segunda-feira, 17 de outubro de 2016

A GRANDE DIFERENÇA

(No Estadão online, segunda-feira, 17.10.2016)
Enquanto nações ricas incentivam o trabalho, a eficiência, a criatividade, a produtividade e a criação de riqueza, pagando bem conforme a qualificação acadêmica, tecnológica e o mérito da pessoa, países pobres invertem essa fórmula pagando melhor as categorias burocráticas que não geram riqueza. O Brasil é um caso típico: "Das dez categorias mais bem pagas, seis são do serviço público" (manchete do "Estadão" de 10/10). Quando vamos entender que as categorias que produzem riqueza são as que pagam os impostos que sustentam as categorias burocráticas do serviço público, e que elas têm de ser incentivadas com ganhos maiores, pois assumem os riscos que acompanham o empreendedorismo? Aqui, quem assume os riscos do progresso é prejudicado por uma grande e complexa burocracia, tendo de arcar com pesados impostos. Os que puxam o verdadeiro progresso e riqueza, os do setor privado, têm como "sócio" o governo, que só ganha sem assumir quaisquer riscos. Dá para entender por que os que são empreendedores fogem daqui e buscam países que os incentivam? Nossa riqueza vem da exportação de matérias-primas, minérios, café, soja, cacau, etc., e importamos bens com valor agregado nos quais essas matérias-primas foram usadas. Exemplos é o nosso cacau que vai para a Suíça e para a Bélgica, voltando como chocolates finos com bons lucros... para eles. Só seremos ricos quando incentivarmos melhor quem produz riqueza com menos carga tributária e peso burocrático. O funcionalismo público deve servir de apoio aos que nos trazem riqueza, e não de estorvo que desincentiva e prejudica os que desejam ficar ricos honestamente e por mérito. Um teto nos gastos do governo não é suficiente. Teremos de reduzir muito os atuais abusos de certas categorias, pois do jeito que está ficaremos cada vez mais atrasados em relação ao Primeiro Mundo. Disso depende o Brasil que queremos deixar para nossas futuras gerações.

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