos os partidos de aluguel e oportunistas que não preencherem os critérios deixariam de receber do Fundo Partidário e não participariam do tempo de horário gratuito na televisão. Deveria ser obrigatória a plena divulgação das plataformas políticas e propostas de candidatos a todos os eleitores, por meio de impresso, pela mídia e pela internet. Fatiar não é a solução, uma reforma política séria e abrangente, sim!
domingo, 9 de outubro de 2016
FATIAR NÃO É A SOLUÇÃO
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